Expectativas, preocupações e necessidades formativas dos enfermeiros em cuidados paliativos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Daniela Dinis dos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/5551
Resumo: Enquadramento: Os cuidados paliativos objetivam promover o bem-estar e a qualidade de vida dos doentes e seus familiares, prevenir e aliviar o sofrimento, através da identificação precoce e de um tratamento rigoroso dos problemas físicos, psicológicos, sociais e espirituais. Nessa perspetiva, para que os enfermeiros possam aliviar a dor e outros sintomas que resultam em sofrimento e para que possam prestar todo o apoio ao doente/família, é imprescindível formação específica na área. Objetivos: Conhecer as expectativas, preocupações e necessidades formativas dos enfermeiros em cuidados paliativos. Métodos: Estudo qualitativo exploratório, realizado com uma amostra de 15 enfermeiros a exercerem funções numa unidade de cuidados paliativos. A grande maioria dos enfermeiros é do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 26 e os 56 anos, e tempo de exercício profissional a oscilar entre os 4 e os 32 anos, e tempo mínimo de 1 mês e um máximo de 9 anos de exercício profissional em cuidados paliativos. O instrumento de recolha de dados foi uma entrevista semiestruturada, elaborada para o efeito. Resultados: As lacunas encontradas na formação em cuidados paliativos, de acordo com os enfermeiros, são: apoio no luto, transmissão das más noticias, controlo da dor, formação contínua, formação específica em cuidados paliativos e humanização dos cuidados. Relativamente às necessidades de formação, os participantes referiram mais necessidades: no controlo de sintomas, comunicar com os familiares, transmitir más notícias, lidar com a morte, cuidados técnicos e científicos, formação global e apoio psicológico aos doentes. Todos os enfermeiros atribuíram muita importância à formação em cuidados paliativos. As sugestões para melhorar a prestação de cuidados na unidade de cuidados paliativos foram: formação, empenho, melhorar a relação entre os membros da equipa, mais recursos humanos, elaboração de protocolos, melhores condições físicas, encontrar outras formas de os doentes passarem os seus dias/criação de espaços agradáveis, pessoas vocacionadas para trabalhar em cuidados paliativos, maior número de reuniões, cuidar com mais tempo. Unanimidade de consenso em relação à prestação de cuidados por uma equipa multiprofissional. Conclusões: Os resultados sugerem a necessidade de maior acesso por parte dos enfermeiros à formação em cuidados paliativos. De forma, a desvanecerem-se as suas preocupações decorrentes da falta de formação e, consequentemente, melhorarem a sua prática profissional junto dos doentes e seus familiares com necessidades de cuidados paliativos.
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Métodos: Estudo qualitativo exploratório, realizado com uma amostra de 15 enfermeiros a exercerem funções numa unidade de cuidados paliativos. A grande maioria dos enfermeiros é do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 26 e os 56 anos, e tempo de exercício profissional a oscilar entre os 4 e os 32 anos, e tempo mínimo de 1 mês e um máximo de 9 anos de exercício profissional em cuidados paliativos. O instrumento de recolha de dados foi uma entrevista semiestruturada, elaborada para o efeito. Resultados: As lacunas encontradas na formação em cuidados paliativos, de acordo com os enfermeiros, são: apoio no luto, transmissão das más noticias, controlo da dor, formação contínua, formação específica em cuidados paliativos e humanização dos cuidados. Relativamente às necessidades de formação, os participantes referiram mais necessidades: no controlo de sintomas, comunicar com os familiares, transmitir más notícias, lidar com a morte, cuidados técnicos e científicos, formação global e apoio psicológico aos doentes. Todos os enfermeiros atribuíram muita importância à formação em cuidados paliativos. As sugestões para melhorar a prestação de cuidados na unidade de cuidados paliativos foram: formação, empenho, melhorar a relação entre os membros da equipa, mais recursos humanos, elaboração de protocolos, melhores condições físicas, encontrar outras formas de os doentes passarem os seus dias/criação de espaços agradáveis, pessoas vocacionadas para trabalhar em cuidados paliativos, maior número de reuniões, cuidar com mais tempo. Unanimidade de consenso em relação à prestação de cuidados por uma equipa multiprofissional. Conclusões: Os resultados sugerem a necessidade de maior acesso por parte dos enfermeiros à formação em cuidados paliativos. De forma, a desvanecerem-se as suas preocupações decorrentes da falta de formação e, consequentemente, melhorarem a sua prática profissional junto dos doentes e seus familiares com necessidades de cuidados paliativos.Abstract Background: Palliative Care aims to promote the well-being and quality of life of patients and their families, prevent and alleviate suffering through early identification and a rigorous treatment of physical, psychological, social and spiritual problems. In this perspective, so that nurses can alleviate pain and other symptoms that result in suffering, acknowlege and so that they can provide all support to the patient / family, specific training in the area is essential. Objectives: To know the expectations, concerns and training needs of nurses in palliative care. Methods: A qualitative exploratory study was carried out with a sample of 15 nurses working in a Palliative Care Unit. The vast majority of nurses are female, ranging in age from 26 to 56 years old, and professional practice time ranging from 4 to 32 years, and a minimum of 1 month and a maximum of 9 years of professional practice in Palliative Care. The instrument of data collection was a semistructured interview, elaborated for this purpose. Results: The gaps found in training in palliative care, according to nurses, are: support in mourning, transmission of bad news, pain control, continuous training, specific training in palliative care, humanization of care. As for the level where there are more training needs, the participants mentioned symptom control, communicating with family members, transmitting bad news, dealing with death, technical and scientific care, all levels, psychological support to patients. All nurses attached great importance to CP training. The suggestions for improving care in the Palliative Care Unit were: training, commitment, improving the relationship among team members, more human resources, elaboration of protocols, better physical structere, finding other ways for patients to spend their days/creating pleasant spaces, people dedicated to work in CP, more meetings, take care with more time. Unanimity of consensus regarding care delivery by a multiprofessional team. Conclusions: The results suggest that nurses soulde have more access to palliative care training in order to overcome their concerns about the lack of training and, consequently, positive expectations regarding their professional practice among people with palliative care needs and their families.Duarte, João CarvalhoRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuSantos, Daniela Dinis dos2020-04-11T00:30:18Z2019-04-112018-052019-04-11T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/5551TID:202229084porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:28:10Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/5551Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:43:53.937629Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Enquadramento: Os cuidados paliativos objetivam promover o bem-estar e a qualidade de vida dos doentes e seus familiares, prevenir e aliviar o sofrimento, através da identificação precoce e de um tratamento rigoroso dos problemas físicos, psicológicos, sociais e espirituais. Nessa perspetiva, para que os enfermeiros possam aliviar a dor e outros sintomas que resultam em sofrimento e para que possam prestar todo o apoio ao doente/família, é imprescindível formação específica na área. Objetivos: Conhecer as expectativas, preocupações e necessidades formativas dos enfermeiros em cuidados paliativos. Métodos: Estudo qualitativo exploratório, realizado com uma amostra de 15 enfermeiros a exercerem funções numa unidade de cuidados paliativos. A grande maioria dos enfermeiros é do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 26 e os 56 anos, e tempo de exercício profissional a oscilar entre os 4 e os 32 anos, e tempo mínimo de 1 mês e um máximo de 9 anos de exercício profissional em cuidados paliativos. O instrumento de recolha de dados foi uma entrevista semiestruturada, elaborada para o efeito. Resultados: As lacunas encontradas na formação em cuidados paliativos, de acordo com os enfermeiros, são: apoio no luto, transmissão das más noticias, controlo da dor, formação contínua, formação específica em cuidados paliativos e humanização dos cuidados. Relativamente às necessidades de formação, os participantes referiram mais necessidades: no controlo de sintomas, comunicar com os familiares, transmitir más notícias, lidar com a morte, cuidados técnicos e científicos, formação global e apoio psicológico aos doentes. Todos os enfermeiros atribuíram muita importância à formação em cuidados paliativos. As sugestões para melhorar a prestação de cuidados na unidade de cuidados paliativos foram: formação, empenho, melhorar a relação entre os membros da equipa, mais recursos humanos, elaboração de protocolos, melhores condições físicas, encontrar outras formas de os doentes passarem os seus dias/criação de espaços agradáveis, pessoas vocacionadas para trabalhar em cuidados paliativos, maior número de reuniões, cuidar com mais tempo. Unanimidade de consenso em relação à prestação de cuidados por uma equipa multiprofissional. Conclusões: Os resultados sugerem a necessidade de maior acesso por parte dos enfermeiros à formação em cuidados paliativos. De forma, a desvanecerem-se as suas preocupações decorrentes da falta de formação e, consequentemente, melhorarem a sua prática profissional junto dos doentes e seus familiares com necessidades de cuidados paliativos.
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