O turismo nas Caldas da Rainha do século XIX para o século XX (1875-1936)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hipólito, Ricardo Fonseca de Oliveira Furtado
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/9233
Resumo: A segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX assistiram ao desenvolvimento das práticas turísticas em território nacional. As termas foram locais privilegiados para o desenvolvimento dessas práticas e dos hábitos e costumes a elas associados. No panorama termal nacional daquele período, Caldas da Rainha afirmava-se como uma das mais populares e concorridas estâncias do país, ao mesmo tempo que vivia um período de assinalável progresso em várias áreas. Fundadas no final do século XV com o objetivo de dar assistência aos desfavorecidos do reino, as termas caldenses viram-se inundadas de termalistas e turistas no final do século XIX, incluindo a família real e muitos outros oriundos das classes mais altas, dispostos a pagar para usufruir das aplicações termais e, em simultâneo, desfrutar dos lazeres que, cada vez mais, lhes estavam associados. O aumento da afluência a Caldas da Rainha motivou o desenvolvimento de medidas com a finalidade de criar infraestruturas e serviços que correspondessem às expetativas que da localidade se tinham. O século XX traria a consolidação do termalismo caldense enquanto atividade turística e viria este complementado com outras ofertas como o excursionismo ou a praia. Nesta transformação foram importantes os contributos da administração local e da administração central. Entretanto, as práticas turísticas conquistam a atenção da administração central que as institucionaliza, legisla e regulamenta com o intuito de controlar as práticas e obter dividendos económicos de uma atividade em franca expansão. A forma como todas estas transformações foram implementadas em Caldas da Rainha, uma estância virada para o assistencialismo social e que, ao contrário de muitas outras termas, não foi idealizada para ser explorada e dinamizada turisticamente, é a resposta que este trabalho pretende dar.
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