A Autorregulação Emocional e a Autodeterminação em Adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moniz, Pedro Vieira Correia
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/11737
Resumo: A Autorregulação Emocional pode ser definida como todos os processos que são ativados pelo sujeito aquando do surgimento de uma emoção, de forma a ser possível redirigi-la e responder, com ela, o mais eficaz e adequadamente possível ao motivo ou contexto desencadeante (Cole, Martin, & Dennis, 2004 as cited in Martins, 2007). Por seu turno, a Autodeterminação consiste na capacidade consciente do sujeito em saber que possui escolhas e de tomar a decisão, ao invés de se deixar influenciar por condicionalidades de reforço, impulsos ou quaisquer outras forças que possam influenciar as suas escolhas (Deci e Ryan, 1985). Segundo a literatura, à medida que os jovens entram na adolescência a tendência é para estes se tornarem cada vez mais regulados emocionalmente e cada vez mais autodeterminados. Ao mesmo tempo, verifica-se que estes tendem a se regular emocionalmente e a se tornarem autodeterminados de forma diferente, segundo o seu género sexual. O objetivo desta dissertação consistiu em compreender de que modo a autorregulação emocional se relaciona com a autodeterminação na fase da adolescência e quais as suas diferenças de acordo com o género e a idade. Participaram, neste estudo, 57 adolescentes (27 do género feminino e 30 do género masculino) com idades entre os 10 e os 16 anos. A recolha de dados foi realizada em diferentes estabelecimentos de ensino da zona centro do país recorrendo a três instrumentos de avaliação: (1) Questionário Sociodemográfico, (2) a Escala da Autodeterminação (Sheldon & Deci, 1996; versão portuguesa de Silva et al., 2010), atualmente designada Perceived Choice and Awareness of Self Scale (PCASS) e (3) a Escala de Regulação Emocional (MacDermott, Gullone, Allen, King e Tong, 2010; versão portuguesa de Reverendo e Machado, 2010). Em termos gerais, os resultados obtidos não são conclusivos e alertam-nos para necessidade de aprofundar a relação alargando a novos estudos que envolvam um maior número de participantes e o confronto com outras medidas de avaliação comportamentais e fisiológicas. Assim não é possível estabelecer-se uma relação direta entre a autodeterminação e a regulação emocional embora a literatura aponte para que ambas as variáveis aumentem com o tempo. Não se verificaram também diferenças estatisticamente significativas nos comportamentos de regulação emocional e autodeterminação, em termos de idade e do género.
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Ao mesmo tempo, verifica-se que estes tendem a se regular emocionalmente e a se tornarem autodeterminados de forma diferente, segundo o seu género sexual. O objetivo desta dissertação consistiu em compreender de que modo a autorregulação emocional se relaciona com a autodeterminação na fase da adolescência e quais as suas diferenças de acordo com o género e a idade. Participaram, neste estudo, 57 adolescentes (27 do género feminino e 30 do género masculino) com idades entre os 10 e os 16 anos. A recolha de dados foi realizada em diferentes estabelecimentos de ensino da zona centro do país recorrendo a três instrumentos de avaliação: (1) Questionário Sociodemográfico, (2) a Escala da Autodeterminação (Sheldon & Deci, 1996; versão portuguesa de Silva et al., 2010), atualmente designada Perceived Choice and Awareness of Self Scale (PCASS) e (3) a Escala de Regulação Emocional (MacDermott, Gullone, Allen, King e Tong, 2010; versão portuguesa de Reverendo e Machado, 2010). Em termos gerais, os resultados obtidos não são conclusivos e alertam-nos para necessidade de aprofundar a relação alargando a novos estudos que envolvam um maior número de participantes e o confronto com outras medidas de avaliação comportamentais e fisiológicas. Assim não é possível estabelecer-se uma relação direta entre a autodeterminação e a regulação emocional embora a literatura aponte para que ambas as variáveis aumentem com o tempo. Não se verificaram também diferenças estatisticamente significativas nos comportamentos de regulação emocional e autodeterminação, em termos de idade e do género.Emotional Self-regulation can be defined as all processes that are activated when an emotion arises, in order to be able to redirect it, in the most effective and properly way possible to the triggering reason or context (Cole, Martin, & Dennis, 2004 as cited in Martins, 2007). On its turn, self-determination consists on the subject’s consciousc ability to realize that he has choices and that he can choose, instead of just letting himself go by reinforcement conditionalities, impulses or any other forces that can influence his choices (Deci e Ryan, 1985). According to literature, as young people enter adolescence the tendency is for them to become more emotionally regulated and more self-determined. At the same time, it is observed that they regulate themselves emotionally differently according to their genders and become self-determined in the same way. This dissertation’s goal consists in understanding which way the emotional self-regulation relates to self-determination in the context of adolescence, gender and age. 57 adolescents (27 females and 30 males) aged between 10 and 16 years participated in this study. Data collection was carried out in different educational establishments in the central part of the country. Three assessment instruments were applied to this sample: (1) Sociodemographic Questionnaire, (2) the Self-Determination Scale (Sheldon & Deci, 1996; Portuguese version by Silva et al., 2010), currently called Perceived Choice and Awareness of Self Scale (PCASS) and (3) the Emotional Regulation Scale (MacDermott, Gullone, Allen, King and Tong, 2010; Portuguese version of Reverendo and Machado, 2010). In general terms, the results obtained are not conclusive and alert us to the need to deepen the relationship, expanding to new studies that involve a larger number of participants and confrontation with other behavioral and physiological assessment measures. Thus, it is not possible to establish a direct relationship between self-determination and emotion regulation, although the literature indicates that both variables increase over time. There were also no statistically significant differences in emotional regulation and selfdetermination behaviors, in terms of age and gender.Guimarães, Sandra Carina MachadouBibliorumMoniz, Pedro Vieira Correia2022-01-12T16:44:19Z2021-07-082021-06-182021-07-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11737TID:202856860porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:54:26Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11737Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:27.390417Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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