Importância do ensino da farmacogenética e da farmacogenómica: caracterização curricular dos Mestrados Integrados em Ciências Farmacêuticas, em Portugal

• Autor(a) principal: Batista, Pedro Miguel Ferreira
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/17469
• topic: Farmacogenética; Farmacogenómica; Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas; Portugal; Revisão curricular; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Outras Ciências Médicas

A medicina personalizada constitui um dos principais fatores de diferenciação dos cuidados de saúde. Neste contexto, a farmacogenómica e a farmacogenética integram-se como importantes ferramentas, com vista à obtenção da melhor terapêutica. A farmacogenómica é a disciplina que se encarrega do estudo da relação entre a variabilidade na expressão genética e a resposta individual à terapêutica farmacológica. A formação e competências nesta área são necessidades cada vez mais prementes, e os farmacêuticos podem acrescer inúmeras mais-valias no enriquecimento curricular e profissional nesta área específica, assim, esta dissertação apresenta como objetivo a identificação e caracterização curricular dos Mestrados Integrados em Ciências Farmacêuticas, em Portugal, através de dois métodos, com vista a um maior conhecimento da realidade da formação em farmacogenómica. Este foi o primeiro estudo que visou fazer uma revisão curricular ao ensino da farmacogenómica em Portugal, dos planos de estudo avaliados, 57,2% apresentam uma unidade curricular independente dedicada ao estudo da farmacogenómica, 28,6% abordam a temática noutras unidades curriculares, e 14,3%, não aborda no seu plano de estudos a farmacogenómica. A análise direta, através de questionário dirigido aos finalistas, apurou que 87% dos mesmos concorda que a farmacogenómica constitui uma área importante das ciências farmacêuticas, 46% concorda que poderá vir a ser parte da sua profissão enquanto farmacêutico(a), e quase a totalidade dos finalistas tem altas expetativas na melhora da farmacoterapia com recurso à farmacogenómica. Apesar de 82% dos finalistas acharem que deveriam ter conhecimentos substanciais de farmacogenómica, apenas 36% achou que esta tinha sido uma componente relevante do seu mestrado integrado em ciências farmacêuticas. Existem ainda algumas barreiras à implementação da farmacogenómica, espera-se, no entanto, que uma forte componente educativa nesta área possa ajudar na sua implementação. Para tal foram feitas recomendações ao ensino pré-graduado, com base em recomendações internacionais. Palavras chave: Farmacogenética, farmacogenómica, Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, Portugal, revisão curricular.