O terapeuta da fala e o autismo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/7424 |
Resumo: | Objetivo/tema: Nos últimos anos, tem sido salientada a importância do Terapeuta da Fala (TF), no trabalho com crianças com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA), no ramo educacional. Uma vez que é uma perturbação, cuja população apresenta, em geral, problemas de comunicação e/ou linguagem, a atuação deste profissional torna-se indispensável. O principal objetivo deste estudo é caracterizar a atuação profissional do TF, com utentes com PEA, em Portugal, assim como, a sua formação nesta área e identificar características específicas do desenvolvimento da linguagem e da comunicação dos seus utentes. Método: Foi elaborado um questionário online, através da ferramenta Google Docs, tendo-se inquirido 49 TF, que acompanham 394 utentes com PEA. Relativamente à modalidade de investigação, este estudo classifica-se como quantitativo, quanto à abordagem e descritivo, quanto ao nível. Resultados/Discussão: Os TF inquiridos são na grande maioria licenciados e realizaram formação contínua, na área da PEA, no entanto, salientam a necessidade de mais formação prática na área. Na sua atuação profissional, referem a falta de uma prova de avaliação da comunicação, adaptada para a PEA e de mais ferramentas de intervenção. As áreas em que intervêm mais frequentemente são a pragmática e a comunicação não-verbal. Quanto aos utentes com PEA, acompanhados pelos TF, que responderam ao inquérito, a maioria apresenta o diagnóstico clínico de Perturbação Autística e frequenta o 1º ciclo. Relativamente às suas competências comunicativas, a maioria apresenta/apresentou uma aquisição tardia da linguagem, ecolália imediata e retardada, prosódia e tom de voz alterado, linguagem mais "instrumental" do que "expressiva” e uso idiossincrático das palavras e do jargão. Apenas 32,5% dos utentes utiliza Sistemas de Comunicação Aumentativa e Alternativa (SCAA), sendo na sua maioria sistemas com ajuda, baseados em signos gráficos. Conclusão: Os resultados obtidos permitiram caracterizar a formação e a atuação profissional do TF, na área da PEA. Relativamente aos seus utentes, com PEA, identificaram-se algumas características mais frequentes e os SCAA mais utilizados. No entanto, não foi possível analisar de forma mais aprofundada, outros aspetos verificando-se a necessidade de realizar novos estudos, uma vez que a atuação do TF nesta área é relativamente recente. |
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Resultados/Discussão: Os TF inquiridos são na grande maioria licenciados e realizaram formação contínua, na área da PEA, no entanto, salientam a necessidade de mais formação prática na área. Na sua atuação profissional, referem a falta de uma prova de avaliação da comunicação, adaptada para a PEA e de mais ferramentas de intervenção. As áreas em que intervêm mais frequentemente são a pragmática e a comunicação não-verbal. Quanto aos utentes com PEA, acompanhados pelos TF, que responderam ao inquérito, a maioria apresenta o diagnóstico clínico de Perturbação Autística e frequenta o 1º ciclo. Relativamente às suas competências comunicativas, a maioria apresenta/apresentou uma aquisição tardia da linguagem, ecolália imediata e retardada, prosódia e tom de voz alterado, linguagem mais "instrumental" do que "expressiva” e uso idiossincrático das palavras e do jargão. Apenas 32,5% dos utentes utiliza Sistemas de Comunicação Aumentativa e Alternativa (SCAA), sendo na sua maioria sistemas com ajuda, baseados em signos gráficos. Conclusão: Os resultados obtidos permitiram caracterizar a formação e a atuação profissional do TF, na área da PEA. Relativamente aos seus utentes, com PEA, identificaram-se algumas características mais frequentes e os SCAA mais utilizados. No entanto, não foi possível analisar de forma mais aprofundada, outros aspetos verificando-se a necessidade de realizar novos estudos, uma vez que a atuação do TF nesta área é relativamente recente.Objective/theme: In the last few years it has been noticed the importance of the Speech and Language Therapist (SLT) work with children with Autism Spectrum Disorder (ASD). Since it is a disorder whose population has, in general, communication and/or language deficits, these therapists are indispensable. The main objective of this study is to characterize the work of the SLT with children with Autism Spectrum Disorders, in Portugal, as well as their formation in this area and identify specific features of language development and communication of these individuals. Method: A questionnaire was developed through the online tool Google Docs, and filled by 49 SLT that perform functions to 394 users with ASD. Regarding the type and level of research, this study is classified as quantitative and descriptive. Results/Discussion: The SLT, which are in general “Licenciados” and had additional training in the area of Autism Spectrum Disorders, identified the need for more practical training in this area. In their professional actions they also refer the lack of an assessment test of communication, adapted to the Autism Spectrum Disorders, and more intervention tools. The features most often involved are pragmatic and non-verbal communication. For users with ASD, followed by the SLT, which responded to the survey, most had a clinical diagnosis of Autistic Disorder and attends, the 1st cycle of schooling. As for their communication skills, most children have or had delayed acquisition of language, immediate and delayed echolalia, prosody and tone of voice changed, language more "instrumental" than "expressive" and idiosyncratic use of words and jargon. Only 32.5 % of the patients use Systems for Augmentive and Alternative Communication (SAAC), based on graphic signs. Conclusion: This study allows characterizing the performance and professional training of the SLT in the area of the ASD. For their patients, with ASD, was identified some characteristics, more frequent and more used SAAC. However, it was not possible to analyze in more detail, other aspects, so further studies are needed, since the activity of ASD’s in this area is relatively recent.Universidade de Aveiro2012-03-21T15:22:38Z2011-01-01T00:00:00Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/7424porPedro, Maria João do Nascimentoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:12:52Zoai:ria.ua.pt:10773/7424Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:45:06.583773Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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