Via verde do Acidente Vascular Cerebral no serviço de urgência
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10198/19107 |
Resumo: | Enquadramento: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo. Novas terapêuticas surgiram para o tratamento do AVC isquémico agudo. Essas terapêuticas são tempo-dependentes e obrigam os serviços de saúde a implementar protocolos no sentido de minimizar os tempos de atendimento. Objetivo: Analisar os resultados da implementação de um protocolo de Via Verde do AVC. Métodos: Foi realizado um estudo retrospetivo de todos os indivíduos com doença cerebrovascular (DCV) admitidos, consecutivamente, num serviço de urgência de um hospital no norte de Portugal, desde janeiro de 2010 a dezembro de 2016. Foram recolhidos dados sociodemográficos, tempos assistenciais, comorbilidades e outras variáveis clínicas através de registos eletrónicos. Estudaram-se todas as ativações do protocolo da Via Verde e diagrama de fluxo dos doentes. Resultados: Nos sete anos em análise foram admitidos 1200 doentes com DCV, apresentando: AVC isquémico 63,0%, AVC hemorrágico 17,3% e Acidente Isquémico Transitório (AIT) 19,8%. A Via Verde do AVC foi ativado 431 vezes, cobrindo 37,3% (n = 282) dos casos de AVC isquémico, sendo que fizeram fibrinólise 18,4% (n = 52) desses doentes. O tempo médio porta-agulha foi de 69,5 minutos. A nível neurológico verificou-se uma melhoria na escala NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale) com pontuações médias de 14,8 (±5,2) antes do tratamento, diminuindo para 11,8 (±5,9) duas horas após fibrinólise (p <0,05). Conclusão: O tratamento precoce é determinante para o tratamento do AVC. Obtivemos uma taxa elevada de ativação da Via Verde, mas apenas 52 doentes realizaram fibrinólise dentro da janela terapêutica. A avançada idade dos doentes com patologia isquémica (78,6±10,7 años), a elevada presença de comorbilidades, e a sua procedência maioritariamente do meio rural, poderão ter influênciado a janela terapêutica e os critérios de inclusão/ exclusão para fibrinólise |
id |
RCAP_9621aa87c88334b37dd81a6ea4041adf |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/19107 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Via verde do Acidente Vascular Cerebral no serviço de urgênciaAcidente Vascular CerebralTriagemServiço de UrgênciaFibrinóliseAvaliação de processos e resultadosDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da SaúdeEnquadramento: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo. Novas terapêuticas surgiram para o tratamento do AVC isquémico agudo. Essas terapêuticas são tempo-dependentes e obrigam os serviços de saúde a implementar protocolos no sentido de minimizar os tempos de atendimento. Objetivo: Analisar os resultados da implementação de um protocolo de Via Verde do AVC. Métodos: Foi realizado um estudo retrospetivo de todos os indivíduos com doença cerebrovascular (DCV) admitidos, consecutivamente, num serviço de urgência de um hospital no norte de Portugal, desde janeiro de 2010 a dezembro de 2016. Foram recolhidos dados sociodemográficos, tempos assistenciais, comorbilidades e outras variáveis clínicas através de registos eletrónicos. Estudaram-se todas as ativações do protocolo da Via Verde e diagrama de fluxo dos doentes. Resultados: Nos sete anos em análise foram admitidos 1200 doentes com DCV, apresentando: AVC isquémico 63,0%, AVC hemorrágico 17,3% e Acidente Isquémico Transitório (AIT) 19,8%. A Via Verde do AVC foi ativado 431 vezes, cobrindo 37,3% (n = 282) dos casos de AVC isquémico, sendo que fizeram fibrinólise 18,4% (n = 52) desses doentes. O tempo médio porta-agulha foi de 69,5 minutos. A nível neurológico verificou-se uma melhoria na escala NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale) com pontuações médias de 14,8 (±5,2) antes do tratamento, diminuindo para 11,8 (±5,9) duas horas após fibrinólise (p <0,05). Conclusão: O tratamento precoce é determinante para o tratamento do AVC. Obtivemos uma taxa elevada de ativação da Via Verde, mas apenas 52 doentes realizaram fibrinólise dentro da janela terapêutica. A avançada idade dos doentes com patologia isquémica (78,6±10,7 años), a elevada presença de comorbilidades, e a sua procedência maioritariamente do meio rural, poderão ter influênciado a janela terapêutica e os critérios de inclusão/ exclusão para fibrinóliseBackground: Stroke is one of the leading causes of death and disability worldwide. New therapies have emerged for the treatment of acute ischemic stroke. These therapies are time-dependent and require health services to implement protocols to minimize treatment times. Objective: To analyze the implementation of a Stroke Code protocol. Methods: A retrospective study of all individuals with cerebrovascular disease (CVD) admitted to a hospital emergency service in the north of Portugal from January 2010 to December 2016 was carried out. Demographic data, hospital care times, stroke-related comorbidities and other clinical variables were collected through electronic records. We studied all the activations of the Code Stoke protocol and the patient flow diagram. Results: In the seven years under analysis, 1200 patients with CVD were admitted, who presented: Ischemic stroke 63.0%, hemorrhagic stroke 17.3%, and transient ischemic attack (TIA) 19.8%. Stroke Code was activated 431 times, covering 37.2% (n = 282) of ischemic stroke, and have received thrombolytic therapy 18.4% (n=52) of these patients. The mean door-to-needle time was 69.5 minutes. At the neurological level, there was an improvement in the National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) with mean scores of 14.8 (± 5.2) before treatment, decreasing to 11.8 (± 5.9) two hours after fibrinolysis (p <0.05). Conclusion: Time is decisive for the treatment of stroke. We obtained a high rate of Code Stroke activation, but only 52 patients performed fibrinolysis within the therapeutic window. The advanced age of patients with ischemic pathology (78.6 ± 10.7 years), the high presence of comorbidities, and their origin mainly in rural areas may have influenced the therapeutic window and the inclusion / exclusion criteria for fibrinolysis.Martins, MatildeSilva, NorbertoBiblioteca Digital do IPBBarreira, Ilda2019-03-07T16:57:02Z201820172018-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/19107TID:202185982porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:43:37Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/19107Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:09:26.565190Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Via verde do Acidente Vascular Cerebral no serviço de urgência |
title |
Via verde do Acidente Vascular Cerebral no serviço de urgência |
spellingShingle |
Via verde do Acidente Vascular Cerebral no serviço de urgência Barreira, Ilda Acidente Vascular Cerebral Triagem Serviço de Urgência Fibrinólise Avaliação de processos e resultados Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde |
title_short |
Via verde do Acidente Vascular Cerebral no serviço de urgência |
title_full |
Via verde do Acidente Vascular Cerebral no serviço de urgência |
title_fullStr |
Via verde do Acidente Vascular Cerebral no serviço de urgência |
title_full_unstemmed |
Via verde do Acidente Vascular Cerebral no serviço de urgência |
title_sort |
Via verde do Acidente Vascular Cerebral no serviço de urgência |
author |
Barreira, Ilda |
author_facet |
Barreira, Ilda |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Martins, Matilde Silva, Norberto Biblioteca Digital do IPB |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Barreira, Ilda |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Acidente Vascular Cerebral Triagem Serviço de Urgência Fibrinólise Avaliação de processos e resultados Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde |
topic |
Acidente Vascular Cerebral Triagem Serviço de Urgência Fibrinólise Avaliação de processos e resultados Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde |
description |
Enquadramento: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo. Novas terapêuticas surgiram para o tratamento do AVC isquémico agudo. Essas terapêuticas são tempo-dependentes e obrigam os serviços de saúde a implementar protocolos no sentido de minimizar os tempos de atendimento. Objetivo: Analisar os resultados da implementação de um protocolo de Via Verde do AVC. Métodos: Foi realizado um estudo retrospetivo de todos os indivíduos com doença cerebrovascular (DCV) admitidos, consecutivamente, num serviço de urgência de um hospital no norte de Portugal, desde janeiro de 2010 a dezembro de 2016. Foram recolhidos dados sociodemográficos, tempos assistenciais, comorbilidades e outras variáveis clínicas através de registos eletrónicos. Estudaram-se todas as ativações do protocolo da Via Verde e diagrama de fluxo dos doentes. Resultados: Nos sete anos em análise foram admitidos 1200 doentes com DCV, apresentando: AVC isquémico 63,0%, AVC hemorrágico 17,3% e Acidente Isquémico Transitório (AIT) 19,8%. A Via Verde do AVC foi ativado 431 vezes, cobrindo 37,3% (n = 282) dos casos de AVC isquémico, sendo que fizeram fibrinólise 18,4% (n = 52) desses doentes. O tempo médio porta-agulha foi de 69,5 minutos. A nível neurológico verificou-se uma melhoria na escala NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale) com pontuações médias de 14,8 (±5,2) antes do tratamento, diminuindo para 11,8 (±5,9) duas horas após fibrinólise (p <0,05). Conclusão: O tratamento precoce é determinante para o tratamento do AVC. Obtivemos uma taxa elevada de ativação da Via Verde, mas apenas 52 doentes realizaram fibrinólise dentro da janela terapêutica. A avançada idade dos doentes com patologia isquémica (78,6±10,7 años), a elevada presença de comorbilidades, e a sua procedência maioritariamente do meio rural, poderão ter influênciado a janela terapêutica e os critérios de inclusão/ exclusão para fibrinólise |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017 2018 2018-01-01T00:00:00Z 2019-03-07T16:57:02Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10198/19107 TID:202185982 |
url |
http://hdl.handle.net/10198/19107 |
identifier_str_mv |
TID:202185982 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799135356515254272 |