TurmaMais e Sucesso Escolar: fragmentos de um percurso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/8114 |
Resumo: | A primeira parte do livro integra cinco textos de autores diversos e que em diferentes contextos e momentos participaram de vários modos nas reflexões e debates que a aplicação e desenvolvimento nas escolas do Programa Mais Sucesso Escolar-TurmaMais tem proporcionado. A abrir, “O projeto TurmaMais no cenário da eficácia e melhoria da escola”, um texto da autoria de Isabel Fialho e José Verdasca, no qual se oferece uma reflexão focada na problemática e melhoria da escola e se explora o conceito de eficácia da escola, apresentando-se alguns dos estudos que têm marcado o movimento das escolas eficazes e da melhoria das escolas. Num certo sentido, as perspetivas concetuais apresentadas servem como cenário de fundo dos percursos que estão a ser trilhados por dezenas de agrupamentos e escolas, por vezes com avanços e recuos, e que impõem de algum modo a necessidade de transportar para o debate questões relacionadas com a autonomia das escolas e a organização pedagógica, currículo e direção de turma, regulação, formação e comunidades de prática. Em “Autonomia da escola, organização pedagógica e equipas educativas”, tema da primeira conferência do III Seminário Nacional PMSE-TurmaMais, João Formosinho e Joaquim Machado analisam e exploram as transformações na escola básica, o conceito de escola básica como serviço público, os novos desafios da organização do processo de ensino por turmas independentes versus equipas docentes, mas também aspetos em torno da coordenação e gestão do processo de ensino/aprendizagem e acompanhamento dos alunos. A segunda conferência “Do normativo à narratividade curricular, para uma análise da intervenção do Diretor de Turma” proferida por José Augusto Pacheco serviu de mote a problematizações em torno da não definição de currículo às culturas curriculares e dimensões do diretor de turma no sucesso dos alunos. Dá ainda conta dos resultados de investigação recente e que tendem para a sobrevalorização, no trabalho do diretor de turma, das dimensões organizacional e pedagógica face à dimensão curricular, mas também de sinais de apropriação por parte dos coordenadores dos órgãos intermédios de gestão dos referenciais da avaliação externa do domínio da prestação do serviço educativo. A conferência de encerramento do III Seminário, intitulada “As Metas de Aprendizagem, fundamentos e características de um instrumento de regulação na política educativa”, da responsabilidade de Natércio Afonso, conduz-nos para análises sobre as metas de aprendizagem enquanto instrumento técnico-pedagógico no espaço público da profissão docente e de novo para os impactos esperados no quadro da política pública de promoção da eficácia do ensino e do sucesso escolar. Mas também como instrumento de regulação baseado no conhecimento e numa lógica de governança, privilegiando nas palavras do conferencista “o soft power, fazendo apelo à influência e à persuasão (e promovendo) escolas e professores a co-construtores das politicas, legitimando-as e dispensando os mecanismos tradicionais da pressão normativa e inspetiva”. A encerrar a primeira parte, “Trabalho colaborativo de docentes e a plataforma Moodle como suporte tecnológico às equipas educativas do projeto TurmaMais”, da autoria de José Luís d’Orey, com especial enfâse para duas dimensões de análise: a colaboração e cooperação docentes, condicionantes de melhoria da qualidade do sucesso escolar dos alunos; o trabalho colaborativo de equipas educativas no âmbito do programa Mais Sucesso Escolar - Turma Mais. Depois de uma reflexão acerca das possíveis vantagens e desvantagens da plataforma LMS – Moodle para a produção, em equipas de docentes, de recursos educativos em ambiente digital e para a partilha de experiências profissionais diversificadas no âmbito do PMSE, apresentam-se os resultados de um projeto de formação que teve como finalidade principal promover a utilização de plataformas de gestão de aprendizagem (LMS), estimulando a colaboração e a cooperação docentes, para a produção de recursos de avaliação educativa e outros recursos educativos com a finalidade de melhorar a qualidade do sucesso. A segunda parte do livro integra os contributos do Agrupamento de Escolas Abel Varzim, do Agrupamento de Escolas Monsenhor Miguel de Oliveira, do Agrupamento de Escolas Lima de Freitas, Setúbal e do Agrupamento Vertical de Escolas de Grândola e a encerrar uma espécie de balanço de feição impressionista que os três anos de contacto e acompanhamento de proximidade às escolas têm proporcionado. “O Projeto Mais Sucesso Escolar – Turma Mais no Agrupamento de Escolas Abel Varzim – Relato de uma experiência de trabalho colaborativo” foi o título escolhido pelas autoras, Maria Esperança Campos, Paulo Lisboa e Maria da Conceição Silva, deixando-nos um breve historial da implementação do projeto na escola e algumas reflexões em torno do trabalho colaborativo que a experiência tem sugerido. Descrevem-nos um quotidiano escolar onde a “apreensão”, pela distância em relação às metas desejadas em particular num ano terminal de ciclo e de avaliações externas, se entrecruza com a “esperança” de que se possa assistir a uma redução substancial do número de níveis inferiores a três dos primeiro e segundo períodos para o terceiro período. Na convicção de que o PMSE-TM trouxe mais-valias irreversíveis para o futuro sublinham a importância da formação de equipas educativas que reforcem o trabalho colaborativo e que façam da análise e resolução dos problemas dos alunos o principal foco da sua ação. O segundo contributo “Boas práticas educativas - A utilização do Moodle no Agrupamento de Escolas Monsenhor Miguel de Oliveira” é assinado por Isilda Lemos. A utilização da plataforma Moodle no desenvolvimento de atividades específicas da TurmaMais teve como principal objetivo fomentar o trabalho colaborativo entre professores, entre alunos e entre professores e alunos, conduzindo à criação de uma área com dois blocos (zona comum e zona disciplinar), na plataforma da Escola, destinada ao projeto TurmaMais. Dina Fernandes, Ofélia Baptista e Sandra Figueira assinam “AprenderMais com a TurmaMais no Agrupamento de Escolas Lima de Freitas – Setúbal” e deixam-nos um retrato do percurso trilhado ao longo destes três anos. O funcionamento da coordenação no Projeto TurmaMais e o seu alargamento progressivo são dois dos tópicos a que se dá particular destaque. Sentido como algo de novo estava a acontecer o projeto TurmaMais entrava nas conversas de todos mas era visto como “um mundo à parte”, sobretudo entre os docentes que não estavam envolvidos no mesmo. O alargamento progressivo trouxe constrangimentos devido ao insuficiente número de horas disponibilizado para a sua implementação mas ampliou os mecanismos de comunicação entre os diretores de turma e os encarregados de educação. As metodologias de trabalho adotadas foram surtindo efeitos positivos e sentiu-se necessidade de alargá-las à escola. A centralidade projeto TurmaMais na escola está bem evidenciada no facto de a coordenadora do ter passado a integrar em 2011/12 o Conselho Pedagógico do Agrupamento estabelecendo a ponte entre o projeto, os departamentos curriculares e as estruturas pedagógicas. O reconhecimento de tais procedimentos como “boas práticas” (formas de atuação experimentadas, melhoradas e avaliadas pelos docentes envolvidos na TurmaMais), corroborados por testemunhos de alunos, encarregados de educação e professores do Agrupamento, levou ao seu alargamento aos 2.º e 3.º ciclos. O quarto contributo “Mais olhares sobre a Turma Mais no Agrupamento Vertical de Escolas de Grândola” é assinado por José Manuel Abreu. Numa breve reflexão explora o sentido da importância da criação nos alunos do sentimento de pertença ao grupo/ano e a promoção de uma maior socialização e de equidade e justiça no acesso e participação nas aprendizagens. Nas palavras do autor “Oriundos de freguesias com características muito diferenciadas os alunos criam fortes laços nos locais de origem que se mantêm no grupo turma, o que contribui para a existência de um certo imobilismo social e cultural. A circulação dos alunos pelos diferentes grupos, ao longo destes três anos, permitiu a criação de um sentimento de pertença a uma entidade maior, o grupo/ano e, consequentemente, um maior conhecimento das vivências do outro, o que se tem revelado uma importante mais-valia em termos sociais, quer ao nível comportamental, com a diminuição dos conflitos, quer promovendo a criação de laços até então inexistentes e aprofundando o conhecimento de outras realidades”. Em jeito de encerramento, uma conversa de fim de tarde, a três, com Teodolinda Cruz, José Fateixa e José Verdasca, e que em certa medida constitui uma síntese dos contributos anteriores mas também de outras racionalidades e dinâmicas percecionadas nos contactos continuados com as muitas dezenas de escolas e comunidades escolares de norte a sul do país nas diversas fases e períodos de desenvolvimento do projeto. Um conhecimento amadurecido no contacto direto com as escolas e muito focado na produção de soluções para problemas e dificuldades, resultado em certa medida “de uma certa ‘caminhada cultural escolar’ que está um pouco por aí, deixando marcas de entusiasmo e trabalho, outras vezes de desalento e dúvida, numa diversidade de intensidades e vivências feita de muitos nomes e rostos que vivem e fazem acontecer nas escolas a essência da ação pedagógica, desafiando racionalidades e lógicas instaladas e ousando lançar (novos) caminhos de resposta aos muitos e complexos problemas que a escola de hoje enfrenta”. |
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Num certo sentido, as perspetivas concetuais apresentadas servem como cenário de fundo dos percursos que estão a ser trilhados por dezenas de agrupamentos e escolas, por vezes com avanços e recuos, e que impõem de algum modo a necessidade de transportar para o debate questões relacionadas com a autonomia das escolas e a organização pedagógica, currículo e direção de turma, regulação, formação e comunidades de prática. Em “Autonomia da escola, organização pedagógica e equipas educativas”, tema da primeira conferência do III Seminário Nacional PMSE-TurmaMais, João Formosinho e Joaquim Machado analisam e exploram as transformações na escola básica, o conceito de escola básica como serviço público, os novos desafios da organização do processo de ensino por turmas independentes versus equipas docentes, mas também aspetos em torno da coordenação e gestão do processo de ensino/aprendizagem e acompanhamento dos alunos. 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A encerrar a primeira parte, “Trabalho colaborativo de docentes e a plataforma Moodle como suporte tecnológico às equipas educativas do projeto TurmaMais”, da autoria de José Luís d’Orey, com especial enfâse para duas dimensões de análise: a colaboração e cooperação docentes, condicionantes de melhoria da qualidade do sucesso escolar dos alunos; o trabalho colaborativo de equipas educativas no âmbito do programa Mais Sucesso Escolar - Turma Mais. Depois de uma reflexão acerca das possíveis vantagens e desvantagens da plataforma LMS – Moodle para a produção, em equipas de docentes, de recursos educativos em ambiente digital e para a partilha de experiências profissionais diversificadas no âmbito do PMSE, apresentam-se os resultados de um projeto de formação que teve como finalidade principal promover a utilização de plataformas de gestão de aprendizagem (LMS), estimulando a colaboração e a cooperação docentes, para a produção de recursos de avaliação educativa e outros recursos educativos com a finalidade de melhorar a qualidade do sucesso. 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Descrevem-nos um quotidiano escolar onde a “apreensão”, pela distância em relação às metas desejadas em particular num ano terminal de ciclo e de avaliações externas, se entrecruza com a “esperança” de que se possa assistir a uma redução substancial do número de níveis inferiores a três dos primeiro e segundo períodos para o terceiro período. Na convicção de que o PMSE-TM trouxe mais-valias irreversíveis para o futuro sublinham a importância da formação de equipas educativas que reforcem o trabalho colaborativo e que façam da análise e resolução dos problemas dos alunos o principal foco da sua ação. O segundo contributo “Boas práticas educativas - A utilização do Moodle no Agrupamento de Escolas Monsenhor Miguel de Oliveira” é assinado por Isilda Lemos. A utilização da plataforma Moodle no desenvolvimento de atividades específicas da TurmaMais teve como principal objetivo fomentar o trabalho colaborativo entre professores, entre alunos e entre professores e alunos, conduzindo à criação de uma área com dois blocos (zona comum e zona disciplinar), na plataforma da Escola, destinada ao projeto TurmaMais. Dina Fernandes, Ofélia Baptista e Sandra Figueira assinam “AprenderMais com a TurmaMais no Agrupamento de Escolas Lima de Freitas – Setúbal” e deixam-nos um retrato do percurso trilhado ao longo destes três anos. O funcionamento da coordenação no Projeto TurmaMais e o seu alargamento progressivo são dois dos tópicos a que se dá particular destaque. Sentido como algo de novo estava a acontecer o projeto TurmaMais entrava nas conversas de todos mas era visto como “um mundo à parte”, sobretudo entre os docentes que não estavam envolvidos no mesmo. O alargamento progressivo trouxe constrangimentos devido ao insuficiente número de horas disponibilizado para a sua implementação mas ampliou os mecanismos de comunicação entre os diretores de turma e os encarregados de educação. As metodologias de trabalho adotadas foram surtindo efeitos positivos e sentiu-se necessidade de alargá-las à escola. A centralidade projeto TurmaMais na escola está bem evidenciada no facto de a coordenadora do ter passado a integrar em 2011/12 o Conselho Pedagógico do Agrupamento estabelecendo a ponte entre o projeto, os departamentos curriculares e as estruturas pedagógicas. O reconhecimento de tais procedimentos como “boas práticas” (formas de atuação experimentadas, melhoradas e avaliadas pelos docentes envolvidos na TurmaMais), corroborados por testemunhos de alunos, encarregados de educação e professores do Agrupamento, levou ao seu alargamento aos 2.º e 3.º ciclos. O quarto contributo “Mais olhares sobre a Turma Mais no Agrupamento Vertical de Escolas de Grândola” é assinado por José Manuel Abreu. Numa breve reflexão explora o sentido da importância da criação nos alunos do sentimento de pertença ao grupo/ano e a promoção de uma maior socialização e de equidade e justiça no acesso e participação nas aprendizagens. Nas palavras do autor “Oriundos de freguesias com características muito diferenciadas os alunos criam fortes laços nos locais de origem que se mantêm no grupo turma, o que contribui para a existência de um certo imobilismo social e cultural. A circulação dos alunos pelos diferentes grupos, ao longo destes três anos, permitiu a criação de um sentimento de pertença a uma entidade maior, o grupo/ano e, consequentemente, um maior conhecimento das vivências do outro, o que se tem revelado uma importante mais-valia em termos sociais, quer ao nível comportamental, com a diminuição dos conflitos, quer promovendo a criação de laços até então inexistentes e aprofundando o conhecimento de outras realidades”. Em jeito de encerramento, uma conversa de fim de tarde, a três, com Teodolinda Cruz, José Fateixa e José Verdasca, e que em certa medida constitui uma síntese dos contributos anteriores mas também de outras racionalidades e dinâmicas percecionadas nos contactos continuados com as muitas dezenas de escolas e comunidades escolares de norte a sul do país nas diversas fases e períodos de desenvolvimento do projeto. Um conhecimento amadurecido no contacto direto com as escolas e muito focado na produção de soluções para problemas e dificuldades, resultado em certa medida “de uma certa ‘caminhada cultural escolar’ que está um pouco por aí, deixando marcas de entusiasmo e trabalho, outras vezes de desalento e dúvida, numa diversidade de intensidades e vivências feita de muitos nomes e rostos que vivem e fazem acontecer nas escolas a essência da ação pedagógica, desafiando racionalidades e lógicas instaladas e ousando lançar (novos) caminhos de resposta aos muitos e complexos problemas que a escola de hoje enfrenta”.CIEP-UEvora2013-01-30T18:37:03Z2013-01-302012-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookhttp://hdl.handle.net/10174/8114http://hdl.handle.net/10174/8114por978-989-8339-13-3naosimndjcv@uevora.pt229Fialho, IsabelVerdasca, Joséinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T18:48:28Zoai:dspace.uevora.pt:10174/8114Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:02:19.066264Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Num certo sentido, as perspetivas concetuais apresentadas servem como cenário de fundo dos percursos que estão a ser trilhados por dezenas de agrupamentos e escolas, por vezes com avanços e recuos, e que impõem de algum modo a necessidade de transportar para o debate questões relacionadas com a autonomia das escolas e a organização pedagógica, currículo e direção de turma, regulação, formação e comunidades de prática. Em “Autonomia da escola, organização pedagógica e equipas educativas”, tema da primeira conferência do III Seminário Nacional PMSE-TurmaMais, João Formosinho e Joaquim Machado analisam e exploram as transformações na escola básica, o conceito de escola básica como serviço público, os novos desafios da organização do processo de ensino por turmas independentes versus equipas docentes, mas também aspetos em torno da coordenação e gestão do processo de ensino/aprendizagem e acompanhamento dos alunos. A segunda conferência “Do normativo à narratividade curricular, para uma análise da intervenção do Diretor de Turma” proferida por José Augusto Pacheco serviu de mote a problematizações em torno da não definição de currículo às culturas curriculares e dimensões do diretor de turma no sucesso dos alunos. Dá ainda conta dos resultados de investigação recente e que tendem para a sobrevalorização, no trabalho do diretor de turma, das dimensões organizacional e pedagógica face à dimensão curricular, mas também de sinais de apropriação por parte dos coordenadores dos órgãos intermédios de gestão dos referenciais da avaliação externa do domínio da prestação do serviço educativo. A conferência de encerramento do III Seminário, intitulada “As Metas de Aprendizagem, fundamentos e características de um instrumento de regulação na política educativa”, da responsabilidade de Natércio Afonso, conduz-nos para análises sobre as metas de aprendizagem enquanto instrumento técnico-pedagógico no espaço público da profissão docente e de novo para os impactos esperados no quadro da política pública de promoção da eficácia do ensino e do sucesso escolar. Mas também como instrumento de regulação baseado no conhecimento e numa lógica de governança, privilegiando nas palavras do conferencista “o soft power, fazendo apelo à influência e à persuasão (e promovendo) escolas e professores a co-construtores das politicas, legitimando-as e dispensando os mecanismos tradicionais da pressão normativa e inspetiva”. A encerrar a primeira parte, “Trabalho colaborativo de docentes e a plataforma Moodle como suporte tecnológico às equipas educativas do projeto TurmaMais”, da autoria de José Luís d’Orey, com especial enfâse para duas dimensões de análise: a colaboração e cooperação docentes, condicionantes de melhoria da qualidade do sucesso escolar dos alunos; o trabalho colaborativo de equipas educativas no âmbito do programa Mais Sucesso Escolar - Turma Mais. Depois de uma reflexão acerca das possíveis vantagens e desvantagens da plataforma LMS – Moodle para a produção, em equipas de docentes, de recursos educativos em ambiente digital e para a partilha de experiências profissionais diversificadas no âmbito do PMSE, apresentam-se os resultados de um projeto de formação que teve como finalidade principal promover a utilização de plataformas de gestão de aprendizagem (LMS), estimulando a colaboração e a cooperação docentes, para a produção de recursos de avaliação educativa e outros recursos educativos com a finalidade de melhorar a qualidade do sucesso. A segunda parte do livro integra os contributos do Agrupamento de Escolas Abel Varzim, do Agrupamento de Escolas Monsenhor Miguel de Oliveira, do Agrupamento de Escolas Lima de Freitas, Setúbal e do Agrupamento Vertical de Escolas de Grândola e a encerrar uma espécie de balanço de feição impressionista que os três anos de contacto e acompanhamento de proximidade às escolas têm proporcionado. “O Projeto Mais Sucesso Escolar – Turma Mais no Agrupamento de Escolas Abel Varzim – Relato de uma experiência de trabalho colaborativo” foi o título escolhido pelas autoras, Maria Esperança Campos, Paulo Lisboa e Maria da Conceição Silva, deixando-nos um breve historial da implementação do projeto na escola e algumas reflexões em torno do trabalho colaborativo que a experiência tem sugerido. Descrevem-nos um quotidiano escolar onde a “apreensão”, pela distância em relação às metas desejadas em particular num ano terminal de ciclo e de avaliações externas, se entrecruza com a “esperança” de que se possa assistir a uma redução substancial do número de níveis inferiores a três dos primeiro e segundo períodos para o terceiro período. Na convicção de que o PMSE-TM trouxe mais-valias irreversíveis para o futuro sublinham a importância da formação de equipas educativas que reforcem o trabalho colaborativo e que façam da análise e resolução dos problemas dos alunos o principal foco da sua ação. O segundo contributo “Boas práticas educativas - A utilização do Moodle no Agrupamento de Escolas Monsenhor Miguel de Oliveira” é assinado por Isilda Lemos. A utilização da plataforma Moodle no desenvolvimento de atividades específicas da TurmaMais teve como principal objetivo fomentar o trabalho colaborativo entre professores, entre alunos e entre professores e alunos, conduzindo à criação de uma área com dois blocos (zona comum e zona disciplinar), na plataforma da Escola, destinada ao projeto TurmaMais. Dina Fernandes, Ofélia Baptista e Sandra Figueira assinam “AprenderMais com a TurmaMais no Agrupamento de Escolas Lima de Freitas – Setúbal” e deixam-nos um retrato do percurso trilhado ao longo destes três anos. O funcionamento da coordenação no Projeto TurmaMais e o seu alargamento progressivo são dois dos tópicos a que se dá particular destaque. Sentido como algo de novo estava a acontecer o projeto TurmaMais entrava nas conversas de todos mas era visto como “um mundo à parte”, sobretudo entre os docentes que não estavam envolvidos no mesmo. O alargamento progressivo trouxe constrangimentos devido ao insuficiente número de horas disponibilizado para a sua implementação mas ampliou os mecanismos de comunicação entre os diretores de turma e os encarregados de educação. As metodologias de trabalho adotadas foram surtindo efeitos positivos e sentiu-se necessidade de alargá-las à escola. A centralidade projeto TurmaMais na escola está bem evidenciada no facto de a coordenadora do ter passado a integrar em 2011/12 o Conselho Pedagógico do Agrupamento estabelecendo a ponte entre o projeto, os departamentos curriculares e as estruturas pedagógicas. O reconhecimento de tais procedimentos como “boas práticas” (formas de atuação experimentadas, melhoradas e avaliadas pelos docentes envolvidos na TurmaMais), corroborados por testemunhos de alunos, encarregados de educação e professores do Agrupamento, levou ao seu alargamento aos 2.º e 3.º ciclos. O quarto contributo “Mais olhares sobre a Turma Mais no Agrupamento Vertical de Escolas de Grândola” é assinado por José Manuel Abreu. Numa breve reflexão explora o sentido da importância da criação nos alunos do sentimento de pertença ao grupo/ano e a promoção de uma maior socialização e de equidade e justiça no acesso e participação nas aprendizagens. Nas palavras do autor “Oriundos de freguesias com características muito diferenciadas os alunos criam fortes laços nos locais de origem que se mantêm no grupo turma, o que contribui para a existência de um certo imobilismo social e cultural. A circulação dos alunos pelos diferentes grupos, ao longo destes três anos, permitiu a criação de um sentimento de pertença a uma entidade maior, o grupo/ano e, consequentemente, um maior conhecimento das vivências do outro, o que se tem revelado uma importante mais-valia em termos sociais, quer ao nível comportamental, com a diminuição dos conflitos, quer promovendo a criação de laços até então inexistentes e aprofundando o conhecimento de outras realidades”. Em jeito de encerramento, uma conversa de fim de tarde, a três, com Teodolinda Cruz, José Fateixa e José Verdasca, e que em certa medida constitui uma síntese dos contributos anteriores mas também de outras racionalidades e dinâmicas percecionadas nos contactos continuados com as muitas dezenas de escolas e comunidades escolares de norte a sul do país nas diversas fases e períodos de desenvolvimento do projeto. Um conhecimento amadurecido no contacto direto com as escolas e muito focado na produção de soluções para problemas e dificuldades, resultado em certa medida “de uma certa ‘caminhada cultural escolar’ que está um pouco por aí, deixando marcas de entusiasmo e trabalho, outras vezes de desalento e dúvida, numa diversidade de intensidades e vivências feita de muitos nomes e rostos que vivem e fazem acontecer nas escolas a essência da ação pedagógica, desafiando racionalidades e lógicas instaladas e ousando lançar (novos) caminhos de resposta aos muitos e complexos problemas que a escola de hoje enfrenta”. |
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