A anagnorisis na Electra de Eurípides
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/16132 |
Resumo: | A anagnorisis da Electra de Euripides tem sido considerada, pela crítica, uma das cenas mais controversas — e geradores de controvérsias — da antiga dramaturgia grega. A complexidade desta cena deve-se, sobretudo, ao facto de Euripides ter retardado o reconhecimento de Orestes e ter reutilizado, de forma crítica e paródica, os tradicionais semeia das Coéforas, refutados por Electra através de um racicíonio sofístico, tão em voga nos finais do século V a. C. Parodiar num tom humorístico a tradição permitiu-lhe experimentar as convenções dramáticas, num modo de estruturação formal diferente, de forma a possibilitar-lhe situar o texto no mundo e, assim, renovar o antigo significado da mítica história de vingança dos filhos de Agamémnon. |
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A anagnorisis na Electra de EurípidesA anagnorisis da Electra de Euripides tem sido considerada, pela crítica, uma das cenas mais controversas — e geradores de controvérsias — da antiga dramaturgia grega. A complexidade desta cena deve-se, sobretudo, ao facto de Euripides ter retardado o reconhecimento de Orestes e ter reutilizado, de forma crítica e paródica, os tradicionais semeia das Coéforas, refutados por Electra através de um racicíonio sofístico, tão em voga nos finais do século V a. C. Parodiar num tom humorístico a tradição permitiu-lhe experimentar as convenções dramáticas, num modo de estruturação formal diferente, de forma a possibilitar-lhe situar o texto no mundo e, assim, renovar o antigo significado da mítica história de vingança dos filhos de Agamémnon.L'anagnorisis d'Electre d'Euripide est considérée, par les critiques, l'une des scènes les plus polémiques - et génératrice de polémique - de l'antique dramaturgie grecque. La complexité de cette scène tient surtout au fait qu'Euripide a retardé la reconnaissance d'Oreste et a réutilisé, de manière critique et parodique, les traditionnels shmeia des Coephores, reniés par Electre, à travers un raisonnement sophistique, si à la mode à la fin du V.ème s. av. J.C.. Le fait de parodier la tradition sur un mode humoristique, lui a permis d'expérimenter les conventions dramatiques au moyen d'une structuration formelle différente, de manière à lui permettre de situer le texte dans le monde et, de cette façon, renouveler l'ancienne signification de l'histoire mythique de la vengeance des fils d'Agamemnon.Universidade de Aveiro. Departamento de Línguas e Literaturas e Culturas2016-09-15T09:57:19Z1996-01-01T00:00:00Z1996info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/16132por0870-1547Brasete, Maria Fernandainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:29:58Zoai:ria.ua.pt:10773/16132Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:51:19.245713Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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