A influência de fatores psicossociais no Burnout experienciado-percecionado pelos professores universitários
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/3892 |
Resumo: | O estudo que aqui se apresenta teve por objetivo principal estudar o burnout e os fatores psicossociais no local de trabalho. Procurou-se ainda, analisar o impacto dos fatores psicossociais no burnout experienciado/percecionado. Participaram neste estudo 121 docentes, oriundos da Universidade do Minho - 39.7% (n=48), Universidade de Aveiro - 36.4% (n=44) e Universidade da Beira Interior - 24% (n=29) sendo que 40.5% (n=49) são do género masculino e 59.5% (n=72) são do género feminino. O desenho do estudo é do tipo transversal, tendo sido recolhidos os dados num único momento através de 3 questionários: o questionário sociodemográfico, o Maslach Burnout Inventory- Educators Survey (MBI-ES) e o Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ). Os resultados obtidos apontam para uma alta prevalência de exaustão emocional (n=45, 37,2%), baixa despersonalização (n=104, 86.0%) e alta realização pessoal (n=51, 42.1%), nas dimensões do burnout. No geral a prevalência de burnout pode considerar-se muito baixa. Quanto à relação dos fatores psicossociais no local de trabalho com as dimensões do burnout, a exaustão emocional está negativamente relacionada com as exigências quantitativas no trabalho (r=-570, p<.01), fadiga física e emocional (r=0.683, p<.01) e com o bullying (r=0.249, p<.01) e negativamente com a satisfação no trabalho (r=-0.583, p<.01), transparência e previsibilidade (r=-.430, p<.01) e apoio da comunidade social do trabalho (r=-0.425, p<.01). Já a despersonalização, está positivamente relacionada com a fadiga física e emocional (r=0.193, p<.01) e com o bullying (r=0.263, p<.01) e negativamente com a satisfação no trabalho (r=-0.458, p<.01), transparência e previsibilidade (r=-.300, p<.01) e, ainda, com o apoio da comunidade social do trabalho (r=-0.331, p<.01). Por último, a realização pessoal está negativamente relacionada com a fadiga física e emocional (r=-0.262, p<.01) e positivamente com a satisfação no trabalho (r=0.301, p<.01), transparência e previsibilidade (r=.299, p<.01) e apoio da comunidade social do trabalho (r=0.253, p<.01). Ainda neste estudo, recorreu-se ao modelo de regressão estatística múltipla, via stepwise, com o objetivo de verificar quais os fatores psicossociais que mais impacto têm nas diferentes dimensões do burnout. Verificou-se que a fadiga física e emocional, exigências no trabalho e satisfação no trabalho influenciam, conjuntamente, em 68,7% a exaustão emocional. Quanto à despersonalização, observa-se que esta é influenciada em 24,2% pela ação conjunta da satisfação no trabalho e exigências no trabalho. Por fim, a realização pessoal é influência em 12,6% pela satisfação no trabalho e pelo apoio da supervisão. |
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A influência de fatores psicossociais no Burnout experienciado-percecionado pelos professores universitáriosBurnoutBurnout - Factores psicossociais - Local de trabalhoSíndrome de Burnout - Docente universitárioSíndrome de Burnout - Factores de riscoStress ocupacionalDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaO estudo que aqui se apresenta teve por objetivo principal estudar o burnout e os fatores psicossociais no local de trabalho. Procurou-se ainda, analisar o impacto dos fatores psicossociais no burnout experienciado/percecionado. Participaram neste estudo 121 docentes, oriundos da Universidade do Minho - 39.7% (n=48), Universidade de Aveiro - 36.4% (n=44) e Universidade da Beira Interior - 24% (n=29) sendo que 40.5% (n=49) são do género masculino e 59.5% (n=72) são do género feminino. O desenho do estudo é do tipo transversal, tendo sido recolhidos os dados num único momento através de 3 questionários: o questionário sociodemográfico, o Maslach Burnout Inventory- Educators Survey (MBI-ES) e o Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ). Os resultados obtidos apontam para uma alta prevalência de exaustão emocional (n=45, 37,2%), baixa despersonalização (n=104, 86.0%) e alta realização pessoal (n=51, 42.1%), nas dimensões do burnout. No geral a prevalência de burnout pode considerar-se muito baixa. Quanto à relação dos fatores psicossociais no local de trabalho com as dimensões do burnout, a exaustão emocional está negativamente relacionada com as exigências quantitativas no trabalho (r=-570, p<.01), fadiga física e emocional (r=0.683, p<.01) e com o bullying (r=0.249, p<.01) e negativamente com a satisfação no trabalho (r=-0.583, p<.01), transparência e previsibilidade (r=-.430, p<.01) e apoio da comunidade social do trabalho (r=-0.425, p<.01). Já a despersonalização, está positivamente relacionada com a fadiga física e emocional (r=0.193, p<.01) e com o bullying (r=0.263, p<.01) e negativamente com a satisfação no trabalho (r=-0.458, p<.01), transparência e previsibilidade (r=-.300, p<.01) e, ainda, com o apoio da comunidade social do trabalho (r=-0.331, p<.01). Por último, a realização pessoal está negativamente relacionada com a fadiga física e emocional (r=-0.262, p<.01) e positivamente com a satisfação no trabalho (r=0.301, p<.01), transparência e previsibilidade (r=.299, p<.01) e apoio da comunidade social do trabalho (r=0.253, p<.01). Ainda neste estudo, recorreu-se ao modelo de regressão estatística múltipla, via stepwise, com o objetivo de verificar quais os fatores psicossociais que mais impacto têm nas diferentes dimensões do burnout. Verificou-se que a fadiga física e emocional, exigências no trabalho e satisfação no trabalho influenciam, conjuntamente, em 68,7% a exaustão emocional. Quanto à despersonalização, observa-se que esta é influenciada em 24,2% pela ação conjunta da satisfação no trabalho e exigências no trabalho. Por fim, a realização pessoal é influência em 12,6% pela satisfação no trabalho e pelo apoio da supervisão.The main aim of this study was to investigate the burnout and psychosocial factors at work. We also sought to examine the impact of psychosocial factors on burnout experienced. The sample consisted of 121 teachers from Universidade do Minho - 39.7% (n=48), Universidade de Aveiro - 36.4% (n=44) and Universidade da Beira Interior - 24% (n=29) of wich 40.5% (n=49) are males and 59.5% (n=72) are female. The study design was cross-sectional and data were collected using 3 questionnaires: demographic questionnaire, the Maslach Burnout Inventory-Educators Survey (MBIES) and the Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ). The results indicate a high prevalence of emotional exhaustion (n = 45, 37.2%), low depersonalization (n = 104, 86.0%) and high personal accomplishment (n = 51, 42.1%), the burnout dimensions. Overall the prevalence of burnout can be considered very low. Regarding the relationship between psychosocial factors at work with the dimensions of burnout, emotional exhaustion is positively related with the quantitative requirements at work (r = -570, p <.01), physical and emotional fatigue (r = 0.683, p <.01) and bullying (r = 0.249, p <.01) and negatively related to job satisfaction (r = -0583, p <.01), transparency and predictability (r = - .430, p <. 01) and support of social community at work (r = - 0425, p <.01). The depersonalization, is positively related to physical and emotional fatigue (r = 0.193, p <.01) and bullying (r = 0.263, p <.01) and negatively related to job satisfaction (r = -0458, p <.01), transparency and predictability (r = - .300, p <.01) and with the social community support at work (r = -0331, p <.01). Finally, job personal accomplishment is negatively related to the physical and emotional fatigue (r = -0262, p <.01) and positively with job satisfaction (r = 0.301, p <.01), transparency and predictability (r = .299, p <.01) and the social community support at work (r = 0.253, p <.01). Also in this study, we used the statistical multiple regression model via stepwise, to identify the psychosocial factors that influenced the different dimensions of burnout. It was found that physical fatigue and emotional demands at work and job satisfaction influence jointly by 68.7% to emotional exhaustion. As for depersonalization, is influenced in 24.2% by the joint action of job satisfaction and work requirements. Finally, the personal accomplishment is influenced in 12,6% by job satisfaction and support supervision.Monteiro, Samuel José FonsecauBibliorumResende, José Carlos dos Santos Carreira2015-10-30T11:17:03Z2013-072013-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/3892porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:40:29Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3892Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:45:13.000455Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O estudo que aqui se apresenta teve por objetivo principal estudar o burnout e os fatores psicossociais no local de trabalho. Procurou-se ainda, analisar o impacto dos fatores psicossociais no burnout experienciado/percecionado. Participaram neste estudo 121 docentes, oriundos da Universidade do Minho - 39.7% (n=48), Universidade de Aveiro - 36.4% (n=44) e Universidade da Beira Interior - 24% (n=29) sendo que 40.5% (n=49) são do género masculino e 59.5% (n=72) são do género feminino. O desenho do estudo é do tipo transversal, tendo sido recolhidos os dados num único momento através de 3 questionários: o questionário sociodemográfico, o Maslach Burnout Inventory- Educators Survey (MBI-ES) e o Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ). Os resultados obtidos apontam para uma alta prevalência de exaustão emocional (n=45, 37,2%), baixa despersonalização (n=104, 86.0%) e alta realização pessoal (n=51, 42.1%), nas dimensões do burnout. No geral a prevalência de burnout pode considerar-se muito baixa. Quanto à relação dos fatores psicossociais no local de trabalho com as dimensões do burnout, a exaustão emocional está negativamente relacionada com as exigências quantitativas no trabalho (r=-570, p<.01), fadiga física e emocional (r=0.683, p<.01) e com o bullying (r=0.249, p<.01) e negativamente com a satisfação no trabalho (r=-0.583, p<.01), transparência e previsibilidade (r=-.430, p<.01) e apoio da comunidade social do trabalho (r=-0.425, p<.01). Já a despersonalização, está positivamente relacionada com a fadiga física e emocional (r=0.193, p<.01) e com o bullying (r=0.263, p<.01) e negativamente com a satisfação no trabalho (r=-0.458, p<.01), transparência e previsibilidade (r=-.300, p<.01) e, ainda, com o apoio da comunidade social do trabalho (r=-0.331, p<.01). Por último, a realização pessoal está negativamente relacionada com a fadiga física e emocional (r=-0.262, p<.01) e positivamente com a satisfação no trabalho (r=0.301, p<.01), transparência e previsibilidade (r=.299, p<.01) e apoio da comunidade social do trabalho (r=0.253, p<.01). Ainda neste estudo, recorreu-se ao modelo de regressão estatística múltipla, via stepwise, com o objetivo de verificar quais os fatores psicossociais que mais impacto têm nas diferentes dimensões do burnout. Verificou-se que a fadiga física e emocional, exigências no trabalho e satisfação no trabalho influenciam, conjuntamente, em 68,7% a exaustão emocional. Quanto à despersonalização, observa-se que esta é influenciada em 24,2% pela ação conjunta da satisfação no trabalho e exigências no trabalho. Por fim, a realização pessoal é influência em 12,6% pela satisfação no trabalho e pelo apoio da supervisão. |
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