Avaliação de compostos de Cu(I) como novos agentes quimioterapêuticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sequeira, Diogo André
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/145480
Resumo: As doenças oncológicas assumem-se como um dos problemas mais graves a nível mundial, representando a segunda maior causa de morte. É esperado que o número de novos casos continue a aumentar devido ao aumento e envelhecimento populacional, pelo que é imprescindível entender melhor os mecanismos subjacentes ao cancro e investir no desenvolvimento de novas terapias, nomeadamente pela procura de novos fármacos que possam substituir os utilizados na quimioterapia atual. Os fármacos utilizados atualmente neste tipo de terapia apresentam alguns problemas como a resistência adquirida pelas células tumorais a estes compostos, e a baixa especificidade para o local do tumor, que resulta em efeitos secundários indesejáveis. Neste trabalho foi estudado o potencial anticancerígeno de novos compostos metálicos de Cu(I) em células tumorais HCT116 (cancro colorretal) através de ensaios de citotoxicidade, bem como os mecanismos de ação subjacentes a estes compostos pela realização de diversos ensaios biológicos. Ficou demonstrado que estes compostos apresentam uma citotoxicidade elevada para células tumorais HCT116, principalmente o composto JL10, não demonstrando toxicidade em células saudáveis, o que pode permitir reduzir os efeitos secundários durante o tratamento. Os valores de IC50 calculados são bastante promissores, sendo menores que os valores dos compostos utilizados atualmente na quimioterapia. Os compostos mostraram a capacidade de despoletar a via intrínseca da apoptose e autofagia, bem como de internalização em células HCT116. O composto JL10 foi também capaz de induzir a produção de ROS em células HCT116, que podem ser responsáveis pela ativação da via intrínseca da apoptose, e demonstrou uma ação citostática ao bloquear o ciclo celular na fase G1. Para além disso, também mostrou capacidade de clivar o pDNA através de mecanismos oxidativos. Pela análise proteómica observou-se a interferência com diversas vias celulares, afetando o folding e síntese de proteínas, e diminuindo a atividade metabólica das células.
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