Pintura a Sanguine: produção, caracterização e adesão ao substrato vítreo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Ângela Barros
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/30886
Resumo: Durante séculos, a grisalha e o amarelo de prata foram os únicos materiais de pintura usados na produção de vitrais. No final do século XV, os mestres vidreiros começaram a usar um novo material de pintura na decoração de vitrais, o sanguine, também conhecido por carnation. Esta tinta é principalmente constituída por partículas de óxido de ferro, finamente moídas, e tem uma cor de carnação que varia entre vermelhos amarelados e acastanhados devido à natureza do óxido de ferro e ao tamanho das suas partículas. Um sanguine mais translúcido era maioritariamente usado para a representação de corpos e cabelos e um mais opaco para a coloração de panejamentos, motivos arquitetónicos e heráldicos. Considerando os projetos de investigação anteriores sobre a pintura a sanguine e o seu método de produção, os principais objetivos deste estudo são a compreensão das relações entre os tratados e fontes de informação históricas escritas e/ou publicadas do século XV ao XIX e a evolução dos métodos produção e receitas. As receitas mais representativas foram selecionadas e produzidas. A produção de tintas sanguine dos vários séculos permitiram a caracterização deste material de pintura, ao nível químico/cristalográfico e morfológico, com técnicas analíticas como Difração de Raio-X (DRX) e Microscopia Ótica (MO). Com recurso a espetros de refletância e medições de colorimetria obtidos por Espetroscopia de Refletância de Fibra Ótica (FORS) foi possível caracterizar colorimetricamente as tintas produzidas e históricas. Foi também realizado o estudo da adesão das tintas produzidas ao substrato vítreo que revelou que a adesão é influenciada não só pelo ligante, mas também pela composição e morfologia da tinta. Os resultados obtidos com MO e FORS foram correlacionados com pinturas sanguine históricas aplicadas em vitrais, e as semelhanças entre as tintas produzidas e históricas tornaram-se evidentes.
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