Diabetes mellitus como mau preditor de prognóstico na insuficiência cardíaca avançada
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/47729 |
Resumo: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina àrea científica de Cardiologia apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra |
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Diabetes mellitus como mau preditor de prognóstico na insuficiência cardíaca avançadaInsuficiência cardíacaDiabetes mellitusDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho final de mestrado integrado em Medicina àrea científica de Cardiologia apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraIntrodução: Insuficiência Cardíaca e Diabetes mellitus são duas entidades clínicas crónicas, interdependentes que coexistem e condicionam aumento significativo das taxas de mortalidade. Com o aumento da incidência destas duas patologias na sociedade atual, importa determinar os impactos e mecanismos que as interligam. Mas, o impacto da Diabetes em doentes hospitalizados por Insuficiência Cardíaca e/ou, em casos de Insuficiência Cardíaca Avançada, permanece ainda com contornos mal definidos e controversos, nomeadamente, quanto à influência prognóstica da Diabetes mellitus na sobrevivência destes doentes. Objetivo: Avaliar a Diabetes mellitus como preditor do prognóstico de doentes internados por Insuficiência Cardíaca Avançada. Metodologia: Realizou-se um estudo retrospetivo a partir de uma amostra retida de 339 doentes admitidos consecutivamente, entre janeiro de 2003 e junho de 2006, na unidade de tratamento de Insuficiência Cardíaca Avançada do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. Na análise, consideraram-se dois grupos contrastantes segundo a ausência (grupo A) ou evidência clínica de Diabetes mellitus (grupo B). Na análise de sobrevivência, o endpoint primário foi definido com base na mortalidade ou na ocorrência de efeitos adversos major, nomeadamente necessidade de transplante ou readmissão hospitalar, num tempo de seguimento clínico máximo de 6,3 anos (range 0-2306 dias, mediana 395,5 dias). Resultados: Da totalidade da amostra retida, 32,2% (n=109) dos elementos eram diabéticos. Este grupo incluiu maior número de indivíduos do sexo masculino [76,1 (n=83) versus 68,7% (n=158); p=0,099)] e de idosos (63,5±11,2 versus 56,6±15,4 anos, p<0,001). O diagnóstico de admissão mais frequente foi a Insuficiência Cardíaca Diabetes mellitus como mau preditor de prognóstico na Insuficiência Cardíaca Avançada? 3 crónica agudizada (89,0%, n=97) e as comorbilidades mais prevalentes: anemia (30,2%, n=26), doença tiroideia (20,9%, n=18), doença renal (48,9%, n=45), dislipidémia (60,7%, n=54), tabagismo (33.0% n=27) e doença arterial periférica (20,8%, n=16). Relativamente aos dados hemodinâmicos, os doentes do grupo B apresentam valores de tensão arterial sistólica na admissão mais elevados (117,6±24,4 versus 110,7±22,2 mmHg, p=0,017). Os valores de glicémia foram também significativamente mais elevados (193,9±92,9 versus 121,7±45,1mg/dL, p<0,001). A mortalidade intra-hospitalar foi de 7,8% no grupo A e 5,5% no grupo B, não tendo esta diferença significado estatístico. No follow-up, também não se registaram diferenças estatisticamente significativas relativamente à taxa de mortalidade (22,9 versus 31,6, p=0,098). A sobrevivência, expressa sob a forma de curvas Kaplan-Meyer, é pior (30,6%) no Grupo B a partir dos 4,3 anos de follow-up. Aos 6 meses e ao fim de um ano a sobrevivência é, para o Grupo A e B de 62,5 versus 67,9% e 48,8 versus 56,2%, respetivamente. Conclusões: Neste estudo, a Diabetes mellitus não se associou a um pior prognóstico em doentes com Insuficiência Cardíaca AvançadaTitle: Is Diabetes mellitus a poor predictor of prognosis in Advanced Heart Failure? Introduction: Heart Failure and Diabetes mellitus are two chronic and interdependent clinical conditions that coexist and commonly cause significant increase in mortality rates. With the increasing incidence of these two diseases in our society nowadays, it reveals to be important to determine the impacts and mechanisms that interrelate. But the impact of Diabetes in patients hospitalized for heart failure and / or in cases of Advanced Heart Failure, still remains ill-defined and controversial, particularly regarding the prognostic influence of Diabetes mellitus on survival of these patients. Objective: To evaluate the Diabetes mellitus as a predictor of prognosis of patients hospitalized for Advanced Heart Failure. Methods: We conducted a retrospective study from a retained sample of 339 patients admitted consecutively between January 2003 and June 2006 on the treatment unit of Advanced Heart Failure of the Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. In the analysis, we considered two contrasting groups according to absence (group A) or clinical evidence of Diabetes mellitus (group B). In survival analysis, the primary endpoint was defined based on mortality or the occurrence of major adverse event, including the need for transplantation or hospital readmission in a clinical follow-up time of 6.3 years (range 0-2306 days, median 395.5 days). Results: Of the total sample, 32.2% (n=109) of the elements were diabetic. This group included more males [76.1 (n=83) versus 68.7% (n=158), p=0.099)] and elderly (63.5±11.2 versus 56.6±15.4 years, p<0.001). The most common admission diagnosis was chronic decompensated Heart Failure (89.0%, n=97) and the most prevalent comorbidities: anemia (30.2%, n=26), thyroid disease (20.9%, n=18), kidney disease Diabetes mellitus como mau preditor de prognóstico na Insuficiência Cardíaca Avançada? 5 (48.9%, n=45), dyslipidemia (60.7%, n=54), smoking (33.0% n=27) and peripheral arterial disease (20.8%, n=16). For hemodynamic data, patients in group B have values of systolic blood pressure higher at admission (117.6±24.4 versus 110.7±22.2 mmHg, p=0.017). The blood glucose values were also significantly higher (193.9±92.9 versus 121.7±45.1 mg/dL, p<0.001). The in-hospital mortality was 7.8% in group A and 5.5% in group B, and this difference is not statistically significant. At follow-up, also there were no statistically significant differences regarding the mortality rate (22.9 versus 31.6, p=0.098). Survival, expressed in the form of Kaplan-Meyer curves, it is worse (30.6%) in Group B from 4.3 years of follow-up. At 6 months and one year survival is in Group A and B 62.5 and 48.8 versus 67.9% vs. 56.2%, respectively. Conclusions: In this study, Diabetes mellitus was not associated with a worse prognosis in patients with Advanced Heart Failure.2012-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/47729http://hdl.handle.net/10316/47729porBessa, Catarina Carvalhoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:43Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/47729Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:45:10.741988Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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