Controlo químico de Striga asiatica por recurso a sementes revestidas de milhos resistentes ao imazapir
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.19084/rca.16333 |
Resumo: | A planta parasita Striga asiatica, conhecida por pequeno-feiticeiro, constitui um dos maiores problemas no rendimento e produção do milho, em Angola. A elevada persistência das sementes de S. asiatica no solo implica a utilização de estratégias de gestão que afetem quer a emergência quer a viabilidade do parasitismo. Este estudo teve por objetivos controlar a planta-parasita em campos infestados por recurso a milho de polinização livre e resistentes ao imazapir (IR) cujas cariopses foram revestidas com 30 g ha-1do herbicida. Em 2009/10 e 2010/2011, foram instalados três ensaios, no Planalto Central de Angola, com variedades de milho IR e variedades autóctones, utilizando sementes com revestimento por herbicida (H30) e sem revestimento de herbicida (H0), sendo avaliados a emergência e ocrescimento de S. asiatica, e produtividade do milho. Comparativamente à testemunha, o revestimento das cariopses com imazapir evidenciou um controlo total da parasita. Observaram-se efeitos significativos (P < 0,05) na emergência de S. asiatica nos dois ensaios. Os resultados evidenciaram que o revestimento das cariopses por imazapir inibe (P < 0,001) a emergência da parasita para zero plantas por m-2, 12 semanas após a sementeira. Para além disso, observou-se que a utilização da imidazolinona inibiu a emergência de Striga sem prejuízo na produtividade do milho não resistente. O rendimento do milho, em média, duplicou. Todavia, a produção do milho variou significativamente com a variedade, mesmo na ausência da planta-parasita. As variedades de polinização livre de milho IR ZM521, ZM523 e ZM625, devido ao incremento na produtividade e às possibilidades de controlo da planta-parasita, poderão ser considerados para introdução na região. |
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Controlo químico de Striga asiatica por recurso a sementes revestidas de milhos resistentes ao imazapirControlo químico de Striga asiatica por recurso a sementes revestidas de milhos resistentes ao imazapirGeralA planta parasita Striga asiatica, conhecida por pequeno-feiticeiro, constitui um dos maiores problemas no rendimento e produção do milho, em Angola. A elevada persistência das sementes de S. asiatica no solo implica a utilização de estratégias de gestão que afetem quer a emergência quer a viabilidade do parasitismo. Este estudo teve por objetivos controlar a planta-parasita em campos infestados por recurso a milho de polinização livre e resistentes ao imazapir (IR) cujas cariopses foram revestidas com 30 g ha-1do herbicida. Em 2009/10 e 2010/2011, foram instalados três ensaios, no Planalto Central de Angola, com variedades de milho IR e variedades autóctones, utilizando sementes com revestimento por herbicida (H30) e sem revestimento de herbicida (H0), sendo avaliados a emergência e ocrescimento de S. asiatica, e produtividade do milho. Comparativamente à testemunha, o revestimento das cariopses com imazapir evidenciou um controlo total da parasita. Observaram-se efeitos significativos (P < 0,05) na emergência de S. asiatica nos dois ensaios. Os resultados evidenciaram que o revestimento das cariopses por imazapir inibe (P < 0,001) a emergência da parasita para zero plantas por m-2, 12 semanas após a sementeira. Para além disso, observou-se que a utilização da imidazolinona inibiu a emergência de Striga sem prejuízo na produtividade do milho não resistente. O rendimento do milho, em média, duplicou. Todavia, a produção do milho variou significativamente com a variedade, mesmo na ausência da planta-parasita. As variedades de polinização livre de milho IR ZM521, ZM523 e ZM625, devido ao incremento na produtividade e às possibilidades de controlo da planta-parasita, poderão ser considerados para introdução na região.The parasitic weed species Striga asiatica, also known as witch weed, is one of the major constraints in maize production, in Angola.Since S. asiatica seed banks are long-lived, control strategies that affect the seeds emergence and parasitism are necessary. In this study S. asiatica control was carried out, in infested fields, with a new technology using seed coating herbicide resistant (IR/OPV) with imazapyr at 30 g ha-1. In 2009/10 and 2010/2011 seasons autochthones (non-IR) and IR maize varieties were sowed, to assess spill-over effects on Striga emergence, maize growth and production. Compared to control (non-IR) the herbicide showed a total control of the parasitic weed with an increase of about two-fold in maize production. Nevertheless maize production varied significantly with the tested variety even in the absence of the parasitic weed. There were significant (P < 0.05) effects on Striga emergence on both year trials. Results showed that imazapyr seed dressing suppressed (P < 0.001) Striga emergence to 0.0 plant m-2, compared to about 5 plants m-2 in untreated plots at 12 weeks after sowing. The results therefore suggest that the use of ALS inhibiting herbicides can suppress Striga emergence with an increase in maize productivity. Due to its high yielding potential the IR maize hybrids ZM521, ZM523 e ZM625 could be considered for introduction in the region.Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal2019-01-04T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.19084/rca.16333por2183-041X0871-018XDovala, António ChicapaMonteiro, Anainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T09:24:20Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/16333Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:30:47.768219Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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