Retinopatia diabética: uma revisão bibliográfica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/859 |
Resumo: | A diabetes mellitus representa um dos maiores desafios mundiais de saúde, devido à sua prevalência crescente e à elevada morbilidade e mortalidade resultante das suas inúmeras complicações. Nos países desenvolvidos a retinopatia diabética é a complicação microvascular mais frequente e a principal causa de diminuição da acuidade visual e cegueira não traumática nas pessoas em idade activa. Fez-se uma revisão bibliográfica sobre retinopatia diabética utilizando como base livros temáticos e motores de busca na internet como o Pubmed. O desenvolvimento e progressão da retinopatia diabética estão relacionados com a presença de factores de risco como a duração da doença, idade do paciente, hipertensão arterial, dislipidémia, presença de nefropatia e gravidez. O tabagismo, obesidade, consumo de álcool e sedentarismo aparentemente não se encontram relacionados com esta complicação. Na patogenia da retinopatia diabética estão envolvidos diversos mecanismos, entre eles a acumulação de sorbitol, desequilíbrio da auto-regulação do fluxo sanguíneo, acumulação de produtos finais de glicação e aumento de factores de crescimento. Todos eles têm em comum a presença de hiperglicemia crónica. A retinopatia diabética cursa com diferentes estádios clínicos, que vão desde a retinopatia diabética não proliferativa, caracterizada pela presença de microaneurismas, até à retinopatia diabética proliferativa, na qual ocorre a proliferação de neovasos como resultado de hipóxia tecidular prolongada. A terapêutica cirúrgica por fotocoagulação e, em alguns casos por vitrectomia, é a única reconhecida como eficaz para o tratamento da retinopatia. Até ao momento, nenhum agente farmacológico se mostrou capaz de prevenir, retardar ou reverter a retinopatia diabética. Tendo em conta que o tratamento é parcialmente eficaz, a prevenção através do controlo dos factores de risco e da aplicação de programas de rastreio permite uma menor perda da acuidade visual nestes pacientes, uma diminuição do número de casos de cegueira e um aumento das poupanças para os sistemas de saúde. |
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Retinopatia diabética: uma revisão bibliográficaRinopatia diabéticaRinopatia diabética - Factores de riscoRinopatia diabética - DiagnósticoRinopatia diabética - TratamentoRinopatia diabética - PrevençãoA diabetes mellitus representa um dos maiores desafios mundiais de saúde, devido à sua prevalência crescente e à elevada morbilidade e mortalidade resultante das suas inúmeras complicações. Nos países desenvolvidos a retinopatia diabética é a complicação microvascular mais frequente e a principal causa de diminuição da acuidade visual e cegueira não traumática nas pessoas em idade activa. Fez-se uma revisão bibliográfica sobre retinopatia diabética utilizando como base livros temáticos e motores de busca na internet como o Pubmed. O desenvolvimento e progressão da retinopatia diabética estão relacionados com a presença de factores de risco como a duração da doença, idade do paciente, hipertensão arterial, dislipidémia, presença de nefropatia e gravidez. O tabagismo, obesidade, consumo de álcool e sedentarismo aparentemente não se encontram relacionados com esta complicação. Na patogenia da retinopatia diabética estão envolvidos diversos mecanismos, entre eles a acumulação de sorbitol, desequilíbrio da auto-regulação do fluxo sanguíneo, acumulação de produtos finais de glicação e aumento de factores de crescimento. Todos eles têm em comum a presença de hiperglicemia crónica. A retinopatia diabética cursa com diferentes estádios clínicos, que vão desde a retinopatia diabética não proliferativa, caracterizada pela presença de microaneurismas, até à retinopatia diabética proliferativa, na qual ocorre a proliferação de neovasos como resultado de hipóxia tecidular prolongada. A terapêutica cirúrgica por fotocoagulação e, em alguns casos por vitrectomia, é a única reconhecida como eficaz para o tratamento da retinopatia. Até ao momento, nenhum agente farmacológico se mostrou capaz de prevenir, retardar ou reverter a retinopatia diabética. Tendo em conta que o tratamento é parcialmente eficaz, a prevenção através do controlo dos factores de risco e da aplicação de programas de rastreio permite uma menor perda da acuidade visual nestes pacientes, uma diminuição do número de casos de cegueira e um aumento das poupanças para os sistemas de saúde.Universidade da Beira InteriorSousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deuBibliorumRebelo, Tiago André Andrade2012-12-14T16:44:55Z2008-062008-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/859porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:15Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/859Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:50.740775Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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