PROPOSIÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE UM RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO:
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Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.18055/Finis32582 |
Resumo: | O termo “raciocínio geográfico”, no Brasil, ganhou amplitude e centralidade no debate do ensino de Geografia após a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2017. Este termo, desde então, tem sido utilizado frequentemente na proposição de currículos escolares em atendimento a essas novas diretrizes do currículo nacional brasileiro. Não obstante, a busca pelo encaminhamento por meio do qual se processa o raciocínio geográfico é anterior à BNCC, sendo pauta de discussões de pesquisadores brasileiros da educação há, pelo menos, duas décadas. Diante da relevância que o termo vem ganhando no ensino no Brasil, este artigo está pautado nas seguintes questões: Há, no campo da didática da Geografia, propostas epistemicamente robustas que indicam como desenvolver o raciocínio geográfico em sala de aula? E, no caso da sua existência, em quais dimensões estas propostas contribuiriam para o desenvolvimento da Geografia Escolar, sobretudo em atendimento às mudanças curriculares em curso no Brasil? Na busca por responder a estes questionamentos foi efetivado levantamento bibliográfico que identificou três propostas de raciocínio geográfico construídas a partir de pesquisas sistemáticas conduzidas pelos seus autores: uma proposta belga e duas brasileiras. A análise destas propostas é apresentada e problematizada neste artigo, de modo a favorecer a compreensão cognitiva inerente à ação de raciocinar geograficamente. Esta ação revela-se uma estratégia didática pautada num ensino de Geografia comprometido com a cientificidade, notadamente ao se fundamentar no emprego de uma rede conceitual epistemicamente chancelada pela ciência geográfica, na busca por responder a uma pergunta geográfica inerente a uma dada situação, também, geográfica. |
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PROPOSIÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE UM RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO:PROPUESTAS PARA LA CONSTRUCCIÓN DE UN RAZONAMIENTO GEOGRÁFICO:PROPOSIÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE UM RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO:ArtigosO termo “raciocínio geográfico”, no Brasil, ganhou amplitude e centralidade no debate do ensino de Geografia após a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2017. Este termo, desde então, tem sido utilizado frequentemente na proposição de currículos escolares em atendimento a essas novas diretrizes do currículo nacional brasileiro. Não obstante, a busca pelo encaminhamento por meio do qual se processa o raciocínio geográfico é anterior à BNCC, sendo pauta de discussões de pesquisadores brasileiros da educação há, pelo menos, duas décadas. Diante da relevância que o termo vem ganhando no ensino no Brasil, este artigo está pautado nas seguintes questões: Há, no campo da didática da Geografia, propostas epistemicamente robustas que indicam como desenvolver o raciocínio geográfico em sala de aula? E, no caso da sua existência, em quais dimensões estas propostas contribuiriam para o desenvolvimento da Geografia Escolar, sobretudo em atendimento às mudanças curriculares em curso no Brasil? Na busca por responder a estes questionamentos foi efetivado levantamento bibliográfico que identificou três propostas de raciocínio geográfico construídas a partir de pesquisas sistemáticas conduzidas pelos seus autores: uma proposta belga e duas brasileiras. A análise destas propostas é apresentada e problematizada neste artigo, de modo a favorecer a compreensão cognitiva inerente à ação de raciocinar geograficamente. Esta ação revela-se uma estratégia didática pautada num ensino de Geografia comprometido com a cientificidade, notadamente ao se fundamentar no emprego de uma rede conceitual epistemicamente chancelada pela ciência geográfica, na busca por responder a uma pergunta geográfica inerente a uma dada situação, também, geográfica.The term “geographic reasoning”, in Brazil, gained breadth and centrality in the debate on Geography teaching after the approval of the National Common Curricular Base (BNCC), in 2017. This term, since then, has been frequently used in proposing school curricula in response to these new guidelines of the Brazilian national curriculum. However, the search for guidance through which geographic reasoning is processed predates the BNCC and has been the subject of discussions among Brazilian education researchers for at least two decades. Given the relevance that the term has gained in teaching in Brazil, this article is based on the following questions: Are there, in the field of Geography teaching, epistemically robust proposals that indicate how to develop geographic reasoning in the classroom? And, if they exist, in what dimensions would these proposals contribute to the development of School Geography, especially in response to the curricular changes underway in Brazil? In the search to answer these questions, a bibliographical survey was carried out that identified three proposals for geographic reasoning built from systematic research conducted by their authors: one Belgian proposal and two Brazilian ones. The analysis of these proposals is presented and problematized in this article, to favor the cognitive understanding inherent to the action of reasoning geographically. This action reveals itself to be a didactic strategy based on Geography teaching committed to scientificity, notably when based on the use of a conceptual network epistemically approved by geographic science, in the search for answering a geographic question inherent to a given situation, also, geographic.El término “razonamiento geográfico”, en Brasil, ganó amplitud y centralidad en el debate sobre la enseñanza de la Geografía después de la aprobación de la Base Curricular Común Nacional (BNCC), en 2017. Este término, desde entonces, ha sido frecuentemente utilizado en la propuesta de currículos escolares en respuesta a estas nuevas directrices del currículo nacional brasileño. Sin embargo, la búsqueda de orientaciones a través de las cuales se procesa el razonamiento geográfico es anterior a la BNCC y ha sido tema de discusión entre investigadores brasileños en educación durante, al menos, dos décadas. Dada la relevancia que el término ha adquirido en la enseñanza en Brasil, este artículo se basa en las siguientes preguntas: ¿Existen, en el campo de la enseñanza de la Geografía, propuestas epistémicamente robustas que indiquen cómo desarrollar el razonamiento geográfico en el aula? Y, si existen, ¿en qué dimensiones estas propuestas contribuirían al desarrollo de la Geografía Escolar, especialmente en respuesta a los cambios curriculares en curso en Brasil? En la búsqueda de responder a estas preguntas, se realizó un levantamiento bibliográfico que identificó tres propuestas de razonamiento geográfico construidas a partir de investigaciones sistemáticas realizadas por sus autores: una propuesta belga y dos brasileñas. El análisis de estas propuestas se presenta y problematiza en este artículo, con el fin de favorecer la comprensión cognitiva inherente a la acción de razonar geográficamente. Esta acción se revela como una estrategia didáctica basada en la enseñanza de la Geografía comprometida con la cientificidad, especialmente cuando se basa en el uso de una red conceptual epistémicamente aprobada por la ciencia geográfica, en la búsqueda de respuesta a una pregunta geográfica inherente a una situación dada, también geográfica.Centro de Estudos Geográficos2024-04-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.18055/Finis32582por2182-29050430-5027Leite Alvarenga Botelho, Lucio AntonioValadão, Roberto CélioRocca, Lorenainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-06T15:14:45Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/32582Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-06T15:14:45Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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