Práticas e políticas de gestão, na prevenção da violência por parte dos utentes em organizações do setor da saúde e social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Carolina Filipa Rodrigues
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/3257
Resumo: O presente estudo pretende caracterizar a violência dos utentes dirigida a profissionais do setor social e da saúde, bem como, identificar práticas organizacionais adotadas no sentido de gerir a ocorrência destas situações. Em Portugal há pouca literatura relativamente a esta problemática em contexto de organizações sociais, motivo pelo qual, optou-se por incluir organizações do setor da saúde. A nível metódico optou-se por uma metodologia quantitativa com aplicação de dois questionários: Gestão da Violência e o Questionário Geral de Saúde. Numa fase inicial procedeu-se à recolha de dados presencialmente e em formato de papel, contudo devido à situação pandémica e às limitações das instituições impostas pela COVID-19, criou-se uma versão online através google forms. No presente estudo participaram sessenta e cinco profissionais de forma voluntária e anónima, a desempenhar funções em organizações do setor social e da saúde. A nível geográfico, estes profissionais encontram-se distribuídos geograficamente pela região Norte de Portugal. Os resultados revelam que as estratégias menos utilizadas pelos colaboradores se referem às estratégias organizacionais como a frequência de formação acerca das medidas de proteção e em relação à temática em geral, assim como constámos que o recurso aos organismos para reportar episódios de violência são pouco utlizados e insuficientemente reconhecidos. Em contrapartida foi evidente a relevância das estratégias psicossociais como mecanismos de uso individual e de autoproteção, com o intuito de prevenir e não potenciar uma situação de tensão ou de exaltação por parte dos utentes. Os resultados revelam que as organizações em estudo não estão a seguir as orientações do Modelo Haddon Matrix nem as estratégias sugeridas por vários atores de proteção dos profissionais. Estes dados demonstram a pertinência da sensibilização para este tema, sobretudo nas organizações. Estas necessitam de implementar guiões de trabalho, fornecer formação e apoio aos seus colaboradores. A gestão organizacional, através das suas chefias deve ser chave na proteção e gestão em segurança dos seus profissionais, podendo iniciar este processo com o empoderamento e a disponibilização de instrumentos organizacionais e individuais para prevenir estas situações.
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Numa fase inicial procedeu-se à recolha de dados presencialmente e em formato de papel, contudo devido à situação pandémica e às limitações das instituições impostas pela COVID-19, criou-se uma versão online através google forms. No presente estudo participaram sessenta e cinco profissionais de forma voluntária e anónima, a desempenhar funções em organizações do setor social e da saúde. A nível geográfico, estes profissionais encontram-se distribuídos geograficamente pela região Norte de Portugal. Os resultados revelam que as estratégias menos utilizadas pelos colaboradores se referem às estratégias organizacionais como a frequência de formação acerca das medidas de proteção e em relação à temática em geral, assim como constámos que o recurso aos organismos para reportar episódios de violência são pouco utlizados e insuficientemente reconhecidos. Em contrapartida foi evidente a relevância das estratégias psicossociais como mecanismos de uso individual e de autoproteção, com o intuito de prevenir e não potenciar uma situação de tensão ou de exaltação por parte dos utentes. Os resultados revelam que as organizações em estudo não estão a seguir as orientações do Modelo Haddon Matrix nem as estratégias sugeridas por vários atores de proteção dos profissionais. Estes dados demonstram a pertinência da sensibilização para este tema, sobretudo nas organizações. Estas necessitam de implementar guiões de trabalho, fornecer formação e apoio aos seus colaboradores. A gestão organizacional, através das suas chefias deve ser chave na proteção e gestão em segurança dos seus profissionais, podendo iniciar este processo com o empoderamento e a disponibilização de instrumentos organizacionais e individuais para prevenir estas situações.Le présent document a l´intention de caractériser la violence de la part des utilisateurs vers les proféssionnels du secteur social et de la santé, aussi bien qu’identifier les pratiques organisationelles adopter dans le sens de gérer ces situations. Au Portugal il y a peu de litérature relationné à cette problématique dans le contexte social, raison pour laquelle, ils ont choisi de faire l´inclusion d´organismes du secteur de la santé. Au niveu métodologique, on a choisi une métodologie quantitative avec l´application de deux questionnaires: Gestion de la Violence e le Questionnaire Géneral de la Santé. Initialement, il y était fait le recueil de donnée présentielles et en format de papier, mais avec la situation pandémique de la COVID-19, on a créé une version online à travers du Google forms. Soixante-cinq professionnels ont volontairement et anonymement participé à la présente étude, exerçant des fonctions dans des organisations des secteurs sociaux et de la santé. Géographiquement, ces professionnels sont géographiquement répartis dans la région nord du Portugal. Les résultats révèlent que les stratégies les moins utilisées par les employés se réfèrent aux stratégies organisationnelles telles que la fréquence des formations sur les mesures de protection et par rapport à la thématique en général, ainsi que nous avons constaté que le recours aux organisations pour signaler les épisodes de violence est peu utilisé et insuffisamment reconnue. D'autre part, la pertinence des stratégies psychosociales comme mécanismes d'utilisation individuelle et d'autoprotection était évidente, dans le but de prévenir et non d'aggraver une situation de tension ou d'exaltation de la part des usagers. Les résultats révèlent que les organisations étudiées ne suivent pas les lignes directrices du Haddon Matrix Model ou les stratégies proposées par les différents acteurs professionnels de la protection. Ces données démontrent la pertinence d'une sensibilisation à cette problématique, notamment dans les organisations. Celles-ci doivent mettre en place des guides de travail, assurer la formation et l'accompagnement de leurs salariés. La gestion organisationnelle, à travers ses dirigeants, doit être la clé de la protection et de la gestion sûre de ses professionnels, et peut démarrer ce processus avec l'autonomisation et la mise à disposition d'instruments organisationnels et individuels pour prévenir ces situations.The present study pretend to characterize the violence of the users directed to the social and health professionals as well as identify organizational practices adopted in order to manage the occurrence of these situations. In Portugal there is little literature on this issue in the context of social organizations, reason why it was chosen to include organizations in the health sector. At a methodical level, a quantitative methodology was chosen with the application of two questionnaires: Violence Management and General Health Questionnaire. Initially data collection was carried out in person and in paper format however due to the covid-19 pandemic an online version was created through Google forms. In this study, sixty five professionals participated voluntarily and anonymously, to perform functions in Social and Health sector organizations. They were geographically distributed throughout the northern region of Portugal. The results revealed that the strategies least used by employees refer to organizational strategies such as the frequency of training on protective measures and in relation to the theme in general, as well as we found that the use of organizations for flaggers Episodes of violence are little used and insufficiently recognized. On the other hand, the relevance of psychosocial strategies as mechanisms for individual use and self-protection was obvious, with the aim of preventing and not aggravating a situation of tension or exaltation on the part of users. The results obtained show that the organizations studied do not follow the guidelines of the Haddon Matrix Model or the strategies proposed by the various professional protection actors. These data promote the relevance of raising awareness of this issue, particularly in organisations. These must set up work guides, provide training and support for their employees. Organizational management, through its leaders, must be the key to the protection and safe management of its professionals, and can start this process with the empowerment and provision of organizational and individual instruments to prevent these situations.2023-04-05T11:49:55Z2023-02-02T00:00:00Z2023-02-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/3257TID:203265904porDias, Carolina Filipa Rodriguesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-04-06T06:45:15Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/3257Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:48:32.466991Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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