Fantasmas digitais e rela??es Swipe: a cultura infocomunicacional na era das proximidades automatizadas

• Autor(a) principal: Baldi, Vania
• Data de Publicação: 2017
• Outros Autores: Rodrigues, Rui
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: https://doi.org/Baldi, V., & Rodrigues, R. (2017). Fantasmas Digitais e Rela??es Swipe: a cultura info-comunicacional na era das proximidades automatizadas. Ci?ncias da Informa??o, 45(2). https://doi.org/10.18225/ci.inf..v45i2.3801; https://doi.org/10.18225/ci.inf..v45i2.3801
• topic: Proximidades automatizadas - Automated proximities; H?bitos infocomunicacionais - Infocommunication habits; Intimidades digitais - Digital intimacies; ?tica interativa - Interactive ethics

Entre plataformas web e aplica??es para smartphone encontramos propostas tecnol?gicas que pretendem aliviar-nos dos tabus mais enraizados na nossa condi??o humana. De um lado temos propostas para eternizar a nossa exist?ncia, para contornar a ang?stia do nosso inelut?vel desaparecimento (e do sentimento de aus?ncia que provoca a recorda??o dos que j? faleceram), de outro lado deparamo-nos com solicita??es de gratifica??o instant?nea proporcionada pelas buscas de parceiros digitalmente empacotados em perfis sedutores e potencialmente ao nosso alcance. Comparando sites como boxego.com, thedigitalbeyond.com ou eternal9, servi?os movidos pela filosofia que promete que ?o cora??o que parar de bater n?o deixar? de twittar?, com outros servi?os m?veis como Tinder ou Happn, que promovem combina??es amorosas entre desconhecidos, tentar-se-? uma an?lise dos paradoxos culturais contempor?neos refletidos pelas transforma??es sociot?cnicas. Trata-se, nesse artigo, de refletir sobre alguns novos cen?rios dos comportamentos infocomunicacionais, questionando a emerg?ncia de novos desafios ?ticos que n?o remetem estritamente para uma l?gica de compet?ncias operacionais e informacionais, mas para ambientes digitais que estruturam expetativas e h?bitos espec?ficos de intera??o, sendo essas novas ?rela??es? algoritmicamente mediadas o efeito de uma busca de interatividade camuflada por intera??o. Temos assim duas dimens?es contempor?neas da experi?ncia psicossocial que emergem atrav?s das potencialidades facultadas pelas tecnologias digitais, e que nos permitem entender e revelar aspetos ambivalentes e profundos de uma ?tica e est?tica ?onlife? em constante ?mediamorfose?. / Between web platforms and smartphone applications we find technological proposals that seek to relieve us of the most deeply rooted taboos in our human condition. On the one hand we have proposals to perpetuate our existence, to overcome the anguish of our ineluctable disappearance (and the feeling of absence that causes the memory of those who have passed away), on the other hand we are faced with requests for instant gratification provided by the searches of packaged digitally partners in seductive profiles and potentially within our reach. Comparing sites such as boxego.com, thedigitalbeyond.com or eternal9, services that promise that ?when the heart stops beating, it will keeping tweeting?, with other mobile services like Tinder or Happn, which promote love combinations between strangers, it will attempt an analysis of the cultural paradoxes reflected by sociotechnical transformations. This article aims to reflect on some new scenarios of info-communicational behaviors, questioning the emergence of new ethical challenges that do not refer strictly to a logic of operational and informational competences, but on digital environments that structure specific expectations and habits of interaction, being these new ?relationship? algorithmically mediated the effect of a search for interactivity camouflaged by interaction. Thus we have two contemporary dimensions of psychosocial experience, which emerge through the potentialities offered by digital technologies, and which allow us to understand and reveal ambivalent and profound aspects of an ethic and aesthetic ?onlife? in constant ?mediamorphosis?. / Entre plataformas web y apps para smartphone, nos encontramos a propuestas tecnol?gicas cuyo objetivo es liberarnos de los tab?es mas enraizados en nuestra condici?n humana. Por un lado, tenemos propuestas para perpetuar nuestra existencia para superar la angustia de nuestra desaparici?n ineluctable (y del sentimiento de ausencia que provoca el recuerdo de los que ya han fallecido), y por el otro nos encontramos con anuncios de placer instant?neo proporcionados por las b?squedas de partners camuflados en perfiles seductores y de f?cil acceso. Comparando estas p?ginas web como boxego.com, thedigitalbeyond.com o eternal9, los servicios impulsados por una filosof?a que promete que ?un coraz?n que deje de batir no dejar? de tuitear?, con otros servicios m?viles como Tinder o Happn, que promueven las combinaciones amorosas entre desconocidos, se intentar? hacer un an?lisis de las paradojas culturales contempor?neas reflejadas por las transformaciones socio-tecnicas. Se trata de reflexionar sobre algunos nuevos escenarios de los comportamientos infocomuncicacionales, a trav?s del cuestionamiento del surgimiento de nuevos retos ?ticos que no se remiten en exclusivo a una l?gica de competencias operacionales y informacionales, pero para entornos digitales que estructuran expectativas y costumbres espec?ficos de interacci?n. As?, tenemos dos dimensiones contempor?neas de experiencia profesional, las cuales surgen a trav?s de las posibilidades ofertadas por las tecnolog?as digitales, que nos permiten predecir y revelar aspectos ambivalentes y profundas de ?tica y est?tica ?onlife? constante ?mediamorfosis?.