O papel da SADC na observação eleitoral em Angola: as eleções de 2012 e 2017

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: António, Matilde Pedro Zeferino
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/129613
Resumo: O presente trabalho visa analisar o papel desempenhado pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) na observação das eleições gerais angolanas de 2012 e 2017, identificando suas forças e fraquezas, seus avanços e retrocessos e por fim, fazer algumas sugestões suscetíveis de contribuir na melhoria da sua ação na fiscalização das eleições. Com efeito, nota-se que, apesar da ratificação da Carta Africana sobre a democracia, as eleições e a governação de 30 de janeiro de 2007, as eleições em África, são lamentavelmente uma ocasião de aflição para as populações, visto que provocam geralmente conflitos pré ou pós-eleitorais que geram milhares de mortes, fluxos massivos de deslocados e refugiados, violações dos direitos humanos, bem como danos materiais incalculáveis, etc. Para evitar a violação dos princípios democráticos e os sangrentos conflitos que decorrem das eleições africanas, a comunidade internacional em geral, e particularmente, as organizações africanas mobilizaram-se não só para auxiliar os países africanos na organização das eleições mas também, para fiscalizá-las e garantir sua transparência e lisura. Criada inicialmente pela necessidade de união dos países da África austral para coordenar as políticas contra o regime racista sul africano e apoiar a luta de libertação nacional de certos países, a SADC visa manter a paz e segurança e contribuir, desde a introdução do multipartidarismo em África, no fortalecimento progressivo da democracia na região, etc. Desde a sua intervenção na fiscalização das eleições em Angola a partir de 2008, nota-se que a acção da SADC no âmbito da observação eleitoral evoluiu positivamente, mas revela fraquezas que ela deve imperativamente corrigir sob pena de perder sua credibilidade diante dos seus membros e da comunidade internacional.
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Com efeito, nota-se que, apesar da ratificação da Carta Africana sobre a democracia, as eleições e a governação de 30 de janeiro de 2007, as eleições em África, são lamentavelmente uma ocasião de aflição para as populações, visto que provocam geralmente conflitos pré ou pós-eleitorais que geram milhares de mortes, fluxos massivos de deslocados e refugiados, violações dos direitos humanos, bem como danos materiais incalculáveis, etc. Para evitar a violação dos princípios democráticos e os sangrentos conflitos que decorrem das eleições africanas, a comunidade internacional em geral, e particularmente, as organizações africanas mobilizaram-se não só para auxiliar os países africanos na organização das eleições mas também, para fiscalizá-las e garantir sua transparência e lisura. Criada inicialmente pela necessidade de união dos países da África austral para coordenar as políticas contra o regime racista sul africano e apoiar a luta de libertação nacional de certos países, a SADC visa manter a paz e segurança e contribuir, desde a introdução do multipartidarismo em África, no fortalecimento progressivo da democracia na região, etc. Desde a sua intervenção na fiscalização das eleições em Angola a partir de 2008, nota-se que a acção da SADC no âmbito da observação eleitoral evoluiu positivamente, mas revela fraquezas que ela deve imperativamente corrigir sob pena de perder sua credibilidade diante dos seus membros e da comunidade internacional.This paper aims to analyze the role played by the Southern Africa Development Community (SADC) as observers in the Angolan general elections held in 2012 and 2017, by identifying its strengths and weaknesses, its advances and setbacks and, finally, by presenting some suggestions susceptible to contribute on the improvement of its action in the observation of electoral process. Indeed, it is perceived, despite the fact of SADC´s ratification on the African Charter on Democracy, Election and Governance, of January 30, 2007, elections in Africa, are unfortunately deemed as an occasion of distress for the population, as they generally are followed by pre-election or post-election conflicts, that generate thousands of deaths, the massive flows of displaced people and refugees, the violations of human rights, as well as the destruction of vast economic means, and so on. In order to avoid such violation of democratic principles and to prevent any sort of bloody shreds conflicts that outcome from current African electoral processes, the international community, in general, and African organizations in particular, have mobilized themselves not only to assist African countries during elections process, but also to monitor its whole procedures. Expecting this way to guarantee and to ensure the transparency and fairness of each election. SADC was initially shaped in order to fulfil the necessity of bringing Southern Africa countries united, by setting up joint policies, firstly in the fight against the South African racist regime and next, to support the struggle of certain countries in the region, for their national liberation. SADC also aims to maintain peace and security in the region, as well to contribute on the expansion of multiparty democracy environment in Southern Africa, focusing in the progressive strengthening of democratic foundation across the region, and so on. Since the organization’s first intervention in the surveillance of elections in Angola, in the year 2008, it has made clear that the roll of SADC as electoral observer, has evolved positively, but it still reveals some considerable weaknesses that must be improved; otherwise, the failure to do so, will deem SADC to lose its credibility within its member countries and by the international community.Lisi, MarcoRUNAntónio, Matilde Pedro Zeferino2021-10-262021-07-232024-10-26T00:00:00Z2021-10-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/129613TID:202786366porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:08:42Zoai:run.unl.pt:10362/129613Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:46:35.631304Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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