Shipwrecks of the Carreira da Índia, 1595-1623: sources for the study in Portuguese maritime history

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arnold, Torsten
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/12336
Resumo: Tese de mestrado, História Marítima, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014
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spelling Shipwrecks of the Carreira da Índia, 1595-1623: sources for the study in Portuguese maritime historyPortugal - História naval - séc.16-17Rotas comerciais - Ásia - 1595-1623Naufrágios - Oceano Índico - 1595-1623Portugal - Comércio - Índia - 1595-1623Índia - Comércio - Portugal - 1595-1623Teses de mestrado - 2014Tese de mestrado, História Marítima, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014A presente dissertação de Mestrado em História, História Marítima pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e da Escola Naval, intitula-se “Shipwrecks of the “Carreira da Índia” (1595-1623) – Sources for the Study in Portuguese Maritime History” procura encontrar e analisar os fatores que causaram perda de embarcações da Carreira da Índia entre 1595 e 1623. Apesar da administração do comércio e navegação luso-asiático estar formalmente separada do império Habsburgo durante a União das Duas Coroas Ibéricas (1580-1640), as políticas hispanoeuropeias e, particularmente, em relação às Províncias Unidas e aos Países Baixos, influenciaram a vertente Portuguesa. Os naufrágios, seja na fase da viagem de ida ou de volta, ocorreram desde os primeiros dias da Carreira da Índia mas, o aparecimento das duas companhias privadas europeias, a Companhia Holandesa das Índias Orientais (fundada em 1602) e a Companhia Inglesa das Índias Orientais (fundada em 1600), pelas suas características de concorrência e luta pela supremacia do comércio de especiarias eurasiático, fez com que as perdas de embarcações portuguesas resultassem também de operações militares planeadas. Centrada na área geográfica do Canal de Moçambique, onde os naufrágios ocorreram, a presente dissertação combina uma abordagem historiográfica nacional e internacional com dados obtidos por arqueologia subaquática, comparando e analisando questões relacionados com o ambiente político e as operações militares planeadas que os envolveram; debruça-se também sobre as causas de perda de embarcações, através da observação da construção naval e suas modificações e sobre os efeitos relacionados com padrões económicos, tais como fluxos monetários na fase da ida da Carreira da Índia no período em análise. Construindo o discurso da dissertação (entre 1595 e 1623) pela cronologia dos acontecimentos históricos dos finais do século XVI e início do século XVII, a mesma começa com a primeira viagem de uma companhia privada holandesa com base nas informações recolhidas e fornecidas por Jan Hyugen van Linschoten sobre a navegação portuguesa no Índico, terminando em 1623, ano do massacre de Amboina, que teve 5 como consequência o fim da aliança militar europeia. A escolha da área geográfica, o Canal de Moçambique, a passagem entre terra firme do continente africano e a ilha de Madagáscar, na época em estudo chamada São Lourenço, prende-se com os seguintes motivos: desde o início da Carreira da Índia, a ilha de Moçambique era um dos mais importantes entrepostos da navegação portuguesa ao longo da rota do cabo no qual, durante o século XVI, foram construídos uma feitoria, um hospital e sistemas defensivos como a fortaleza de São Sebastião. Aqui, os navios podiam ser abastecidos com água e alimentos e invernar quando o regime de monção não permitia uma continuação da viagem de ida ou volta. Da mesma forma, ao longo do período de 1497 até 1650, cerca de 25 por cento dos naufrágios portugueses ocorreram no Canal de Moçambique. Estruturado em cinco capítulos, o discurso começa com uma observação genérica do Estado da Índia até 1580 e o aparecimento das duas companhias privadas da Europa do norte, a holandesa e a inglesa, centrando-se em assuntos dos princípios da navegação e das embarcações utilizadas. A segunda parte analisa a época dos finais do século XVI e dos inícios do século XVII através de ângulos históricos, historiográficos e políticos. Caracterizado pelos seguintes eventos históricos, o discurso é separado em três fases: de 1595 até 1609 pela primeira viagem holandesa em águas asiáticas, as primeiras operações militares planeadas em águas moçambicanas (1604, 1607 e 1608) até às Tréguas de Doze Anos entre Portugal e os Países Baixos. Durante esse período (1609-1621) não se registaram perdas devido ao chamado corso neerlandês mas a Carreira da Índia, a ligação por meio marítimo entre Lisboa, a metrópole do império português e Goa, a capital do Estado da Índia, sofreu perdas pela navegação e comércio de uma nova companhia privada da Europa do norte, a Companhia Inglesa. Planos e tentativas para fundir as duas companhias privadas em apenas uma falharam mas, uma colaboração formal entre as companhias, através da constituição das chamadas frotas de defesa, impediu o prolongamento das tréguas entre os Portugueses e Holandeses procuradas pelos últimos. Entre 1621 e 1623, a última fase em análise, foram retomadas as operações militares planeadas no Índico Ocidental causando a perda de três naus portuguesas no ano de 1622. Os desacordos entre ambas as companhias pela supremacia do comércio asiático, que resultaram no massacre holandês contra os ingleses estacionados na feitoria partilhada de Amboina em 1623, impediram a execução de um novo ataque das forças 6 combinadas em águas moçambicanas, contudo, parte da armada portuguesa de 1623, que invernava na Ilha de Moçambique, perdeu-se devido a uma tempestade em Janeiro de 1624. O capítulo três “Underwater Archaeology” explica as formações geográficas subaquáticas do Canal de Moçambique focando-se em fatores hidrográficos e oceanográficos como baixos, correntes e bancos de areia, que condicionaram a navegação luso-asiática, apresentando seis vestígios arqueológicos subaquáticos, cinco da navegação portuguesa e um da navegação holandesa em águas moçambicanas, observados e parcialmente escavados pela Arqueonautas Worldwide, Arqueologia Subaquática S.A., uma companhia privada de arqueologia marítima. Nos capítulos quatro e cinco, “Naus of the Carreira da Índia the first half of the 17th century” and “Monetary flows of the Portuguese outward bound armadas during the first quarter of the 17th century”, a análise composta pelos métodos de pesquisa historiográfica e dados arqueológicos recolhidos, trata assuntos e questões da construção dos meios do transporte marítimo português, as naus, apresentando uma comparação entre as teorias da construção naval portuguesa e a reconstrução baseada em dois vestígios arqueológicos, a Nossa Senhora dos Mártires, que se perdeu em 1606 perto de São Julião de Barra, Portugal, e a Nossa Senhora da Consolação, que se perdeu em 1608 perto da Ilha de Moçambique. Relativamente aos fluxos monetários das armadas de ida que transportavam não só o dinheiro e o cabedal destinados à compra de especiarias mas também o dinheiro destinado à administração do Estado da Índia, a dissertação não só mostra a quantidade de dinheiro enviado, como apresenta a dimensão do comércio luso-asiático com a dependência e procura de prata originada no Novo Mundo e transportado pelas armadas espanholas. O caso da perda de várias embarcações espanholas nas Caraíbas e a falta de moedas de prata, os reales, serve como exemplo para o processo de preparação da armada portuguesa da Carreira da Índia no ano seguinte. Incluído neste capítulo encontra-se uma estimativa da quantidade de cabedal da armada de 1622 que, até agora, nunca tinha sido apresentada por ausência de dados documentais explícitos. Usando os factos conhecidos das investigações de historiadores nacionais e internacionais e, através de uma nova interpretação baseada em documentos contemporâneos à qual foi acrescentada a componente de arqueologia naval e marítima, 7 a presente dissertação apresenta uma nova perspetiva relacionada com as causas e efeitos de naufrágios da Carreira da Índia em águas moçambicanas entre 1595 e 1623.Abstract: The present thesis Shipwrecks of the “Carreira da Índia” (1595-1623) – Sources for the Study in Portuguese Maritime History deals with factors which caused losses of ships of the Carreira da Índia which linked the European metropolis Lisbon with its Goa based Estado da Índia between 1595 and 1623. Although Portuguese-Asiatic shipping was formally separated from the Habsburg Empire during the Union of the Two Iberian Crowns (1580-1640), the European policies of the Spanish Kings, especially towards the United Provinces and the Netherlands had its influence and effects on the Portuguese side. Shipwrecks, either on the outward bound or homeward bound voyages had occurred for various reasons since the early days of the Carreira da Índia yet the emergence of the two private European Companies, the Dutch United East India Company (founded in 1602) and the British East India Company (founded in 1600) were a new momentum by which’s characteristics of concurrence and struggle for supremacy of the European-Asiatic spice trade, losses of Portuguese ships were caused by planned and executed military operations as well. Focusing on the geographical region of the Mozambique Channel in which the losses have taken place, the thesis combines a historiographical approach with records of underwater archaeology analyzing questions related to the political environment and planed military operations in which shipwrecks have occurred as well as causes of shipwrecks observing ship building and design modifications and effects related to economic patterns such as the monetary flows of the Portuguese outward bound shipping during the period of observation.Domingues, Francisco ContenteRepositório da Universidade de LisboaArnold, Torsten2014-10-23T15:15:22Z2014-06-032014-02-272014-06-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/12336TID:201898578enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:59:06Zoai:repositorio.ul.pt:10451/12336Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:35:42.765651Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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