Testemunhos funerários da Ilha de Marajó no Museu Dr. Santos Rocha e no Museu Nacional de Etnologia. Interpretação arqueológica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/5570 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Arqueologia |
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Testemunhos funerários da Ilha de Marajó no Museu Dr. Santos Rocha e no Museu Nacional de Etnologia. Interpretação arqueológicaAmazóniaFase MarajoaraPacovalCamutinsVictor BandeiraColeccionismoDissertação de Mestrado em ArqueologiaEsta investigação baseia-se no estudo de dois conjuntos de vestígios arqueológicos recolhidos em contextos funerários na ilha do Marajó (Brasil, Pará) existentes em Portugal. Os oito fragmentos presentes hoje no Museu Dr. Santos Rocha provêem do sítio do Pacoval na região do lago Arari e foram depositados na instituição no final do século XIX. O contexto da sua recolha é desconhecido e pertence a um período em que foi realizada uma série de expedições à ilha, com o objectivo de reconhecer vestígios da cerâmica policromática marajoara. A história das peças presentes nas "Galerias da Amazónia" do Museu Nacional de Etnologia é mais recente, tendo origem numa recolha encomendada pelo próprio Museu nos anos 60 do século XX. A expedição à ilha foi realizada pelo coleccionador e antiquário, etnólogo e arqueólogo amador português Victor Bandeira, acompanhado por Françoise-Carel Bandeira, no ano 1964/65. Foi escavada uma necrópole do período clássico da fase marajoara (700-1100), situada no conhecido sítio d’ "Os Camutins", na região do rio Anajás. O espólio recolhido, composto por várias centenas de fragmentos e algumas peças inteiras de excepcional qualidade, foi adquirido em 1969 pelo Museu. O conjunto representa uma colecção inédita de objectos ameríndios em Portugal. Através do testemunho de Victor Bandeira, entende-se que na recolha mencionada a perspectiva coleccionista ultrapassa a arqueológica. Assim, foram seleccionados objectos de tipologias muito variadas e com uma profusão decorativa notável para representar a cultura marajoara no Museu português. Um aspecto importante relacionado com a divulgação desta cultura arqueológica na época actual é o trabalho de artesãos da ilha que reproduzem e recriam peças marajoara. Este artesanato exporta-se até Lisboa e participa igualmente na divulgação e no conhecimento desta cultura amazónica. Temos conhecimento de numerosos vestígios museológicos da cultura marajoara carentes de qualquer contextualização. Por isso, o facto de os acervos estudados estarem associados a determinada realidade geográfica, torna a análise mais pertinente. Desta forma, o estudo arqueológico dessas peças tem como objectivo a avaliação do conhecimento que trazem sobre a cultura material das populações da elite social marajoara, assim como das suas práticas funerárias. Essa análise é realizada à luz do conhecimento actual que existe sobre as populações amazónicas do passado, mas também sobre as actuais. Esperamos, de igual modo, que este trabalho possa fornecer um impulso às pesquisas sobre este tipo de colecções que sabemos existirem dispersas em diversos museus espalhados pelo mundo e, por vezes, pouco consideradas do ponto de vista científico.Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de LisboaGomes, Rosa VarelaRUNTroufflard, Joanna2010-072010-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/5570porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-10T15:25:27ZPortal AgregadorONG |
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