Entre o tempo dos relógios e o tempo fenomenológico : a criança e o brincar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, António Camilo
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Costa, Andrize Ramires, Kuhn, Roselaine
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/32692
Resumo: O que é o tempo? Como as crianças ocupam o tempo nas brincadeiras e na escola? Como as crianças sentem e percebem o tempo? Faz sentido ter “hora certa” para brincar? Estas perguntas configuram uma polaridade: o tempo regulado, cronometrado e medido pela opressão dos relógios; e o tempo fenomenológico, que eleva a reflexão a dois mundos distintos entre os adultos e a criança e seu brincar. De um lado, está o tempo concebido pela exterioridade, materializado no calendário, na objetividade dos números do relógio: um tempo situado e representante do mundo pensado (racionalizado). De outro, o mundo da interioridade, substantivado e espiritualizado na subjetividade, na experiência vivida, na expressão fenomenológica, representante do mundo vivido (experienciado). A partir da modernidade, essa dicotomia demarca consequências devastadoras no brincar das crianças que freqüentam uma escola que aspira ser produtiva através do culto da velocidade, desrespeitando as singularidades corporais e a dimensão lúdica.
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