Narrativas Transmídias Controversas: Das ruas para as redes em Lugares (in)habitáveis

• Autor(a) principal: Guimarães Leite, Marisa
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: https://doi.org/10.34623/bjv2-kw36
• topic: Transmedia narrative; Work-installation; Digital media-art; (Auto)biographical narratives; (Un)habitable places; Transmedia narrative; Work-installation; Digital media-art; (Auto)biographical narratives; (Un)habitable places; Transmedia narrative; Work-installation; Digital media-art; (Auto)biographical narratives; (Un)habitable places; Narrativa transmídia; Obra-instalação; Média-arte digital; Narrativas (auto)biográficas; Lugares (in)habitáveis

Este artigo tece considerações derivadas de uma pesquisa de doutorado intitulada Narrativas Transmídias Controversas: das ruas para as redes em Lugares (in)habitáveis, com o desenvolvimento simultâneo da tese escrita e de uma obra-instalação transmídia. A investigação é pautada nas controvérsias que permeiam a (in)visibilidade e a (hiper)visibilidade nas ruas e explora a relação entre o olhado e o não visto, entre o ouvido e o não escutado no contexto social. A obra-instalação em média-arte digital, intitulada Lugares (in)habitáveis, é um projeto transmídia elaborado a partir de questionamentos que emergem da situação de vulnerabilidade de pessoas em situação de rua, onde procura-se evidenciar o não-lugar como um lugar de passagem onde sobrevivem essas pessoas em processo de vulnerabilidade. Lugares (in)habitáveis é constituída por sons e imagens capturados nas ruas, em narrativas (auto) biográficas, que incorporam histórias de vida e de morte. A investigação busca respostas em rearranjos espaciais, estéticos e artísticos para a construção do conhecimento a partir do diálogo entre os diferentes saberes, baseado na exploração das potencialidades de transmídias e recorre a referenciais teóricos sobre as narrativas (Benjamin, 1987), contextualizadas no mundo líquido pós-moderno (Bauman, 2001), de populações que habitam não- lugares (Augé, 2001). Como base metodológica, apoia-se na A/r/cografia (Veiga, 2021), como ferramenta de registro e de análise do processo criativo, e na Cartografia das Controvérsias (Latour, 2012), para refletir sobre os espaços sociais. Com a perspectiva de (inter)ferir artística e socialmente por meio de narrativas estéticas (auto)biográficas corporalizadas de forma reflexiva, articulada e idiossincrática, a obra-instalação é arquitetada com recursos enquanto instrumentos de compreensão e análise dos processos de visibilidade das vidas em situação de rua e da ocupação espacial no mundo contemporâneo ubíquo.