Efeitos de um programa de treino pliométrico na aptidão física e estudo das relações de dependência entre as cargas de treino, níveis de bem-estar e variações físicas em atletas de trail running

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Victor Manuel Camilo Fernandes
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/3517
Resumo: O trail running é uma modalidade de corrida de montanha com manifesta expansão em número de praticantes e com consequentes desafios ao processo de treino. Apoiar as bases científicas que suportam a modalidade é, pois, um desígnio que consubstancia a pretensão de beneficiar os treinadores e atletas da modalidade. Objetivos: A presente dissertação apresenta dois objetivos fundamentais: (i) comparar os efeitos de um programa de treino baseado em pliometria inserido no aquecimento em comparação com um grupo de controlo ativo que realizou aquecimento geral nas adaptações físicas; e (ii) analisar as relações de dependência entre a carga de treino e medidas de bem-estar em atletas de trail running. Métodos: A intervenção realizou-se por um período de 9 semanas. Participaram no estudo 10 atletas, tendo estes sido alocados aleatoriamente a dois grupos (experimental e controlo). O grupo experimental, com uma média de idade de 41.0±3.4 anos, cada atleta foi exposto, por cada semana, em média, a 03 sessões de treino pliométrico; o grupo controlo, com uma média de idade de 40.5±13.0 anos, treinavam em média 03 vezes por semana sem qualquer imposição de estruturação do seu aquecimento. Durante o período de intervenção, monitorizaram-se a perceção de bem-estar (questionário de Hooper), o tempo de treino e de prova, a distância percorrida e a perceção subjetiva de esforço (RPE). Previamente à intervenção, e após a mesma, realizaram-se as avaliações antropométricas, testes de força máxima isométrica, impulsão vertical, teste de velocidade linear em corrida e de aptidão aeróbia. Resultados: Os resultados demonstram não existir diferenças significativas em nenhuma das variáveis analisadas entre o grupo experimental e de controlo após a implementação do programa. Contudo, considerando a amostra total, foi observada uma correlação muito grande (r = 0,732, p = 0,025) e positiva entre a qualidade do sono e as variações no sprint de 30 m. Os grupos, experimental (r = 0,857, p = 0,063) e controlo (r = 0,672, p = 0,328) apresentaram resultados semelhantes antes e depois do período de intervenção, indicando que o estímulo proporcionado pelo treino pliométrico no período de aquecimento não foi suficiente para gerar adaptações significativas nas medidas antropométricas e de aptidão física. A evidência demonstrou não existir diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis analisadas. Contudo, foi observada uma correlação significativa entre a melhoria na velocidade máxima e a qualidade do sono. No entanto, não foram encontradas correlações significativas para as outras variáveis de aptidão física e medidas de bem-estar. Conclusões: Foi demonstrado que com a melhoria do nível de qualidade do sono existem melhorias de performance da velocidade máxima, velocidade linear e de produção de força em atletas de trail running, apesar da introdução do treino pliométrico em substituição do aquecimento não estruturado não ter produzido efeitos significativos nas adaptações físicas.
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Objetivos: A presente dissertação apresenta dois objetivos fundamentais: (i) comparar os efeitos de um programa de treino baseado em pliometria inserido no aquecimento em comparação com um grupo de controlo ativo que realizou aquecimento geral nas adaptações físicas; e (ii) analisar as relações de dependência entre a carga de treino e medidas de bem-estar em atletas de trail running. Métodos: A intervenção realizou-se por um período de 9 semanas. Participaram no estudo 10 atletas, tendo estes sido alocados aleatoriamente a dois grupos (experimental e controlo). O grupo experimental, com uma média de idade de 41.0±3.4 anos, cada atleta foi exposto, por cada semana, em média, a 03 sessões de treino pliométrico; o grupo controlo, com uma média de idade de 40.5±13.0 anos, treinavam em média 03 vezes por semana sem qualquer imposição de estruturação do seu aquecimento. Durante o período de intervenção, monitorizaram-se a perceção de bem-estar (questionário de Hooper), o tempo de treino e de prova, a distância percorrida e a perceção subjetiva de esforço (RPE). Previamente à intervenção, e após a mesma, realizaram-se as avaliações antropométricas, testes de força máxima isométrica, impulsão vertical, teste de velocidade linear em corrida e de aptidão aeróbia. Resultados: Os resultados demonstram não existir diferenças significativas em nenhuma das variáveis analisadas entre o grupo experimental e de controlo após a implementação do programa. Contudo, considerando a amostra total, foi observada uma correlação muito grande (r = 0,732, p = 0,025) e positiva entre a qualidade do sono e as variações no sprint de 30 m. Os grupos, experimental (r = 0,857, p = 0,063) e controlo (r = 0,672, p = 0,328) apresentaram resultados semelhantes antes e depois do período de intervenção, indicando que o estímulo proporcionado pelo treino pliométrico no período de aquecimento não foi suficiente para gerar adaptações significativas nas medidas antropométricas e de aptidão física. A evidência demonstrou não existir diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis analisadas. Contudo, foi observada uma correlação significativa entre a melhoria na velocidade máxima e a qualidade do sono. No entanto, não foram encontradas correlações significativas para as outras variáveis de aptidão física e medidas de bem-estar. Conclusões: Foi demonstrado que com a melhoria do nível de qualidade do sono existem melhorias de performance da velocidade máxima, velocidade linear e de produção de força em atletas de trail running, apesar da introdução do treino pliométrico em substituição do aquecimento não estruturado não ter produzido efeitos significativos nas adaptações físicas.Trail running is a mountain running discipline that has experienced significant growth in the number of practitioners, posing challenges to the training process. Supporting the scientific foundations of this sport is essential to benefit coaches and athletes. This dissertation aims to (i) compare the effects of a plyometric training program incorporated into the warm-up with a control group performing a general warm-up on physical adaptations and (ii) analyze the relationship between training load and well-being measures in trail runners. The intervention spanned 9 weeks and involved 10 athletes randomly allocated to two groups (experimental and control). The experimental group, with a mean age of 41.0±3.4 years, underwent an average of three weekly plyometric training sessions during the warm-up. The control group, with a mean age of 40.5±13.0 years, trained an average of three times per week without any structured warm-up protocol. Well-being perception (Hooper questionnaire), training and race time, distance covered, and subjective perception of effort (RPE) were monitored during the intervention period. Anthropometric assessments, tests of maximal isometric strength, vertical jump, linear sprint speed, and aerobic fitness were conducted before and after the intervention. The results showed no significant differences in any of the analyzed variables between the experimental and control groups after the implementation of the program. However, considering the entire sample, a strong positive correlation (r = 0,732, p = 0,025) was observed between sleep quality and variations in the 30-meter sprint. Both experimental (r = 0,857, p = 0,063) and control (r = 0,672, p = 0,328) groups exhibited similar results before and after the intervention period, indicating that the plyometric training stimulus during the warm-up was insufficient to generate significant adaptations in anthropometric and physical fitness measures. No statistically significant differences were found between the analyzed variables. However, a significant correlation was observed between improvements in maximum speed and sleep quality. No significant correlations were found for other physical fitness variables and well-being measures. The findings demonstrate that improvements in sleep quality are associated with enhanced performance in maximum speed, linear speed, and force production among trail runners, despite the introduction of plyometric training in place of unstructured warm-up not producing significant effects on physical adaptations.2023-10-03T14:16:00Z2029-10-03T00:00:00Z2023-07-17T00:00:00Z2023-07-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/3517TID:203332130porFernandes, Victor Manuel Camilo Fernandesinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-05T08:49:05Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/3517Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:33:23.294638Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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