Avaliar a leitura: a leitura na avaliação no 1º Ciclo do ensino básico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11796/936 |
Resumo: | Uma das grandes questões no domínio da pesquisa sobre a aquisição da leitura é a de perceber porque é que para algumas crianças é tão fácil aprender a ler, independentemente do método de ensino utilizado, enquanto que para tantas outras, ainda que contempladas por estratégias específicas e com acesso a recursos diferenciados, o domínio de tal competência se assume como uma barreira insuperável. Uma análise de trabalhos relativos à aprendizagem inicial da leitura permite verificar a relação intrínseca entre o (in)sucesso do domínio da modalidade escrita da língua e três eixos específicos: desenvolvimento da linguagem oral da criança (sobretudo no campo lexical e sintáctico); capacidade de reflexão implícita sobre a estrutura e funcionamento da sua língua materna (consciência fonológica, lexical e sintáctica); e contacto prévio com instrumentos de leitura antes do ensino formal da mesma (Sim-Sim, 1997). Por outro lado, e no que diz respeito à realidade nacional, não é ainda possível encontrar instrumentos, validados para a população portuguesa, que permitam aferir a competência leitora da criança após um primeiro ano de ensino explícito, formal, da leitura que permitam situá-la relativamente às restantes crianças suas pares, em situações iniciais de aprendizagem análogas, e que, de acordo com o defendido para a Língua Portuguesa pelo Currículo Nacional do Ensino Básico (1997), correspondem às competências específicas relacionadas com o domínio da leitura e da escrita, em final de 1º ano de escolaridade do ensino básico. Assim, julga-se de crucial importância o desenvolvimento de instrumentos que possam contribuir para uma avaliação da competência leitora de crianças sujeitas a um primeiro ano de ensino explícito, em contexto formal de aprendizagem, de forma a aferir se o processo de descodificação, processo central na passagem ao processo de compreensão da leitura, se encontra perfeitamente automatizado. |
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Uma das grandes questões no domínio da pesquisa sobre a aquisição da leitura é a de perceber porque é que para algumas crianças é tão fácil aprender a ler, independentemente do método de ensino utilizado, enquanto que para tantas outras, ainda que contempladas por estratégias específicas e com acesso a recursos diferenciados, o domínio de tal competência se assume como uma barreira insuperável. Uma análise de trabalhos relativos à aprendizagem inicial da leitura permite verificar a relação intrínseca entre o (in)sucesso do domínio da modalidade escrita da língua e três eixos específicos: desenvolvimento da linguagem oral da criança (sobretudo no campo lexical e sintáctico); capacidade de reflexão implícita sobre a estrutura e funcionamento da sua língua materna (consciência fonológica, lexical e sintáctica); e contacto prévio com instrumentos de leitura antes do ensino formal da mesma (Sim-Sim, 1997). Por outro lado, e no que diz respeito à realidade nacional, não é ainda possível encontrar instrumentos, validados para a população portuguesa, que permitam aferir a competência leitora da criança após um primeiro ano de ensino explícito, formal, da leitura que permitam situá-la relativamente às restantes crianças suas pares, em situações iniciais de aprendizagem análogas, e que, de acordo com o defendido para a Língua Portuguesa pelo Currículo Nacional do Ensino Básico (1997), correspondem às competências específicas relacionadas com o domínio da leitura e da escrita, em final de 1º ano de escolaridade do ensino básico. Assim, julga-se de crucial importância o desenvolvimento de instrumentos que possam contribuir para uma avaliação da competência leitora de crianças sujeitas a um primeiro ano de ensino explícito, em contexto formal de aprendizagem, de forma a aferir se o processo de descodificação, processo central na passagem ao processo de compreensão da leitura, se encontra perfeitamente automatizado. |
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