An interpretation of the bell beaker cultural sequence in the tagus estuary region : data from Leceia (Oeiras)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.2/3226 |
Resumo: | Neste traballho discute-se o significado das cerâmicas campaniformes encontradas no povoado calcolítico fotificado de Leceia, para as quais se definiram contextos especificos, associados a datações de radiocarbono. No interior da fortificação, a ocupação mais moderna do Calcolítico Pleno, é caracterizada, na fase final, pela associação de cerâmicas decoradas de tradição local ("folha de acácia" e "crucífera") a escassas cerâmicas campaniformes de tipologia considerada mais antiga (vasos "marítimos" e caçoilas acampanadas com decoração geométrica a pontilhado), cuja cronologia se situa. Segundo as datas radiométricas disponíveis entre 2600 e 2200 a.c.. Na área extramuros identificaram-se duas cabanas de planta elipsoidal. Conquanto as cerâmicas decoradas fossem em ambas, exclusivamente representadas por materiais campaniformes observaram-se diferenças tipológicas com significado cronológico: assim a maior, é caracterizada por uma associação onde coexistem vasos "marítimos" com formas mais modernas, como as taças Palmela, estando essencialmente presente a decoração a pontilhado, enquanto na menor faltam totalmente os vasos "marítimos" substituídos por taças Palmela e grandes caçoilas com decorações predominantemente incisas representando um momento mais recente. Tais conclusões encontram-se confirmadas pelas datações de radiocarbono obtidas para ambas. Deste modo poder-se-ia admitir a seguinte evolução para a presença campaniforme em Leceia: I - coexistência no interior da área fortificada. de materiais locais com as primeiras produções campaniformes representadas por asos "marítimos" e formas associadas decoradas a pontilhado: 2 - evolução rápida das produções cerâmicas campaniformes com declínio e desaparecimento das decorações "indígenas", dando origem a novas formas e decorações de carácter regional cujo paradigma é a taça Palmela, presente na cabana mais amiga: permanência residual de vasos "marítimos" coexistindo a técnica a pontilhado com a incisa sendo dominante a primeira: a cronologia desta cabana não deixa dúvidas quanto à sua sincronia face à ocupação do espaço intramuros (Calcolítico Pleno); 3 - na cabana de menores dimensões. encontra-se representado o mais moderno dos conjuntos campaniformes, com exclusividade de produções locais acompanhando o abandono da forma clássica (o vaso "marítimo") e da produção de decorações locais pré-campaniformes, ao mesmo tempo que se assiste à proliferação de grandes recipientes (caçoilas, garrafas, vasos de provisões) associados às derradeiras taças Palmela, com decorações fortemente geometrizadas e quase exclusivamente incisas. Trata-se da associação característica do Calcolítico Final regional presente nos pequenos núcleos de base familiar e carácter agro-pastoril cuja emergência coincide com o abandono dos grandes povoados. Este modelo que é apenas uma leitura pessoal de dados recolhidos nas escavações realizadas pelo signatário em Leceia nos últimos vinte anos carece de confirmação dado, por ora serem ainda demasiado escassas e imprecisas (por limitações do método) as datações absolutas disponíveis. |
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