Feitiçaria e mancebia no Pernambuco colonial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: da Silva, Marco Nunes
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://www.perspectivasjournal.com/index.php/perspectivas/article/view/444
Resumo: Os cadernos do Promotor têm-se mostrado uma fonte extremament rica para todos os pesquisadores que se debruçam sobre o Tribunal de Inquisição, embora tenha aparecido aleatoriamente nos trabalhos que versam sobre o tema. Sua riqueza talvez possa ser melhor compreendida por não conter apenas denúncias "oficiais", já que uma simples carta - ou um pequeno bilhete, às vezes escrito num sofrível português-, remetida por um ilustre desconhecido, poderia ir lá parar. Toda essa documentação nos permite entrar em contato com uma grande variedade de delitos, para além dos usuais que estamos acostumados a ler na vasta bibliografia respeitante à Inquisição. Num mesmo caderbi encontramos denúncias das mais diversas regiões do império português, agrupadas a princípio apenas por certa ordem cronológica; e das centenas de histórias que ficaram registradas nas dezenas de cadernos do Promotor, somente uma pequena parte chegou a se transformar, de fato, em processos inquisitoriais. Mas nem por isso tais registros são menos importantes para o pesquisador. Esse é justamente o caso que abordamos neste texto, envolvendo o clero colonial com práticas mágicas e de mancebia. Ilustrativo inclusive pelo facto do implicado, um padre, sequer ter sido incomodado pelo Tribunal do Santo Ofício.
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