Dificuldades de Linguagem Oral/Dificuldades de Aprendizagem : atitudes e representações sociais de professores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paulo, Maria Fernanda Esteves da Costa
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/1486
Resumo: Este estudo está estruturado em duas partes, uma parte teórica e uma parte prática, iniciando-se a primeira com uma abordagem ao conceito de Necessidades Educativas Especiais na perspetiva de Madureira & Leite (2003) e ao contributo desta terminologia (NEE) para uma visão socialmente menos estigmatizante dos problemas dos alunos com deficiência, ao mesmo tempo trazendo implicações no âmbito da intervenção da Educação Especial. Aqui é feita uma distinção entre o que se entende por necessidades especiais e necessidades educativas especiais, em virtude destes conceitos constituírem fonte de imprecisão e confusão entre os teóricos e práticos, finalizando com um excerto do decreto-lei 3/2008, que apenas abrange as crianças com dificuldades de oralidade se estas forem provenientes de outras problemáticas, de caracter permanente e interfiram com a sua funcionalidade. De acordo com as últimas reformas feitas na Educação especial e a entrada em vigor do referido artigo, é feito uma reflexão sobre a sua relação com a CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade), desde a sua criação à adaptação para crianças e jovens. Este documento é de carater obrigatório no processo de avaliação das crianças com necessidades Educativas Especiais, daí a sua grande importância. Relativamente às dificuldades de linguagem/dificuldades de aprendizagem, tema deste trabalho, é feito o seu enquadramento de acordo com este último documento. Ao abordar o tema do trabalho importa falar sobre o principal objetivo da comunicação, e a sua importância para o homem desde o seu aparecimento, do ponto de vista pessoal e social, de acordo com alguns autores que se debruçam sobre o estudo da comunicação e linguagem oral. Sobre esta, fala-se das principais fases de desenvolvimento na criança e a distinção entre linguagem e comunicação, tendo como ferramentas a fala e língua, as implicações das dificuldades de linguagem nas de aprendizagens dos alunos, a sua importância nas relações sociais e a relação das dificuldades de linguagem oral e dificuldades de aprendizagem com cérebro. Uma vez que neste trabalho se pretender explorar essencialmente a linguagem oral, aquela que é mais presente no quotidiano de todos os alunos, mesmo dos mais jovens que ainda não ingressaram no primeiro ciclo, faz-se a distinção entre a vertente oral e escrita, abordando as caraterísticas de ambas e relacionando as dificuldades de oralidade com as dificuldades de escrita, assim como algumas estratégias de estimulação de escrita e leitura que pode ser feita ao nível da sala de aulas como em casa com os pais. São apresentadas diferentes teorias explicativas, de acordo com alguns autores, sendo referido o contributo destes para estudo do desenvolvimento da linguagem, e compreensão das dificuldades de aprendizagem de forma a distinguir dentro desta problemática: dificuldades de linguagem, dificuldades específicas de linguagem e atrasos de linguagem. Apesar da diferença entre todos estes termos, é referido que o trabalho está mais direcionado para as dificuldades específicas de linguagem, o termos utilizado ao longo do trabalho será dificuldades de linguagem oral ou de oralidade, não ignorando a causa da problemática, valoriza sim o seu efeito ao nível das aprendizagens. No que diz respeito às dificuldades de aprendizagem, começa-se por apresentar algumas tentativas de definição de alguns autores, surgindo assim a distinção entre dificuldades de aprendizagem e transtornos de aprendizagem, sendo estes últimos de carater irreversível. O fato de um aluno ter dificuldades de aprendizagem não implica a existência de uma deficiência mental ou um rendimento intelectual inferior, comparativamente com os restantes da sua idade, as dificuldades de aprendizagem podem ser ultrapassadas, ao contrário dos transtornos de aprendizagem. Abordam-se também as caraterísticas existentes nos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, segundo Nielsen (1999), e as diferentes vertentes de estudo das mesmas, verificando-se uma relação e complementaridade entre estas teorias de estudo e a sua importância para o conhecimento cada vez mais aprofundado deste tema, que tem vindo a refletir-se na procura e implementação de novas medidas educativas e no apoio mais eficaz dos alunos com dificuldades de linguagem/dificuldades de aprendizagem, por todos os técnicos que trabalham com crianças com estas caraterísticas. São mencionadas as dificuldades dos professores do ensino regular perante a existência destes alunos na sua turma, na sua falta de formação, segundo alguns teóricos, onde é apontado o erro à formação inicial de professores, com currículo insuficiente em disciplinas no âmbito da Educação Especial e na prática pedagógica durante a formação. A primeira parte do trabalho termina com a apresentação medidas e estratégias de intervenção educativa, de forma de colmatar as dificuldades que são aqui abordadas, destacando-se como estratégia a intervenção precoce, terapias fora da sala de aulas, o ensino direto e a atividade lúdica, sendo a primeira e a última as mais valorizadas neste trabalho. É dado bastante evidência à atividade lúdica por ser muitas vezes desvalorizada quando se trata de crianças que já não estão em idade pré-escolar, mas continua a ser a que proporciona maior motivação nos alunos em qualquer nível etário desde que as atividades tenham em conta a sua idade. A segunda parte do trabalho inicia-se com a apresentação do enquadramento empírico e é constituída por vários pontos onde são descritos os procedimentos metodológicos adotados para realizar o estudo, através da metodologia quantitativa com análise descritiva de dados. O problema que motivou a realização deste trabalho foi a constatação da existência de inúmeras crianças em idade escolar com problemas de linguagem oral/dificuldades de aprendizagem, sendo causa de cansaço e angústia para muitos dos professores do ensino regular. Os indivíduos que constituem a amostra desta pesquisa são professores dos Apoios Educativos, Educação Especial e do Ensino Regular, que lecionam desde jardim-de-infância ao ensino secundário, em escolas da região norte do país. A sua idade varia entre os 21 até além dos 50 anos, com tempo de serviço compreendido entre o primeiro ano e superior a 20 anos de tempo de serviço, são professores que exercem funções em ambos os setores, público e privado, pertencentes ao quadro e contratados, de ambos os sexos. Através de um inquérito por questionário, validado anteriormente, feito a professores de ensino regular e educação especial e apoios educativos, conclui-se que a opinião dos professores inquiridos vai de encontro à de alguns teóricos, é difícil para os professores do ensino regular por em prática as estratégias definidas para os alunos com dificuldades de linguagem/ dificuldades de aprendizagem sem apoio de Educação especial, e que o ensino regular é insuficiente para que estes alunos atinjam as metas do currículo comum da turma.
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Aqui é feita uma distinção entre o que se entende por necessidades especiais e necessidades educativas especiais, em virtude destes conceitos constituírem fonte de imprecisão e confusão entre os teóricos e práticos, finalizando com um excerto do decreto-lei 3/2008, que apenas abrange as crianças com dificuldades de oralidade se estas forem provenientes de outras problemáticas, de caracter permanente e interfiram com a sua funcionalidade. De acordo com as últimas reformas feitas na Educação especial e a entrada em vigor do referido artigo, é feito uma reflexão sobre a sua relação com a CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade), desde a sua criação à adaptação para crianças e jovens. Este documento é de carater obrigatório no processo de avaliação das crianças com necessidades Educativas Especiais, daí a sua grande importância. Relativamente às dificuldades de linguagem/dificuldades de aprendizagem, tema deste trabalho, é feito o seu enquadramento de acordo com este último documento. Ao abordar o tema do trabalho importa falar sobre o principal objetivo da comunicação, e a sua importância para o homem desde o seu aparecimento, do ponto de vista pessoal e social, de acordo com alguns autores que se debruçam sobre o estudo da comunicação e linguagem oral. Sobre esta, fala-se das principais fases de desenvolvimento na criança e a distinção entre linguagem e comunicação, tendo como ferramentas a fala e língua, as implicações das dificuldades de linguagem nas de aprendizagens dos alunos, a sua importância nas relações sociais e a relação das dificuldades de linguagem oral e dificuldades de aprendizagem com cérebro. Uma vez que neste trabalho se pretender explorar essencialmente a linguagem oral, aquela que é mais presente no quotidiano de todos os alunos, mesmo dos mais jovens que ainda não ingressaram no primeiro ciclo, faz-se a distinção entre a vertente oral e escrita, abordando as caraterísticas de ambas e relacionando as dificuldades de oralidade com as dificuldades de escrita, assim como algumas estratégias de estimulação de escrita e leitura que pode ser feita ao nível da sala de aulas como em casa com os pais. São apresentadas diferentes teorias explicativas, de acordo com alguns autores, sendo referido o contributo destes para estudo do desenvolvimento da linguagem, e compreensão das dificuldades de aprendizagem de forma a distinguir dentro desta problemática: dificuldades de linguagem, dificuldades específicas de linguagem e atrasos de linguagem. Apesar da diferença entre todos estes termos, é referido que o trabalho está mais direcionado para as dificuldades específicas de linguagem, o termos utilizado ao longo do trabalho será dificuldades de linguagem oral ou de oralidade, não ignorando a causa da problemática, valoriza sim o seu efeito ao nível das aprendizagens. No que diz respeito às dificuldades de aprendizagem, começa-se por apresentar algumas tentativas de definição de alguns autores, surgindo assim a distinção entre dificuldades de aprendizagem e transtornos de aprendizagem, sendo estes últimos de carater irreversível. O fato de um aluno ter dificuldades de aprendizagem não implica a existência de uma deficiência mental ou um rendimento intelectual inferior, comparativamente com os restantes da sua idade, as dificuldades de aprendizagem podem ser ultrapassadas, ao contrário dos transtornos de aprendizagem. Abordam-se também as caraterísticas existentes nos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, segundo Nielsen (1999), e as diferentes vertentes de estudo das mesmas, verificando-se uma relação e complementaridade entre estas teorias de estudo e a sua importância para o conhecimento cada vez mais aprofundado deste tema, que tem vindo a refletir-se na procura e implementação de novas medidas educativas e no apoio mais eficaz dos alunos com dificuldades de linguagem/dificuldades de aprendizagem, por todos os técnicos que trabalham com crianças com estas caraterísticas. São mencionadas as dificuldades dos professores do ensino regular perante a existência destes alunos na sua turma, na sua falta de formação, segundo alguns teóricos, onde é apontado o erro à formação inicial de professores, com currículo insuficiente em disciplinas no âmbito da Educação Especial e na prática pedagógica durante a formação. A primeira parte do trabalho termina com a apresentação medidas e estratégias de intervenção educativa, de forma de colmatar as dificuldades que são aqui abordadas, destacando-se como estratégia a intervenção precoce, terapias fora da sala de aulas, o ensino direto e a atividade lúdica, sendo a primeira e a última as mais valorizadas neste trabalho. É dado bastante evidência à atividade lúdica por ser muitas vezes desvalorizada quando se trata de crianças que já não estão em idade pré-escolar, mas continua a ser a que proporciona maior motivação nos alunos em qualquer nível etário desde que as atividades tenham em conta a sua idade. A segunda parte do trabalho inicia-se com a apresentação do enquadramento empírico e é constituída por vários pontos onde são descritos os procedimentos metodológicos adotados para realizar o estudo, através da metodologia quantitativa com análise descritiva de dados. O problema que motivou a realização deste trabalho foi a constatação da existência de inúmeras crianças em idade escolar com problemas de linguagem oral/dificuldades de aprendizagem, sendo causa de cansaço e angústia para muitos dos professores do ensino regular. Os indivíduos que constituem a amostra desta pesquisa são professores dos Apoios Educativos, Educação Especial e do Ensino Regular, que lecionam desde jardim-de-infância ao ensino secundário, em escolas da região norte do país. A sua idade varia entre os 21 até além dos 50 anos, com tempo de serviço compreendido entre o primeiro ano e superior a 20 anos de tempo de serviço, são professores que exercem funções em ambos os setores, público e privado, pertencentes ao quadro e contratados, de ambos os sexos. Através de um inquérito por questionário, validado anteriormente, feito a professores de ensino regular e educação especial e apoios educativos, conclui-se que a opinião dos professores inquiridos vai de encontro à de alguns teóricos, é difícil para os professores do ensino regular por em prática as estratégias definidas para os alunos com dificuldades de linguagem/ dificuldades de aprendizagem sem apoio de Educação especial, e que o ensino regular é insuficiente para que estes alunos atinjam as metas do currículo comum da turma.This study it is structuralized in two parts, a theoretical part and a practical part, initiating first it with a boarding to the concept of Special Educative Necessities in the perspective of Madureira & Leite (2003) and to the contribute of this terminology (NEE) for a vision socially less stigmatized of the problems of the pupils with deficiency, at the same time bringing implications in the scope of the intervention of the Special Education. Here a distinction between what is understood by necessities and special educative necessities, in virtue of these concepts to constitute a source of imprecision and confusion between the practical theoreticians and, finishing with an excerpt of Decree 3/2008, that it only encloses the children with oral difficulties if these will be proceeding from other problematic ones, of permanent character and interfere with its functionality. In accordance with the last reforms made in the special Education and the entrance in vigor of the related article, it is made a reflection on its relation with the CIF (International Classification of Functionality), since its creation to the adaptation for children and young. This document is absolutely essential in the process of evaluation of the children with Special Educative Necessities, from there its great importance. Relatively to the language difficulties/learning difficulties, subject of this work, is made its framing in accordance with this last document. When approaching the subject of the work matters to speak on the main objective of the communication, and its importance for the man since its appearance, of the personal and social point of view, in accordance to some authors who if lean over on the study of the communication and verbal language. On this, one says of the main phases of development in the child and the distinction between language and communication, having as tools the speak and language, the implications of the difficulties of language in the students learning, its importance in the social relations and the relation of the difficulties of verbal language and difficulties of learning with brain. Once this work is intend to essentially explore the verbal language, that is the most frequent in the daily life of the pupils, even of the youngest ones that aren’t still in the primary school, it is done a distinction between the verbal and written source, approaching the characteristics of both and relating the difficulties of speaking with the writing difficulties, as well as some strategies of stimulation of writing and reading that can be made to the level of the classroom as in house with the parents. Different explicative theories are presented, in accordance with some authors, being related the contribution of these for the study of the development of the language, and to the understanding of the difficulties of learning of form to distinguish inside from this problematic one: difficulties of language, specific difficulties of language and delays of language. Although the difference between all these terms, it becomes clear that the work is directed for the specific difficulties of language, the terms used throughout the work will be difficulties of verbal language or of speaking, not ignoring the cause of the problematic, it values in fact its effect to the level of the learning process. In what concerns to the learning difficulties, there are presented some attempts of definition of some authors, thus appearing the distinction between learning difficulties and upheavals of learning, being these last ones of irreversible character. The fact of a pupil to have learning difficulties does not imply the existence of a mental deficiency or an inferior intellectual income, comparatively with the remains of its age, the learning difficulties can be exceeded, in contrast of the learning upheavals. The existing characteristics in the pupils are also approached who present learning difficulties, according to Nielsen (1999), and the different sources of study of the same ones, verifying a relation between these theories of study and its importance for the knowledge each deepened time of this subject, that has come to reflect in the search and implementation of new educative measures and in the support most efficient of the pupils with language difficulties/learning difficulties, for all the technician that work with children with these characteristics. The difficulties of the professors of regular education before the existence of these pupils in its group are mentioned, in its lack of formation, according to some theoreticians, where the error to the initial formation of professors is pointed, with insufficient resume in your discipline in the scope of the practical Special Education and in the pedagogical one during the formation. The first part of the work finishes with the presentation measured and strategies of educative intervention, of form to decrease the difficulties that are boarded here, being distinguished as strategy the precocious intervention, therapies is of the classroom, direct education and the playful activity, being first and the last one the most valued in this work. 11 Evidence to the playful activity for being is given sufficient many times devaluated when if it deals with children who already are not in preschool age, but continues to be the one that provides to greater motivation in the pupils in any age level since that the activities have in account its age. The second part of the work is initiated with the presentation of the empirical framing and it is constituted by some points where the methodological procedures adopted are described to carry through the study, through the quantitative methodology with descriptive analysis of data. The problem that motivated the accomplishment of this work was the appointment of the existence of innumerable children in pertaining to school age with problems of verbal language learning difficulties, being cause of fatigue and anguish for many of teachers of regular education. The individuals that constitute the sample of this research are professors of the Educative Supports, Special Education and of Regular School, that teach since the since the nursery school to the secondary school, in schools of the north region of the country. Their age varies between the 21 beyond the 50 years, with time of service understood between the first years and superior the 20 years of service time, they exert functions in both the sectors, private public and, pertaining to the picture and contracted, of both the genders. Through an inquiry for questionnaire, validated previously, made to professors of regular school and special education and educative supports, one concludes that the opinion of the inquired professors goes of meeting to the one of some theoreticians, is difficult for the professors of practical regular education for in the strategies defined for the pupils with language difficulties/ difficulties of learning without support of special Education, and that regular education is insufficient so that these pupils reach the goals of the common resume of the group.2011-11-21T17:35:15Z2011-01-01T00:00:00Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/1486porPaulo, Maria Fernanda Esteves da Costainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:05:09Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/1486Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:12:57.902215Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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Paulo, Maria Fernanda Esteves da Costa
EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO ESPECIAL
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO NA ESPECIALIDADE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E DOMÍNIO COGNITIVO E MOTOR
NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS
EDUCATION
SPECIAL EDUCATION
LEARNING DISABILITIES
SPECIAL EDUCATIONAL NEEDS
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description Este estudo está estruturado em duas partes, uma parte teórica e uma parte prática, iniciando-se a primeira com uma abordagem ao conceito de Necessidades Educativas Especiais na perspetiva de Madureira & Leite (2003) e ao contributo desta terminologia (NEE) para uma visão socialmente menos estigmatizante dos problemas dos alunos com deficiência, ao mesmo tempo trazendo implicações no âmbito da intervenção da Educação Especial. Aqui é feita uma distinção entre o que se entende por necessidades especiais e necessidades educativas especiais, em virtude destes conceitos constituírem fonte de imprecisão e confusão entre os teóricos e práticos, finalizando com um excerto do decreto-lei 3/2008, que apenas abrange as crianças com dificuldades de oralidade se estas forem provenientes de outras problemáticas, de caracter permanente e interfiram com a sua funcionalidade. De acordo com as últimas reformas feitas na Educação especial e a entrada em vigor do referido artigo, é feito uma reflexão sobre a sua relação com a CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade), desde a sua criação à adaptação para crianças e jovens. Este documento é de carater obrigatório no processo de avaliação das crianças com necessidades Educativas Especiais, daí a sua grande importância. Relativamente às dificuldades de linguagem/dificuldades de aprendizagem, tema deste trabalho, é feito o seu enquadramento de acordo com este último documento. Ao abordar o tema do trabalho importa falar sobre o principal objetivo da comunicação, e a sua importância para o homem desde o seu aparecimento, do ponto de vista pessoal e social, de acordo com alguns autores que se debruçam sobre o estudo da comunicação e linguagem oral. Sobre esta, fala-se das principais fases de desenvolvimento na criança e a distinção entre linguagem e comunicação, tendo como ferramentas a fala e língua, as implicações das dificuldades de linguagem nas de aprendizagens dos alunos, a sua importância nas relações sociais e a relação das dificuldades de linguagem oral e dificuldades de aprendizagem com cérebro. Uma vez que neste trabalho se pretender explorar essencialmente a linguagem oral, aquela que é mais presente no quotidiano de todos os alunos, mesmo dos mais jovens que ainda não ingressaram no primeiro ciclo, faz-se a distinção entre a vertente oral e escrita, abordando as caraterísticas de ambas e relacionando as dificuldades de oralidade com as dificuldades de escrita, assim como algumas estratégias de estimulação de escrita e leitura que pode ser feita ao nível da sala de aulas como em casa com os pais. São apresentadas diferentes teorias explicativas, de acordo com alguns autores, sendo referido o contributo destes para estudo do desenvolvimento da linguagem, e compreensão das dificuldades de aprendizagem de forma a distinguir dentro desta problemática: dificuldades de linguagem, dificuldades específicas de linguagem e atrasos de linguagem. Apesar da diferença entre todos estes termos, é referido que o trabalho está mais direcionado para as dificuldades específicas de linguagem, o termos utilizado ao longo do trabalho será dificuldades de linguagem oral ou de oralidade, não ignorando a causa da problemática, valoriza sim o seu efeito ao nível das aprendizagens. No que diz respeito às dificuldades de aprendizagem, começa-se por apresentar algumas tentativas de definição de alguns autores, surgindo assim a distinção entre dificuldades de aprendizagem e transtornos de aprendizagem, sendo estes últimos de carater irreversível. O fato de um aluno ter dificuldades de aprendizagem não implica a existência de uma deficiência mental ou um rendimento intelectual inferior, comparativamente com os restantes da sua idade, as dificuldades de aprendizagem podem ser ultrapassadas, ao contrário dos transtornos de aprendizagem. Abordam-se também as caraterísticas existentes nos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, segundo Nielsen (1999), e as diferentes vertentes de estudo das mesmas, verificando-se uma relação e complementaridade entre estas teorias de estudo e a sua importância para o conhecimento cada vez mais aprofundado deste tema, que tem vindo a refletir-se na procura e implementação de novas medidas educativas e no apoio mais eficaz dos alunos com dificuldades de linguagem/dificuldades de aprendizagem, por todos os técnicos que trabalham com crianças com estas caraterísticas. São mencionadas as dificuldades dos professores do ensino regular perante a existência destes alunos na sua turma, na sua falta de formação, segundo alguns teóricos, onde é apontado o erro à formação inicial de professores, com currículo insuficiente em disciplinas no âmbito da Educação Especial e na prática pedagógica durante a formação. A primeira parte do trabalho termina com a apresentação medidas e estratégias de intervenção educativa, de forma de colmatar as dificuldades que são aqui abordadas, destacando-se como estratégia a intervenção precoce, terapias fora da sala de aulas, o ensino direto e a atividade lúdica, sendo a primeira e a última as mais valorizadas neste trabalho. É dado bastante evidência à atividade lúdica por ser muitas vezes desvalorizada quando se trata de crianças que já não estão em idade pré-escolar, mas continua a ser a que proporciona maior motivação nos alunos em qualquer nível etário desde que as atividades tenham em conta a sua idade. A segunda parte do trabalho inicia-se com a apresentação do enquadramento empírico e é constituída por vários pontos onde são descritos os procedimentos metodológicos adotados para realizar o estudo, através da metodologia quantitativa com análise descritiva de dados. O problema que motivou a realização deste trabalho foi a constatação da existência de inúmeras crianças em idade escolar com problemas de linguagem oral/dificuldades de aprendizagem, sendo causa de cansaço e angústia para muitos dos professores do ensino regular. Os indivíduos que constituem a amostra desta pesquisa são professores dos Apoios Educativos, Educação Especial e do Ensino Regular, que lecionam desde jardim-de-infância ao ensino secundário, em escolas da região norte do país. 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