The use of loan loss provisions for earnings management in large european banks. An analysis in pre and post-crisis period

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, André Jorge Seruca Inácio Passarinho dos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/10213
Resumo: Esta dissertação examina o uso das perdas por imparidade de crédito na gestão de resultados dos grandes bancos Europeus, contribuindo com uma análise comparativa os periodos antes e pós a crise financeira de 2008. Estudos anteriores revelam que desde a implementação de IFRS, que os bancos são supervisionados com regras contabilisticas mais rigidas de modo a garantir uma maior transparência das suas figuras contabilísticas. As regras de IFRS (nomeadamente a IAS 39) limitam os incentivos de comportamento discrecionário por parte dos bancos, relativamente ao uso de perdas por imparidade de crédito, o principal accrual bancário para gestão de resultados. Usando uma amostra de 58 grandes bancos Europeus para o período de 2006-2012, evidencio que os bancos que reportam de acordo com IFRS, ainda gerem os seus resultados através do reconhecimento acelerado de perdas por imparidade de crédito. Embora esta observação seja evidente antes da crise, no periodo posterior este comportamento é menos pronunciado devido à pro-ciclicidade inerente no modelo de perda incorrida da IAS 39. Por outro lado, no período pós-crise, os bancos tendem a adiar as suas imparidades de crédito o mais tarde possível, de modo a suavizarem os seus resultados positivamente. De um modo geral, este estudo contribui para evidenciar que os grandes bancos Europeus gerem os seus resultados através do reconhecimento acelerado de perdas por imparidade de crédito, quando: estão num período anterior à crise; são mais lucrativos; ou estão mais sub-capitalizados. A análise dos resultados desta dissertação levam-me a questionar se é desejável continuar num modelo de perdas incurridas, ou avançar para um modelo baseado em perdas esperadas.
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