Polimorfismos da região da integrase, do gene pol, em doentes infectados por VIH-1

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CABANAS, Joaquim Luís Soares
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/4083
Resumo: A integrase do VIH-1 é a enzima responsável pela integração do ADN viral no ADN da célula hospedeira. Este processo é indispensável à replicação viral, desenvolvendo-se em duas etapas independentes, o processamento 3´ e a transferência de cadeias catalisadas pela integrase. A compreensão das interacções entre a integrase e o ADN e a cinética da formação dos complexos de pré-integração evidenciaram a necessidade de descobrir inibidores das ligações do complexo integrase/ADN. Esta necessidade, permitiu desenvolver o Raltegravir e o Elvitagravir como inibidores potentes da transferência de cadeias e consequentemente da replicação viral in vivo. Estes fármacos porém, não escapam aos fenómenos de resistência. Mais de 40 substituições na integrase foram associadas ao desenvolvimento de resistência ao Raltegravir e/ou elvitagravir, in vitro. Algumas destas alterações foram também encontradas in vivo em doentes com falência terapêutica aos inibidores da integrase. Os polimorfismos do gene da integrase ocorrem de forma natural, podendo ter implicações importantes no desenvolvimento de inibidores da integrase. Foi objectivo deste estudo a determinação da prevalência de polimorfismos em doentes não tratados com inibidores da integrase e a frequência de substituição de aminoácidos que ocorrem de forma natural em posições associadas a resistência. Foram indentificadas as posições polimórficas do gene pol da integrase em doentes não tratados com inibidores da integrase, confirmando-se a ausência de mutações associadas a resistência nestes mesmos doentes. A percentagem de polimorfismos variou de acordo com a região analisada, sendo a região C-terminal a mais variável. A análise mais detalhada do subtipo G contribuiu de forma significativa para caracterizar os polimorfismos existentes na população de doentes VIH-1 portuguesa. A utilização do índice de Jaccard permitiu de forma inequívoca demonstrar a associação entre posições polimórficas e verificar como essas associações poderão evoluir.
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