Desafios no jornalismo e sustentabilidade no sector da imprensa escrita

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Quintanilha, Tiago Filipe da Costa Lima
Data de Publicação: 2019
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/22045
Resumo: Num campo de estudos tão consolidado como aquele a que se reporta esta tese, abordámos um grande número de conceitos envolvidos numa amálgama de fenómenos promovidos pela nova fase de um processo evolutivo das relações entre media e sociedade a que se convencionou chamar de sociedade em rede, onde a digitalização e as arquitecturas em rede marcam um ambiente de disrupção permanente no jornalismo, na profissão de jornalista, e no sector da imprensa escrita e na sua sustentabilidade. O plano metodológico é constituído maioritariamente por dados de cariz quantitativo obtidos pela aplicação de inquéritos ao longo da última década, adjuvados numa fase final pela realização de entrevistas a jornalistas e a gestores de grupos de media. Conclui-se que os grandes desafios colocados ao jornalismo e aos jornalistas, cujo impacto é grandemente extensível ao sector da imprensa escrita onde a profissão historicamente se consolidou, se dividem em três principais eixos moldados por um "continuum" de fenómenos impulsionados pelo pós-industrialismo, pela digitalização, e por um cenário de agudização económica de crise de geração de receitas e de redução do valor de troca no jornalismo: os desafios à "praxis" e aos valores do jornalismo profissional credenciado; os desafios ao emprego e ao trabalho a partir de reconfigurações e redefinições continuadas do contrato social e da divisão do trabalho no jornalismo; e os desafios à sobrevivência profissional a partir do empoderamento dos mercados descentralizados de produção de conteúdos que promovem a desintermediação do jornalismo profissional. Por último, observa-se que os desafios discutidos, em especial no contexto nacional, assumem diferentes magnitudes e alguns deles podem simultaneamente ser interpretados como oportunidades, num jornalismo (e imprensa escrita em geral) que será fundamentalmente dinâmico e determinado por contextos.
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