A vulnerabilidade ao stress psicológico e o impacto na atividade médica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/82103 |
Resumo: | Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina |
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A vulnerabilidade ao stress psicológico e o impacto na atividade médicaAccess and expenditure indicators according to Psychologic Stress Vulnerability in General Practice / Family Medicine settingVulnerabilidade ao stressBurnoutMedicina Geral e Familiar23-QVSIndicadores MIMUFVulnerability to stressBurnoutFamily Medicine23-QVSMIMUF indicatorsTrabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: O stress é uma resposta adaptativa e necessária ao ser humano, no entanto, a exposição prolongada e contínua a stress no trabalho pode culminar em burnout. Tendo em conta o impacto negativo do burnout na pratica médica, faz sentido estudar a vulnerabilidade ao stress psicológico dos médicos da especialidade de MGF.Objetivos: Avaliar a vulnerabilidade ao stress de médicos da especialidade de MGF, estudar relações com variáveis socioprofissionais e o impacto da vulnerabilidade em indicadores financeiros e acesso a consultas médicas. Materiais e métodos: Na população de médicos da especialidade de MGF de UCSP e USF do ACES Baixo Mondego e do ACES da Cova da Beira, foi aplicado um questionário epidemiológico (sexo, número de anos de prática como MGF, tipo de unidade de trabalho), a escala 23-QVS e foram solicitados indicadores do MIMUF de dezembro de 2015. Realizou-se estatística descritiva e inferencial.Resultados: Dos 218 médicos inquiridos, a sua maioria do sexo feminino (60,6%), 54,1% trabalham em USF e 45,9% em UCSP, a média de anos de prática profissional é de 20,2±12,6, superior em UCSP (24,1±11,1) quando comparada com USF (16,9±12,9). Em relação à escala 23-QVS, 28,4% dos médicos foram classificados como vulneráveis ao stress psicológico, sem diferenças significativas para o sexo. Verificou-se que 64,5% dos médicos vulneráveis ao stress têm mais de 25 anos de experiência profissional e 72,6% trabalham em UCSP. Os aspetos da personalidade dos médicos mais relevantes para a vulnerabilidade ao stress foram o perfeccionismo e intolerância à frustração, a dramatização da existência e a subjugação, referentes aos fatores 1, 5 e 6, respetivamente. Quanto à relação entre a vulnerabilidade ao stress psicológico e o acesso a consultas médicas e os valores de indicadores financeiros, verificou-se que médicos vulneráveis ao stress apresentam menor despesa em medicamentos e meios complementares de diagnóstico prescritos por utilizador e menor taxa de utilização global de consultas médicas. Discussão e conclusão: A vulnerabilidade ao stress psicológico é frequente nos médicos inquiridos, verificando-se uma maior incidência naqueles com mais de 25 anos de prática profissional e a trabalhar em UCSPs. Demonstra-se que a vulnerabilidade ao stress na atividade dos médicos, está associada a menor despesa em medicamentos e MCDTs por utilizador e a menor acesso a consultas médicas pela população inscrita. Devido à inexistência de investigações com metodologias semelhantes nesta área em Portugal, mais estudos devem ser realizados, de forma a encontrar e implementar estratégias de combate ao stress.Background: Stress is an adaptive and necessary response of the human being, but prolonged and continuous exposure to stress at work can culminate in burnout. Given the negative impact of burnout on medical practice, it makes sense to study the vulnerability to psychological stress in family medicine practice.Objectives: Evaluate the vulnerability to stress of family physicians, study relationships with socio-professional variables and the impact of vulnerability on financial indicators and access to medical consultations.Materials and Methods: A epidemiological questionnaire (sex, number of years of practice as physician, unit of work) was applied on family physicians who work in primary care unites (UCSP and USF) of ACES Baixo Mondego and ACES Cova da Beira. The 23 -QVS and MIMUF indicators from December 2015 were requested. Descriptive and inferential statistics were performed.Results: Of the 218 physicians surveyed, the majority of females (60,6%), 54,1% worked in USF and 45,9% in UCSP. The average years of professional practice was 20,2 ± 12,6 but it was far superior in UCSP (24,1 ± 11,1), when compared with USF (16,9 ± 12,9). Regarding the 23-QVS scale, 28,4% of the physicians were classified as vulnerable to psychological stress, without significant differences for sex. It was found that 64,5% of physicians vulnerable to stress had more than 25 years of professional experience and 72,6% work in UCSP. Personality features most relevant to stress vulnerability were perfectionism and intolerance to frustration, dramatization of existence and subjugation, referring to factors 1, 5 and 6, respectively. With regard to the relationship between vulnerability to psychological stress, access to medical consultations and financial indicators, it was found that physicians vulnerable to stress presented lower expenses on drugs and complementary diagnostic tests prescribed per users and lower overall consumption rate of doctor's appointments.Discussion and Conclusion: Vulnerability to psychological stress was frequent in physicians surveyed, with a higher incidence on those with more than 25 years of professional practice and working in UCSPs. It was demonstrated that stress vulnerability is associated with lower expenditure on drugs and complementary diagnostic tests per user and less need of medical appointments. Due to the lack of investigations with similar methodologies in this area in Portugal, more studies must be carried out in order to find and implement strategies to combat stress.2017-03-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/82103http://hdl.handle.net/10316/82103TID:202048055porVilela, Sara Raquel Barbosainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2020-05-29T13:45:48Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/82103Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:04:04.486034Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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