Quando uns são filhos e os outros são enteados: impacto na percepção da conjugalidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lageiro, Inês Fidalgo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/26188
Resumo: Dissertação de mestrado em Psicologia Clínica (Sistémica, Saúde e Família), apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
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spelling Quando uns são filhos e os outros são enteados: impacto na percepção da conjugalidadeConjugalidadeFilhosDissertação de mestrado em Psicologia Clínica (Sistémica, Saúde e Família), apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de CoimbraA presente investigação tem como objetivo principal analisar, em que medida, a existência de filhos (biológicos ou enteados) influencia a perceção da conjugalidade (ajustamento e funcionamento conjugal). Pretendemos também estudar algumas variáveis sociodemográficas (idade, sexo, habilitações literárias, estado civil) e uma variável familiar (etapa do ciclo vital familiar) que podem funcionar como moderadoras. Para tal, recorremos a um Questionário Sociodemográfico e de Dados Complementares, à Escala de Ajustamento Mútuo (EAM) e à Escala de Enriquecimento e Desenvolvimento Conjugal, Comunicação e Felicidade (ENRICH). Procedeu-se à comparação de duas subamostras: cônjuges com filhos biológicos (n=38) e cônjuges com enteados (n=38), pertencentes a uma amostra de conveniência (N=76). Os resultados indicam que a existência de filhos (biológicos/enteados) não influencia a perceção do ajustamento conjugal global (tal como medido pela EAM) e, de forma geral, o funcionamento conjugal (tal como medido pela ENRICH). Apenas os resultados nas dimensões aspetos de personalidade, resolução de conflitos, gestão financeira e filhos e casamento revelaram ser influenciados pela existência de filhos, sendo os cônjuges com enteados aqueles que revelaram resultados mais baixos, indicadores de maiores dificuldades nessas dimensões. Em relação à existência de possíveis variáveis moderadoras, nenhuma das variáveis por nós consideradas (sexo, idade, estado civil, habilitações literárias, etapa do ciclo vital familiar) mostrou ter influência na perceção do ajustamento conjugal. Relativamente ao funcionamento conjugal, a variável habilitações literárias mostrou ter impacto na dimensão igualdade de papéis, mais visível ao nível dos cônjuges com o nono ano e os que completaram o ensino superior, sendo estes últimos a obter os resultados mais elevados, ou seja, aqueles que revelaram valores mais equitativos no que diz respeito ao papel do homem e da mulher na relação. Em ambas as situações, os cônjuges com enteados foram os que obtiveram pontuações mais elevadas, o que reflete uma atitude menos tradicional e conservadora. A presente investigação vem permitir aos terapeutas e interventores em geral compreender um pouco mais a realidade destas novas formas de família, contribuindo para que possam pensar e atuar na prática clínica de forma mais estruturada e fundamentada.The aim of the present research is to analyze how the existence of children (biological or stepchildren) influences the perception of conjugality (conjugal adjustment and functioning). We also intend to study some sociodemographic variables (age, gender, qualifications, marital status) and a family variable (family life cycle) that can function as moderators. For that purpose, we used the Sociodemographic Questionnaire and Supplemental Data, the Dyadic Adjustment Scale (DAS) and the Enriching & Nurturing Relationship Issues, Communication & Happiness (ENRICH). We compared two subsamples: spouses with biological children (n=38) and spouses with stepchildren (n=38), belonging to a convenience sample (N=76). In conjugal adjustment (as measured with DAS), the results indicate that the existence of children, be it biological or stepchildren, doesn’t influence the perception of global conjugal adjustment (as measured with DAS) and, generally, the conjugal functioning (as measured with ENRICH). Only the results in the dimensions of aspects of personality, conflict resolution, financial management and children and marriage proved to be influenced by the existence of children, whilst spouses with stepchildren were those who obtained lower results, indicators of larger difficulties on these dimensions. Regarding the possible moderating variables, none of the considered variables (age, gender, qualifications, marital status and stage of family life cycle) has shown influence on the perception of the conjugal adjustment. When observing conjugal functioning, the qualification has an impact in the dimension of role equality, especially visible when comparing spouses with ninth grade and a university degree, being these last who obtained the highest results, in more detail, were those who showed more equitable values according to the role of man and woman in the relationship. In both cases, the spouses with stepchildren were those who obtained higher results, which reflects a less traditional and conservative attitude. The present research allows therapists and interventionists in general to understand a little more about the reality of these new forms of family, helping them to think and act in clinical practice in a more structured and reasoned way.2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/26188http://hdl.handle.net/10316/26188porLageiro, Inês Fidalgoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:50Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/26188Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:49:35.830789Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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