Vogais orais tónicas por aprendentes chineses com proficiência intermédia-alta no português europeu como língua segunda
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.2/14958 |
Resumo: | No processo de aquisição do Português Europeu (PE) por falantes nativos do Chinês Mandarim (CM), vários desafios fonéticos e fonológicos se colocam, sendo uma das maiores dificuldades a aquisição dos pares contrastivos /e, ɛ/, /o, ɔ/. Para identificar as dificuldades na aprendizagem destas vogais por alunos chineses, o presente estudo-piloto centra-se nas vogais /e/, /ɛ/, /o/ e /ɔ/ produzidas em posição tónica, em diferentes condições experimentais (tarefas de nomeação, de descrição, de repetição e de leitura); as informantes observadas são chinesas, estudam português como língua segunda (L2) e têm nível intermédio-alto de proficiência linguística. Os resultados evidenciam a aquisição problemática dos contrastes vocálicos /e, ɛ/ e /o, ɔ/, sendo a Altura de Vogal a propriedade mais problemática, com as vogais médias [e, o] associadas a taxas de sucesso baixas. Observou-se, ainda, uma maior quantidade de produções corretas das labiais do que das coronais e um melhor desempenho nas tarefas de repetição, de leitura e de nomeação do que na de descrição. Transferência do conhecimento linguístico prévio (CM), princípios universais e caraterísticas fonológicas da língua-alvo (PE) são evocados na discussão sobre o que condiciona o desempenho das informantes. Com base nos dados recolhidos e nas hipóteses sobre as causas a estas subjacentes, defende-se a relevância de uma instrução explícita sobre a pronúncia das vogais /e/, /ɛ/, /o/ e /ɔ/ em níveis avançados de ensino-aprendizagem de português como L2, da análise acústica como ferramenta de aprendizagem da pronúncia e da realização de tarefas de fala controlada e espontânea. |
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Vogais orais tónicas por aprendentes chineses com proficiência intermédia-alta no português europeu como língua segundaAcquisition of stressed oral vowels by chinese learners with intermediate-high proficiency in european portuguese as a second languageAquisição de língua segunda (L2)Vogais tónicasPortuguês como língua segundaChinês mandarimEnsino de pronúnciaSecond language acquisitionStressed vowelsPortuguese as a second languageMandarin chinesePronunciation teachingNo processo de aquisição do Português Europeu (PE) por falantes nativos do Chinês Mandarim (CM), vários desafios fonéticos e fonológicos se colocam, sendo uma das maiores dificuldades a aquisição dos pares contrastivos /e, ɛ/, /o, ɔ/. Para identificar as dificuldades na aprendizagem destas vogais por alunos chineses, o presente estudo-piloto centra-se nas vogais /e/, /ɛ/, /o/ e /ɔ/ produzidas em posição tónica, em diferentes condições experimentais (tarefas de nomeação, de descrição, de repetição e de leitura); as informantes observadas são chinesas, estudam português como língua segunda (L2) e têm nível intermédio-alto de proficiência linguística. Os resultados evidenciam a aquisição problemática dos contrastes vocálicos /e, ɛ/ e /o, ɔ/, sendo a Altura de Vogal a propriedade mais problemática, com as vogais médias [e, o] associadas a taxas de sucesso baixas. Observou-se, ainda, uma maior quantidade de produções corretas das labiais do que das coronais e um melhor desempenho nas tarefas de repetição, de leitura e de nomeação do que na de descrição. Transferência do conhecimento linguístico prévio (CM), princípios universais e caraterísticas fonológicas da língua-alvo (PE) são evocados na discussão sobre o que condiciona o desempenho das informantes. Com base nos dados recolhidos e nas hipóteses sobre as causas a estas subjacentes, defende-se a relevância de uma instrução explícita sobre a pronúncia das vogais /e/, /ɛ/, /o/ e /ɔ/ em níveis avançados de ensino-aprendizagem de português como L2, da análise acústica como ferramenta de aprendizagem da pronúncia e da realização de tarefas de fala controlada e espontânea.Acquiring European Portuguese (EP) implies some phonetic and phonological challenges for native speakers of Mandarin Chinese (MC), one of them being the acquisition of contrasts /e/-/ɛ/, /o/-/ɔ/. In order to contribute for the understanding on how Chinese learners deal with the aforementioned EP vowels, this pilot study investigates the production of target words containing the vowels /e/, /ɛ/, /o/ and /ɔ/ in different experimental conditions (naming task, description task, repetition task and reading task) by three Chinese participants who study EP as second language (L2) with intermediate-high proficiency level. The results show the problematic acquisition of the vowel contrasts /e/-/ɛ/ and /o/-/ɔ/, especially of mid vowels ([e], [o]), Vowel Height being the most problematic property. We also found higher rates of target-like productions of labial vowels [o, ɔ] than of coronal ones [e, ɛ]. Better performances were attested in the repetition task, reading task and naming task, when compared to the description task. Transfer from the first language (MC), universal principles and the phonological properties of the target language (EP) are explored as conditions affecting the performance of the subjects. Based on the subjects’ performance and the on the conditions constraining their acquisition path, we defend the importance of a specific explicit instruction on the pronunciation of vowels /e/, /ɛ/, /o/ and /ɔ/ in the EP L2 advanced classroom environments, the use of acoustic analysis as a tool for learning pronunciation and the performance of tasks of both controlled and spontaneous speech.76Repositório AbertoDuan, HongruiCastelo, AdelinaFreitas, Maria João2023-09-21T09:21:20Z20222022-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.2/14958porDuan, H., Castelo, A., & Freitas, M. J. (2023). Vogais Orais Tónicas por Aprendentes Chineses com Proficiência Intermédia-Alta no Português Europeu como Língua Segunda. Diacrítica, 36(2), pp. 76-99.2183-9174https://doi.org/10.21814/diacritica.4805info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-16T15:48:20Zoai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/14958Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:53:39.113299Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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