Fatores familiares preditivos da variabilidade do empoderamento da pessoa com Diabetes Mellitus tipo 2
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/33304 |
Resumo: | No âmbito do 3º Semestre do 2º ano do 6º Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar da UA em consórcio com a UTAD e o IPB foi desenvolvido um estágio de natureza profissional na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Miranda do Corvo (ACeS PIN). Esta unidade funcional serviu de contexto à realização de um trabalho de investigação baseado na problemática do empoderamento da pessoa com DM tipo 2, integrado no referido estágio. Neste sentido, foi realizado este relatório que descreve e analisa criticoreflexivamente as competências desenvolvidas no âmbito da Enfermagem de Saúde Familiar, as dificuldades e estratégias para as ultrapassar, bem como, apresenta os resultados do estudo de investigação sobre os fatores familiares preditivos da variabilidade do empoderamento da pessoa com DM tipo 2. A DM tipo 2 constitui um problema global de saúde pública, pela elevada prevalência e pelas consequências que podem decorrer da progressão da doença. A baixa adesão ao regime terapêutico por parte da pessoa com DM tipo 2 é ainda significativa e a evidência demonstra que o seu empoderamento bem como o da sua família, é preditivo da adesão ao regime terapêutico e aos comportamentos de autocuidado. Deste modo, propôs-se a realização de um estudo quantitativo, observacional, transversal e correlacional, que foi desenvolvido na UCSP de Miranda do Corvo, com recurso a uma amostra não probabilística e acidental (n=112) e que permitisse responder à questão de investigação: Quais os fatores familiares preditivos da variabilidade do Empoderamento da pessoa com DM tipo 2? Assim, definiu-se como objetivo principal: Analisar os fatores familiares preditivos da variabilidade do Empoderamento da pessoa com DM tipo 2. Para o estudo, construiu-se um instrumento de recolha de dados que incluía a Escala de Graffar Adaptada, Escala de Capacidade de Controlo da Diabetes - Versão Breve, Escala de APGAR Familiar de Smiklstein e Inventário de Perceção de Suporte Familiar, que foi aplicado no âmbito da consulta de enfermagem, tendo em consideração as questões éticas subjacentes à prática da investigação. A maioria dos participantes em estudo são do sexo feminino (51,8%), idade superior a 65 anos (54,5%), casados ou vivem em união de facto (76,8%), classe média-baixa (51,8%), reformados (67,9%) e com baixo nível de instrução (74,1%). A nível de caracterização clínica, a maioria apresenta préobesidade (39,3%) ou obesidade (51%), HT (35,7%) ou TA normal a alta (27,7%), HgA1c ≤ 7%, com mais de 10 anos de diagnóstico de DM (42%) e a maioria associa a toma de antidiabéticos orais com alimentação (35,7%). Os resultados mostraram que o empoderamento da pessoa com DM tipo 2 tem relação estatisticamente significativa com HgA1c (rho= -0,429; p= 0,000), com algumas características sociodemográficas e familiares, nomeadamente a idade (rho= -0,219; p= 0,020), estado civil (H= 13,860 p= 0,003), posição social (rho= -0,313; p= 0,001), e ainda com a funcionalidade familiar (rho= 0,536; p= 0,000) e com o suporte familiar (rho= 0,340; p= 0,000). Em conclusão, o Enfermeiro de Família deve promover o empoderamento da pessoa com DM tipo 2, gerindo o processo de adaptação à doença da pessoa com DM tipo 2 e sua família, promovendo a funcionalidade familiar e o suporte familiar, tendo em consideração as características de cada indivíduo/família. |
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Fatores familiares preditivos da variabilidade do empoderamento da pessoa com Diabetes Mellitus tipo 2EmpoderamentoDiabetes Mellitus tipo 2Relações familiaresEnfermagem familiar (DeCS1)No âmbito do 3º Semestre do 2º ano do 6º Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar da UA em consórcio com a UTAD e o IPB foi desenvolvido um estágio de natureza profissional na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Miranda do Corvo (ACeS PIN). Esta unidade funcional serviu de contexto à realização de um trabalho de investigação baseado na problemática do empoderamento da pessoa com DM tipo 2, integrado no referido estágio. Neste sentido, foi realizado este relatório que descreve e analisa criticoreflexivamente as competências desenvolvidas no âmbito da Enfermagem de Saúde Familiar, as dificuldades e estratégias para as ultrapassar, bem como, apresenta os resultados do estudo de investigação sobre os fatores familiares preditivos da variabilidade do empoderamento da pessoa com DM tipo 2. A DM tipo 2 constitui um problema global de saúde pública, pela elevada prevalência e pelas consequências que podem decorrer da progressão da doença. A baixa adesão ao regime terapêutico por parte da pessoa com DM tipo 2 é ainda significativa e a evidência demonstra que o seu empoderamento bem como o da sua família, é preditivo da adesão ao regime terapêutico e aos comportamentos de autocuidado. Deste modo, propôs-se a realização de um estudo quantitativo, observacional, transversal e correlacional, que foi desenvolvido na UCSP de Miranda do Corvo, com recurso a uma amostra não probabilística e acidental (n=112) e que permitisse responder à questão de investigação: Quais os fatores familiares preditivos da variabilidade do Empoderamento da pessoa com DM tipo 2? Assim, definiu-se como objetivo principal: Analisar os fatores familiares preditivos da variabilidade do Empoderamento da pessoa com DM tipo 2. Para o estudo, construiu-se um instrumento de recolha de dados que incluía a Escala de Graffar Adaptada, Escala de Capacidade de Controlo da Diabetes - Versão Breve, Escala de APGAR Familiar de Smiklstein e Inventário de Perceção de Suporte Familiar, que foi aplicado no âmbito da consulta de enfermagem, tendo em consideração as questões éticas subjacentes à prática da investigação. A maioria dos participantes em estudo são do sexo feminino (51,8%), idade superior a 65 anos (54,5%), casados ou vivem em união de facto (76,8%), classe média-baixa (51,8%), reformados (67,9%) e com baixo nível de instrução (74,1%). A nível de caracterização clínica, a maioria apresenta préobesidade (39,3%) ou obesidade (51%), HT (35,7%) ou TA normal a alta (27,7%), HgA1c ≤ 7%, com mais de 10 anos de diagnóstico de DM (42%) e a maioria associa a toma de antidiabéticos orais com alimentação (35,7%). Os resultados mostraram que o empoderamento da pessoa com DM tipo 2 tem relação estatisticamente significativa com HgA1c (rho= -0,429; p= 0,000), com algumas características sociodemográficas e familiares, nomeadamente a idade (rho= -0,219; p= 0,020), estado civil (H= 13,860 p= 0,003), posição social (rho= -0,313; p= 0,001), e ainda com a funcionalidade familiar (rho= 0,536; p= 0,000) e com o suporte familiar (rho= 0,340; p= 0,000). Em conclusão, o Enfermeiro de Família deve promover o empoderamento da pessoa com DM tipo 2, gerindo o processo de adaptação à doença da pessoa com DM tipo 2 e sua família, promovendo a funcionalidade familiar e o suporte familiar, tendo em consideração as características de cada indivíduo/família.Within the scope of the 3rd Semester of the 2nd year of the 6th Master's Course in Family Health Nursing at the UA in consortium with the UTAD and the IPB, a professional internship was developed at the Miranda do Corvo Personalized Health Care Unit (ACeS PIN). This functional unit served as a context for carrying out a research work based on the issue of empowerment of people with DM type 2, as part of the aforementioned internship. In this sense, this report was produced, which describes and criticallyreflexively analyzes the skills developed in the context of Family Health Nursing, the difficulties and strategies to overcome them, as well as presents the results of the research study on family factors that predict variability of the empowerment of the person with DM type 2. DM type 2 is a global public health problem, due to its high prevalence and the consequences that can result from the progression of the disease. The low adherence to the therapeutic regimen by people with DM type 2 is still significant and the evidence shows that their empowerment, as well as that of their family, is predictive of adherence to the therapeutic regimen and selfcare behaviors. Thus, it was proposed to carry out a quantitative, observational, transversal and correlational study, which was developed at the UCSP in Miranda do Corvo, using a non-probabilistic and accidental sample (n=112) and that would allow to answer the question of investigation: What are the family factors that predict the variability of Empowerment of people with DM type 2? Thus, the main objective was defined: To analyze the predictive family factors of the variability of Empowerment of people with DM type 2. For the study, a data collection instrument was built that included the Adapted Graffar Scale, Diabetes Empowerment Scale – short form, Smiklstein's Family APGAR Scale and the Perception of Family Support Inventory, which were applied in the context of nursing consultation, taking into account the ethical issues underlying the practice of research. The majority of study participants are female (51.8%), over 65 years of age (54.5%), married or living in a de facto union (76.8%), lower-middle class (51.8% %), retired (67.9%) and with a low level of education (74.1%). In terms of clinical characterization, the majority presents pre-obesity (39.3%) or obesity (51%), HT (35.7%) or normal to high blood pressure (27.7%), HgA1c ≤ 7%, with more than 10 years of DM diagnosis (42%), most associated taking oral antidiabetics with food (35.7%). The results showed that the empowerment of people with type 2 DM has a statistically significant relationship with HgA1c (rho= -0.429; p= 0.000), with some sociodemographic and family characteristics, namely age (rho= -0.219; p= 0.020), marital status (Kruskal-Wallis H= 13.860 p= 0.003), social position (rho= -0.313; p= 0.001), and family functionality (rho= 0.536; p= 0.000) and family support (rho= 0.340; p=0.000). In conclusion, the Family Nurse should promote the empowerment of the person with DM type 2, managing the process of adaptation to the disease of the person with DM type 2 and their family, promoting family functionality and family support, considering the characteristics of each individual/family.2022-02-28T10:32:03Z2021-12-16T00:00:00Z2021-12-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/33304porMarques, Dora Filipa Nascimentoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-06T04:35:58Zoai:ria.ua.pt:10773/33304Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-06T04:35:58Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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No âmbito do 3º Semestre do 2º ano do 6º Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar da UA em consórcio com a UTAD e o IPB foi desenvolvido um estágio de natureza profissional na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Miranda do Corvo (ACeS PIN). Esta unidade funcional serviu de contexto à realização de um trabalho de investigação baseado na problemática do empoderamento da pessoa com DM tipo 2, integrado no referido estágio. Neste sentido, foi realizado este relatório que descreve e analisa criticoreflexivamente as competências desenvolvidas no âmbito da Enfermagem de Saúde Familiar, as dificuldades e estratégias para as ultrapassar, bem como, apresenta os resultados do estudo de investigação sobre os fatores familiares preditivos da variabilidade do empoderamento da pessoa com DM tipo 2. A DM tipo 2 constitui um problema global de saúde pública, pela elevada prevalência e pelas consequências que podem decorrer da progressão da doença. A baixa adesão ao regime terapêutico por parte da pessoa com DM tipo 2 é ainda significativa e a evidência demonstra que o seu empoderamento bem como o da sua família, é preditivo da adesão ao regime terapêutico e aos comportamentos de autocuidado. Deste modo, propôs-se a realização de um estudo quantitativo, observacional, transversal e correlacional, que foi desenvolvido na UCSP de Miranda do Corvo, com recurso a uma amostra não probabilística e acidental (n=112) e que permitisse responder à questão de investigação: Quais os fatores familiares preditivos da variabilidade do Empoderamento da pessoa com DM tipo 2? Assim, definiu-se como objetivo principal: Analisar os fatores familiares preditivos da variabilidade do Empoderamento da pessoa com DM tipo 2. Para o estudo, construiu-se um instrumento de recolha de dados que incluía a Escala de Graffar Adaptada, Escala de Capacidade de Controlo da Diabetes - Versão Breve, Escala de APGAR Familiar de Smiklstein e Inventário de Perceção de Suporte Familiar, que foi aplicado no âmbito da consulta de enfermagem, tendo em consideração as questões éticas subjacentes à prática da investigação. A maioria dos participantes em estudo são do sexo feminino (51,8%), idade superior a 65 anos (54,5%), casados ou vivem em união de facto (76,8%), classe média-baixa (51,8%), reformados (67,9%) e com baixo nível de instrução (74,1%). A nível de caracterização clínica, a maioria apresenta préobesidade (39,3%) ou obesidade (51%), HT (35,7%) ou TA normal a alta (27,7%), HgA1c ≤ 7%, com mais de 10 anos de diagnóstico de DM (42%) e a maioria associa a toma de antidiabéticos orais com alimentação (35,7%). Os resultados mostraram que o empoderamento da pessoa com DM tipo 2 tem relação estatisticamente significativa com HgA1c (rho= -0,429; p= 0,000), com algumas características sociodemográficas e familiares, nomeadamente a idade (rho= -0,219; p= 0,020), estado civil (H= 13,860 p= 0,003), posição social (rho= -0,313; p= 0,001), e ainda com a funcionalidade familiar (rho= 0,536; p= 0,000) e com o suporte familiar (rho= 0,340; p= 0,000). Em conclusão, o Enfermeiro de Família deve promover o empoderamento da pessoa com DM tipo 2, gerindo o processo de adaptação à doença da pessoa com DM tipo 2 e sua família, promovendo a funcionalidade familiar e o suporte familiar, tendo em consideração as características de cada indivíduo/família. |
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