O ensino da história em tempos pós-coloniais: Comentário às análises dos manuais de história portugueses e brasileiros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-20492003000200006 |
Resumo: | Os resultados da sondagem efectuada a manuais de história usados em escolas de Portugal e do Brasil são muito reveladores acerca da imagem do descobrimento do Brasil. No que respeita a Portugal, verifica-se que a representação do descobrimento continua a ser estruturada por uma série de crenças que entroncam no antigo imaginário colonial lusitano. Quanto aos manuais brasileiros, transmitem uma imagem mais ambígua do descobrimento, onde colonização se confunde com ocidentalização, e onde a avaliação positiva do "adiamento" do Brasil convive com severas críticas à destruição provocada pela chegada dos europeus à América do Sul. No seu conjunto, os manuais de ambos os lados do Atlântico tornam bem patente que continua a ser difícil olhar para o descobrimento fora das narrativas mestras sobre a história dos dois países. Tal dificuldade dever-se-á, em parte, à incapacidade dos historiadores para promoverem uma reflexão crítica sobre as condições de produção do saber acerca dos contactos entre europeus e sul-americanos. Sem essa reflexão, será difícil construir um conhecimento menos luso-centrado e mais sensível à diferença cultural. |
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O ensino da história em tempos pós-coloniais: Comentário às análises dos manuais de história portugueses e brasileirosDescobrimentocolonizaçãopós-colonialismoocidentalizaçãoOs resultados da sondagem efectuada a manuais de história usados em escolas de Portugal e do Brasil são muito reveladores acerca da imagem do descobrimento do Brasil. No que respeita a Portugal, verifica-se que a representação do descobrimento continua a ser estruturada por uma série de crenças que entroncam no antigo imaginário colonial lusitano. Quanto aos manuais brasileiros, transmitem uma imagem mais ambígua do descobrimento, onde colonização se confunde com ocidentalização, e onde a avaliação positiva do "adiamento" do Brasil convive com severas críticas à destruição provocada pela chegada dos europeus à América do Sul. No seu conjunto, os manuais de ambos os lados do Atlântico tornam bem patente que continua a ser difícil olhar para o descobrimento fora das narrativas mestras sobre a história dos dois países. Tal dificuldade dever-se-á, em parte, à incapacidade dos historiadores para promoverem uma reflexão crítica sobre as condições de produção do saber acerca dos contactos entre europeus e sul-americanos. Sem essa reflexão, será difícil construir um conhecimento menos luso-centrado e mais sensível à diferença cultural.Associação Portuguesa de Psicologia (APP)Edições Colibri2003-07-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-20492003000200006Psicologia v.17 n.2 2003reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-20492003000200006Cardim,Pedroinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:13:32Zoai:scielo:S0874-20492003000200006Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:23:49.544025Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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