Caraterização Fitoquímica e Avaliação das Propriedades Antimicrobianas da Urze e Feto Comum

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Anabela da Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/6386
Resumo: As plantas são usadas na medicina popular desde cedo e constituem uma fonte de centenas a milhares de compostos com potencial terapêutico. Numa época em que os microrganismos estão constantemente a desenvolver mecanismos de resistência aos agentes antimicrobianos, torna-se fundamental a pesquisa por novos agentes antimicrobianos. Todas as estratégias devem ser exploradas e os produtos naturais constituem uma fonte de agentes terapêuticos inovadores que vêm de encontro a esta necessidade. A urze e o feto comum estão descritos na literatura como sendo utilizados na medicina tradicional no tratamento de feridas e como antisséticos, revelando-se assim candidatos interessantes para a pesquisa de agentes antimicrobianos. Assim, o objetivo global da presente dissertação passou pela caraterização fitoquímica dos extratos da urze e do feto comum, bem como pela avaliação da sua capacidade antioxidante e propriedades antimicrobianas. Desta forma, as plantas foram sujeitas a extração metanólica, e a partir do extrato bruto obtido foi realizado o fracionamento por passagem sucessiva de solventes de polaridade crescente, originando quatro frações. Os extratos brutos foram caraterizados fitoquimicamente, nomeadamente quanto ao seu conteúdo em fenóis totais e em flavonóides totais, pelos métodos colorimétricos de Folin-Ciocalteu e do cloreto de alumínio, respetivamente. De seguida, os extratos brutos foram avaliados quanto à sua atividade antioxidante por dois métodos diferentes: método do DPPH e método do sistema ß-caroteno/ácido linoleico. Os extratos e as respetivas frações foram sujeitos a cromatografia em camada fina (TLC), em que os cromatogramas obtidos foram revelados com reagente de Folin-Ciocalteu e com reagente de DPPH. No que toca à avaliação da atividade antimicrobiana, primeiro realizou-se o ensaio de difusão em disco, seguido da avaliação da concentração mínima inibitória (CMI) dos extratos e respetivas frações e foi realizada ainda a bioautografia destes. Perante a atividade antimicrobiana verificada pelos ensaios de difusão em disco e pela avaliação da CMI, procedeu-se à avaliação do modo de ação do extrato bruto e respetivas frações com maior atividade antimicrobiana, por ensaio de curvas de morte em L. monocytogenes, e foi testado o efeito destes extratos na formação de biofilmes e na tolerância a condições de stress (pH ácido e temperaturas elevadas) desta bactéria. Os resultados evidenciam um alto teor em fenóis e em flavonóides totais, com as flores da urze apresentando o maior conteúdo fenólico, e a urze e as suas flores o maior conteúdo em flavonóides totais. Relativamente à atividade antioxidante, a urze e as suas flores apresentaram uma atividade antioxidante forte, e o feto comum moderada, pelo método do DPPH. Pelo método do sistema ß-caroteno/ácido linoleico, o feto comum revelou a maior atividade antioxidante. Quanto à avaliação da atividade antimicrobiana, os extratos da urze e das suas flores mostraram o maior potencial antimicrobiano, nomeadamente contra bactérias gram positivas e contra leveduras, e os extratos do feto comum contra leveduras. O ensaio de curvas de morte revelou que os quatro extratos testados (fração 4 da urze, extrato bruto e frações 2 e 4 das flores da urze) reduzem o crescimento de L. monocytogenes, e que todos os extratos de forma geral inibem significativamente a formação de biofilmes da mesma bactéria. O estudo da influência destes mesmos extratos na tolerância de L. monocytogenes a condições adversas revelou que todos eles aumentam a suscetibilidade em condições ácidas, sendo que, no que toca a temperaturas elevadas, o efeito não é tão notório. Em conclusão, todos os extratos apresentam alto conteúdo em compostos fenólicos e flavonóides, e apresentam potencial antioxidante. O feto comum apesar de não ter demonstrado atividade antibacteriana revelou atividade antifúngica. A urze e as suas flores apresentam atividade antimicrobiana contra bactérias gram positivas e contra leveduras, sendo de destacar a atividade evidenciada pelas flores da urze. O estudo mais aprofundado dos extratos com maior atividade antimicrobiana indicou um potencial uso da fração 4 da urze e do extrato bruto e frações 2 e 4 das flores da urze contra L. monocytogenes. Assim, pode-se concluir que a urze e o feto comum podem ser uma fonte de novos compostos com potencial antimicrobiano.
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A urze e o feto comum estão descritos na literatura como sendo utilizados na medicina tradicional no tratamento de feridas e como antisséticos, revelando-se assim candidatos interessantes para a pesquisa de agentes antimicrobianos. Assim, o objetivo global da presente dissertação passou pela caraterização fitoquímica dos extratos da urze e do feto comum, bem como pela avaliação da sua capacidade antioxidante e propriedades antimicrobianas. Desta forma, as plantas foram sujeitas a extração metanólica, e a partir do extrato bruto obtido foi realizado o fracionamento por passagem sucessiva de solventes de polaridade crescente, originando quatro frações. Os extratos brutos foram caraterizados fitoquimicamente, nomeadamente quanto ao seu conteúdo em fenóis totais e em flavonóides totais, pelos métodos colorimétricos de Folin-Ciocalteu e do cloreto de alumínio, respetivamente. De seguida, os extratos brutos foram avaliados quanto à sua atividade antioxidante por dois métodos diferentes: método do DPPH e método do sistema ß-caroteno/ácido linoleico. Os extratos e as respetivas frações foram sujeitos a cromatografia em camada fina (TLC), em que os cromatogramas obtidos foram revelados com reagente de Folin-Ciocalteu e com reagente de DPPH. No que toca à avaliação da atividade antimicrobiana, primeiro realizou-se o ensaio de difusão em disco, seguido da avaliação da concentração mínima inibitória (CMI) dos extratos e respetivas frações e foi realizada ainda a bioautografia destes. Perante a atividade antimicrobiana verificada pelos ensaios de difusão em disco e pela avaliação da CMI, procedeu-se à avaliação do modo de ação do extrato bruto e respetivas frações com maior atividade antimicrobiana, por ensaio de curvas de morte em L. monocytogenes, e foi testado o efeito destes extratos na formação de biofilmes e na tolerância a condições de stress (pH ácido e temperaturas elevadas) desta bactéria. Os resultados evidenciam um alto teor em fenóis e em flavonóides totais, com as flores da urze apresentando o maior conteúdo fenólico, e a urze e as suas flores o maior conteúdo em flavonóides totais. Relativamente à atividade antioxidante, a urze e as suas flores apresentaram uma atividade antioxidante forte, e o feto comum moderada, pelo método do DPPH. Pelo método do sistema ß-caroteno/ácido linoleico, o feto comum revelou a maior atividade antioxidante. Quanto à avaliação da atividade antimicrobiana, os extratos da urze e das suas flores mostraram o maior potencial antimicrobiano, nomeadamente contra bactérias gram positivas e contra leveduras, e os extratos do feto comum contra leveduras. O ensaio de curvas de morte revelou que os quatro extratos testados (fração 4 da urze, extrato bruto e frações 2 e 4 das flores da urze) reduzem o crescimento de L. monocytogenes, e que todos os extratos de forma geral inibem significativamente a formação de biofilmes da mesma bactéria. O estudo da influência destes mesmos extratos na tolerância de L. monocytogenes a condições adversas revelou que todos eles aumentam a suscetibilidade em condições ácidas, sendo que, no que toca a temperaturas elevadas, o efeito não é tão notório. Em conclusão, todos os extratos apresentam alto conteúdo em compostos fenólicos e flavonóides, e apresentam potencial antioxidante. O feto comum apesar de não ter demonstrado atividade antibacteriana revelou atividade antifúngica. A urze e as suas flores apresentam atividade antimicrobiana contra bactérias gram positivas e contra leveduras, sendo de destacar a atividade evidenciada pelas flores da urze. O estudo mais aprofundado dos extratos com maior atividade antimicrobiana indicou um potencial uso da fração 4 da urze e do extrato bruto e frações 2 e 4 das flores da urze contra L. monocytogenes. Assim, pode-se concluir que a urze e o feto comum podem ser uma fonte de novos compostos com potencial antimicrobiano.Plants are used in folk medicine since early and they are a source of hundreds to thousands of compounds with therapeutic potential. At a time in which microorganisms are constantly developing mechanisms of resistance to antimicrobial agents, research into new antimicrobial agents becomes essential. All strategies must be explored and natural products are presented as a source of innovative therapeutic agents that meet this need. Heather and common bracken are described in the literature as being used in traditional medicine in the treatment of wounds and as antiseptics, thus proving to be interesting candidates for the research of antimicrobial agents. Thus, the overall aim of this dissertation was the phytochemical characterization of heather and common bracken extracts, and the evaluation of their antioxidant capacity and antimicrobial properties. In this way, the plants were subjected to methanolic extraction, and from the crude extract was carried out the fractionation by successive passage of solvents of increasing polarity, being obtained four fractions. The crude extracts were characterized phytochemically, regarding to their content in total phenols and total flavonoids, by the colorimetric methods of Folin-Ciocalteu and aluminium chloride, respectively. Subsequently, crude extracts were evaluated for their antioxidant activity by two different methods: DPPH method and ß-carotene/linoleic acid system method. The extracts and their fractions were subjected to thin layer chromatography (TLC), where the chromatograms obtained were revealed with Folin-Ciocalteu reagent and DPPH reagent. Regarding the evaluation of the antimicrobial activity, the disc diffusion test was first performed, followed by the minimum inhibitory concentration (MIC) evaluation of crude extracts and respective fractions, and bioautography. In view of the antimicrobial activity verified by the disc diffusion assays and by the MIC evaluation, the mode of action of the crude extract and its fractions with better antimicrobial activity were evaluated by the time-kill curves in L. monocytogenes, and the effect of these extracts was tested in the biofilms formation and tolerance to adverse conditions (acid pH and high temperatures) of this bacterium. The results evidenced a high content of phenols and total flavonoids, with heather flowers having the highest phenolic content, and heather and its flowers with the highest total flavonoid content. Concerning the antioxidant activity, heather and its flowers had a strong antioxidant activity, and the moderate common bracken, by the DPPH method. By the ß-carotene/linoleic acid method, the common bracken revealed the highest antioxidant activity. Regarding the evaluation of the antimicrobial activity, extracts of heather and its flowers showed the highest antimicrobial potential, specifically against gram positive bacteria and against yeasts, and extracts of the common bracken against yeasts. The time-kill curves analysis revealed that the four extracts tested (fraction 4 of heather, crude extract and fractions 2 and 4 of heather flowers) reduced the growth of L. monocytogenes, and that all extracts in general inhibited significantly the biofilms formation of the same bacterium. The study of the influence of these extracts on the tolerance of L. monocytogenes to adverse conditions revealed that they all increase the susceptibility under acidic conditions, with a not so evident effect regarding high temperatures. In conclusion, all the extracts present high content in phenolic compounds and flavonoids, and present antioxidant potential. Common bracken, despite not showing antibacterial activity, revealed antifungal activity. The heather and its flowers have antimicrobial activity against gram positive bacteria and against yeasts, highlighting the activity evidenced by the heather flowers. Further study of extracts with higher antimicrobial activity indicated a potential use of fraction 4 of heather and crude extract and fractions 2 and 4 of heather flowers against L. monocytogenes. Thus, it can be concluded that heather and the common bracken may be a source of new compounds with antimicrobial potential.Duarte, Ana Paula CoelhoFerreira, Susana Margarida ParaísouBibliorumSantos, Anabela da Silva2018-11-13T16:27:31Z2017-9-292017-11-072017-11-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/6386TID:202012603porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:44:50Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6386Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:47:07.442529Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description As plantas são usadas na medicina popular desde cedo e constituem uma fonte de centenas a milhares de compostos com potencial terapêutico. Numa época em que os microrganismos estão constantemente a desenvolver mecanismos de resistência aos agentes antimicrobianos, torna-se fundamental a pesquisa por novos agentes antimicrobianos. Todas as estratégias devem ser exploradas e os produtos naturais constituem uma fonte de agentes terapêuticos inovadores que vêm de encontro a esta necessidade. A urze e o feto comum estão descritos na literatura como sendo utilizados na medicina tradicional no tratamento de feridas e como antisséticos, revelando-se assim candidatos interessantes para a pesquisa de agentes antimicrobianos. Assim, o objetivo global da presente dissertação passou pela caraterização fitoquímica dos extratos da urze e do feto comum, bem como pela avaliação da sua capacidade antioxidante e propriedades antimicrobianas. Desta forma, as plantas foram sujeitas a extração metanólica, e a partir do extrato bruto obtido foi realizado o fracionamento por passagem sucessiva de solventes de polaridade crescente, originando quatro frações. Os extratos brutos foram caraterizados fitoquimicamente, nomeadamente quanto ao seu conteúdo em fenóis totais e em flavonóides totais, pelos métodos colorimétricos de Folin-Ciocalteu e do cloreto de alumínio, respetivamente. De seguida, os extratos brutos foram avaliados quanto à sua atividade antioxidante por dois métodos diferentes: método do DPPH e método do sistema ß-caroteno/ácido linoleico. Os extratos e as respetivas frações foram sujeitos a cromatografia em camada fina (TLC), em que os cromatogramas obtidos foram revelados com reagente de Folin-Ciocalteu e com reagente de DPPH. No que toca à avaliação da atividade antimicrobiana, primeiro realizou-se o ensaio de difusão em disco, seguido da avaliação da concentração mínima inibitória (CMI) dos extratos e respetivas frações e foi realizada ainda a bioautografia destes. Perante a atividade antimicrobiana verificada pelos ensaios de difusão em disco e pela avaliação da CMI, procedeu-se à avaliação do modo de ação do extrato bruto e respetivas frações com maior atividade antimicrobiana, por ensaio de curvas de morte em L. monocytogenes, e foi testado o efeito destes extratos na formação de biofilmes e na tolerância a condições de stress (pH ácido e temperaturas elevadas) desta bactéria. Os resultados evidenciam um alto teor em fenóis e em flavonóides totais, com as flores da urze apresentando o maior conteúdo fenólico, e a urze e as suas flores o maior conteúdo em flavonóides totais. Relativamente à atividade antioxidante, a urze e as suas flores apresentaram uma atividade antioxidante forte, e o feto comum moderada, pelo método do DPPH. Pelo método do sistema ß-caroteno/ácido linoleico, o feto comum revelou a maior atividade antioxidante. Quanto à avaliação da atividade antimicrobiana, os extratos da urze e das suas flores mostraram o maior potencial antimicrobiano, nomeadamente contra bactérias gram positivas e contra leveduras, e os extratos do feto comum contra leveduras. O ensaio de curvas de morte revelou que os quatro extratos testados (fração 4 da urze, extrato bruto e frações 2 e 4 das flores da urze) reduzem o crescimento de L. monocytogenes, e que todos os extratos de forma geral inibem significativamente a formação de biofilmes da mesma bactéria. O estudo da influência destes mesmos extratos na tolerância de L. monocytogenes a condições adversas revelou que todos eles aumentam a suscetibilidade em condições ácidas, sendo que, no que toca a temperaturas elevadas, o efeito não é tão notório. Em conclusão, todos os extratos apresentam alto conteúdo em compostos fenólicos e flavonóides, e apresentam potencial antioxidante. O feto comum apesar de não ter demonstrado atividade antibacteriana revelou atividade antifúngica. A urze e as suas flores apresentam atividade antimicrobiana contra bactérias gram positivas e contra leveduras, sendo de destacar a atividade evidenciada pelas flores da urze. O estudo mais aprofundado dos extratos com maior atividade antimicrobiana indicou um potencial uso da fração 4 da urze e do extrato bruto e frações 2 e 4 das flores da urze contra L. monocytogenes. Assim, pode-se concluir que a urze e o feto comum podem ser uma fonte de novos compostos com potencial antimicrobiano.
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