Aprender a Pensar Criticamente
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/6211 |
Resumo: | O presente trabalho é regulado pelo tempo em que vivemos, marcado por mudanças aceleradas, pela intensificação da interdependência entre pessoas e países e pelo aumento de perigos iminente. O tempo presente exige de todos nós um saber e um pensar exercitados no âmbito de uma reflexão ampla e disponível sobre as condições de nos podermos afirmar como pessoas livres e com autonomia e preparados para vivermos juntos, local ou globalmente. Para esta atitude de discernimento e de reflexão, consideramos que a aprendizagem do pensar crítico é fundamental, como consideramos que o ensino da filosofia no ensino secundário, pela sua natureza iniciática, é o âmbito por excelência para preparar e exercitar o aluno nesta atividade. A crítica, que foi o projeto regulador da ação política durante o século XVIII, pode reverter em dinâmica da ação pedagógica e didática no sentido em que o essencial desta ação consista em ensinar a emitir um juízo que distinga o autêntico e o inautêntico, o verdadeiro e o falso, o correto e o incorreto, o belo e o feio. Reconhece-se, pois, a importância de aprofundarmos a conceção da arte da crítica na tradição kantiana, no projeto da teoria crítica e da pedagogia crítica. Por outro lado, pretende-se mostrar, aqui, que a problemática crítica se torna especialmente inspiradora de programas de aprendizagem do seu princípio, como são os programas de metodologia de análise de texto, debate e pesquisa, que encontramos em Richard Paul, Linda Elder e Gerald Nosich. Pretende-se demonstrar que a arte da crítica reverte favoravelmente em aprendizagem do pensamento num programa didático crítico. O nosso intuito fundamental é enquadrar o programa de filosofia do ensino secundário português de acordo com a pertinência de um aprender a pensar criticamente. Tal é o desafio deste trabalho, que só será efetivo se for assumido e percorrido pelos envolvidos nesse processo, enquanto aprendizagem, o qual implica, desde logo, uma atenção aos elementos, critérios e características subjacentes à atitude de pensar criticamente. |
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Aprender a Pensar CriticamenteUma Proposta para o Ensino de Filosofia no Ensino SecundárioCríticaEnsino-AprendizagemGenealogiaMetodologiaPensar CriticamenteDomínio/Área Científica::Humanidades::Filosofia, Ética e ReligiãoO presente trabalho é regulado pelo tempo em que vivemos, marcado por mudanças aceleradas, pela intensificação da interdependência entre pessoas e países e pelo aumento de perigos iminente. O tempo presente exige de todos nós um saber e um pensar exercitados no âmbito de uma reflexão ampla e disponível sobre as condições de nos podermos afirmar como pessoas livres e com autonomia e preparados para vivermos juntos, local ou globalmente. Para esta atitude de discernimento e de reflexão, consideramos que a aprendizagem do pensar crítico é fundamental, como consideramos que o ensino da filosofia no ensino secundário, pela sua natureza iniciática, é o âmbito por excelência para preparar e exercitar o aluno nesta atividade. A crítica, que foi o projeto regulador da ação política durante o século XVIII, pode reverter em dinâmica da ação pedagógica e didática no sentido em que o essencial desta ação consista em ensinar a emitir um juízo que distinga o autêntico e o inautêntico, o verdadeiro e o falso, o correto e o incorreto, o belo e o feio. Reconhece-se, pois, a importância de aprofundarmos a conceção da arte da crítica na tradição kantiana, no projeto da teoria crítica e da pedagogia crítica. Por outro lado, pretende-se mostrar, aqui, que a problemática crítica se torna especialmente inspiradora de programas de aprendizagem do seu princípio, como são os programas de metodologia de análise de texto, debate e pesquisa, que encontramos em Richard Paul, Linda Elder e Gerald Nosich. Pretende-se demonstrar que a arte da crítica reverte favoravelmente em aprendizagem do pensamento num programa didático crítico. O nosso intuito fundamental é enquadrar o programa de filosofia do ensino secundário português de acordo com a pertinência de um aprender a pensar criticamente. Tal é o desafio deste trabalho, que só será efetivo se for assumido e percorrido pelos envolvidos nesse processo, enquanto aprendizagem, o qual implica, desde logo, uma atenção aos elementos, critérios e características subjacentes à atitude de pensar criticamente.The current work focuses on the time we live in, marked by rapid change, the increasing interdependence between people and countries, as well as the rise in imminent danger. Our time demands a knowledge and a thinking which must stem from a wide and accessible reflection on the conditions we are given to assert ourselves as free autonomous people, prepared to live together, either locally or globally. Learning to think critically is thus essential to build this discerning reflective attitude. Hence, it is our belief that teaching Philosophy in Secondary Education is, for its initiating nature, an excellent area for students to prepare and exert themselves in this activity. Criticism, which was the guiding principle behind political action throughout the 18th century, may turn into the dynamics of pedagogic and didactic practice, so that its main goal will consist in teaching students to formulate judgments in which they will be able to distinguish between authentic and inauthentic, true and false, right and wrong, beautiful and ugly. For this reason, we must acknowledge that, in this context, it is important to deepen the understanding of the art of criticism, following Kant’s tradition, the project of critical theory and critical pedagogy. On the other hand, our purpose is to show how the questions around criticism may become particularly inspiring in syllabi concentrating on its principle, like the ones relating to techniques for text analysis, discussion and research, which can be found in Richard Paul, Linda Elder and Gerald Nosich. We intend to demonstrate that the art of criticism turns into an asset which may effectively teach students to think, when it becomes the core of a critical didactic syllabus. In conclusion, our main goal is to set the Philosophy syllabus of Portuguese Secondary Education in a framework where learning to think is crucial. This challenge can only be met if those involved can take and follow it as a learning process requiring a special attention to the elements, criteria and features underlying critical thinking.Domingues, José António DuarteuBibliorumNeves, Paulo Jorge da Fonseca2018-09-05T14:15:47Z2014-6-232014-07-182014-07-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/6211TID:201646072porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:44:33Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6211Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:59.403881Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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