Aleitamento materno em mulheres trabalhadoras: contributos para a intervenção do enfermeiro de família

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Diana
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Rua, Marília, Loureiro, Helena
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/34987
Resumo: Introdução. A manutenção do Aleitamento Materno (AM) é frequentemente comprometida com o regresso da mulher ao trabalho. Na sua intervenção, o Enfermeiro deve considerar fatores facilitadores e dificultadores do AM, bem como conhecer as medidas legais de apoio e promoção da parentalidade e da amamentação. Objetivos. Identificar os fatores relacionados com a manutenção do AM, após o regresso ao trabalho, em mulheres trabalhadoras inscritas numa Unidade de Saúde Familiar, da Administração Regional de Saúde do Centro, Portugal. Metodologia. Estudo descritivo-correlacional realizado numa amostra de trabalhadoras (n=183) que tiveram filhos entre janeiro de 2015 e junho de 2020 e com experiência de AM, após o regresso ao trabalho. Colheita de dados por via eletrónica (Google forms) e análise pelo programa IBM SPSS® 27.0. Cumpridos todos os pressupostos éticos e legais. Resultados e Discussão. 32,3% das participantes manteve o AM entre 6 e 12 meses e 55,7% adotou-o exclusivamente até aos 6 meses. Os fatores facilitadores mais referidos foram: “dispensa de amamentação” (49,7%), “duração da licença de parentalidade” (45,9%), “flexibilidade de horário” (43,2%) e “apoio familiar/ social” (43,2%), corroborando a evidência1, 2, 3, 4. Os principais motivos de desmame foram: “diminuição da quantidade de leite” (37,7%) e “idade do bebé” (20,8%), como na literatura2, 3, 5. Os “motivos relacionados com o trabalho” e “cansaço” não tiveram expressão significativa (3,8% e 12%), sugerindo que as participantes não reconheceram a sua relevância. Conclusões. Na promoção do AM em mulheres trabalhadoras, os enfermeiros devem considerar o seu contexto familiar, social e laboral, as suas crenças, valores e recursos. Devem avaliar os fatores que possam interferir no sucesso do AM e investir na capacitação das famílias mais vulneráveis, empoderando-as para os seus direitos.
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