Acreditação, benchmarking e mortalidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Boto, Paulo
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Costa, Carlos, Lopes, Sílvia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/19703
Resumo: RESUMO - Face ao interesse crescente em processos de acreditação e/ou benchmarking, o presente estudo procura ver até que ponto a participação nestes projectos influencia a qualidade dos cuidados prestados, nomeadamente em termos de taxas de mortalidade intra-hospitalar ajustadas pelo risco. Para este efeito, foram analisados os valores dos hospitais públicos portugueses envolvidos nos processos de acreditação, pelo HQS ou pela JCI, bem como no projecto de benchmarking IQIP. Para calcular os valores por hospital das taxas de mortalidade intra-hospitalar ajustadas pelo risco, foram utilizadas as bases de dados dos resumos de alta para os anos de 2001 a 2006. Os valores obtidos foram ajustados para a gravidade dos doentes. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os hospitais envolvidos e os não envolvidos em processos de acreditação e/ou de benchmarking, em termos da variável dependente escolhida. Uma das inovações deste trabalho é o facto de olhar para processos ainda não avaliados nesta perspectiva. Embora se acredite que os processos de acreditação podem trazer benefícios consideráveis às instituições que a eles se submetem, numa altura em que, nacional e internacionalmente, se começa a solicitar evidência da efectividade e custo-efectividade dos mesmos, para os decisores, políticos ou gestores, é importante saber se o investimento num processo de acreditação ou de benchmarking vale ou não a pena ser generalizado, e, na presença de várias opções, qual é a que promete melhores resultados. A resposta, neste momento e neste contexto, é que nenhuma parece estar associada a um melhor desempenho. O presente estudo deve suscitar uma reflexão sobre o impacto destes diferentes processos nos hospitais portugueses, para ajudar a definir para o futuro uma estratégia mais fundamentada e mais universal.
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