A lente incerta da poesia: Herberto Helder e Fernando Lemos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Teresa Jorge
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/34588
Resumo: A obra de Herberto Helder tem contribuído para pensar sobre a relação entre a poesia e as outras artes, como a fotografia e o cinema. Este artigo explora uma via possível dessa relação a partir do poema “Retratíssimo ou narração de um homem depois de maio”, estendendo a leitura do texto herbertiano a uma obra fotográfica, o autorretrato “Eu poeta ”, de Fernando Lemos. Considerando que Helder apresenta um “Retratoblíquo” no qual inclui a expressão “Julgo ser eu”, preconizando a incerteza figurativa do poema, propõe-se uma ampliação da obliquidade do autorretrato poético para mostrar que a ambiguidade au- torretratística pode sugerir o cruzamento de diferentes objetos artísticos aos olhos do leitor.
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