A competitividade europeia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1993 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.5/23911 |
Resumo: | A abordagem económica da competitividade tem sido uma questão controversa entre os economistas. O período de crise que as economias europeias vivem actualmente, com níveis elevados de desemprego, acentuou ainda mais esse caracter controverso. A controvérsia pode situar-se a dois níveis diferentes. Um primeiro que se radica nas próprias bases de funcionamento do sistema económico. Muitos põem em causa que a economia seja reduzida a "um jogo de mercados sem fronteiras" cit in Petrella (1993) e que, em consequência, tudo esteja subordinado à palavra mágica da competitividade. Petrella apresenta, no artigo referenciado, alguns argumentos que não podemos ignorar. Do nosso ponto de vista já e menos convincente quando sugere que o G. 7 deveria propor a criação de um "comité pelo desarmamento económico mundial" versus os comités para o aumento da competitividade criados na década de 80. Esta postura vem na sequência de outras que, com argumentos mais ou menos radicais, contestam a valorização atribuída à competitividade (das empresas e das economias) na gestão económica, em detrimento da componente social v.g. “Parlamento Europeu Perspectiva (1993) . Sem deixar de reconhecer justificação ao para esta preocupação, não podemos esquecer que esta sobrevalorização é a consequência lógica da perspectiva dominante no processo de construção europeia. E não se podem por em questão as "consequências" sem antes se discutirem as "causas". Mais fácil é perceber os argumentos dos que põem a competitividade como primeira prioridade. Para eles as regras do mercado imperam na economia. A gestão desta faz-se em ambiente concorrencial, e neste quadro só sobrevivem e se desenvolvem empresas competitivas |
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