Contributo da regulação emocional implícita para a eficácia do treino de Mindfulness na população com perturbação de uso de substâncias
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/12647 |
Resumo: | As perturbações de uso de substâncias caracterizam-se particularmente pela incapacidade dos sujeitos em regularem as suas emoções. O mindfulness tem sido identificado como uma estratégia de regulação emocional adaptativa que promove um aumento do controlo emocional e comportamental através do fortalecimento dos processos cognitivos explícitos (top-down), permitindo aos indivíduos interromper os comportamentos automáticos inadaptados (bottom-up). As intervenções que promovem a prática do mindfulness são eficazes na redução do consumo de substâncias, no entanto, pouco se conhece acerca dos mecanismos ativados pela prática do mindfulness. De forma a investigarmos o contributo da regulação emocional implícita para a eficácia do treino de mindfulness em sujeitos com perturbação de uso de substâncias estabelecemos dois objetivos. O primeiro consistiu em avaliar o contributo da evolução da capacidade de regulação emocional implícita para a evolução das competências de mindfulness, afeto e craving no decorrer de um programa de prática de mindfulness; o segundo, pretendeu avaliar se a capacidade de regulação emocional implícita dos sujeitos, antes de iniciarem o treino de mindfulness, contribuía para a evolução das competências de mindfulness, do afeto e do craving. Para a prossecução destes objetivos, foram incluídos 19 participantes que se encontravam em tratamento numa comunidade terapêutica, tendo completado um programa de seis sessões de mindfulness. Os resultados fornecem sustentação à hipótese explorada no segundo objetivo, sugerindo que a adaptação emocional implícita atua como variável moderadora, facilitando a aquisição das competências de mindfulness relativas à capacidade de descrever, e proporcionando uma melhoria nas estratégias de coping para lidar com os afetos negativos e a diminuição do craving. |
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Contributo da regulação emocional implícita para a eficácia do treino de Mindfulness na população com perturbação de uso de substânciasMindfulnessRegulação emocional implícitaPerturbação uso de substânciasCravingAfetoDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaAs perturbações de uso de substâncias caracterizam-se particularmente pela incapacidade dos sujeitos em regularem as suas emoções. O mindfulness tem sido identificado como uma estratégia de regulação emocional adaptativa que promove um aumento do controlo emocional e comportamental através do fortalecimento dos processos cognitivos explícitos (top-down), permitindo aos indivíduos interromper os comportamentos automáticos inadaptados (bottom-up). As intervenções que promovem a prática do mindfulness são eficazes na redução do consumo de substâncias, no entanto, pouco se conhece acerca dos mecanismos ativados pela prática do mindfulness. De forma a investigarmos o contributo da regulação emocional implícita para a eficácia do treino de mindfulness em sujeitos com perturbação de uso de substâncias estabelecemos dois objetivos. O primeiro consistiu em avaliar o contributo da evolução da capacidade de regulação emocional implícita para a evolução das competências de mindfulness, afeto e craving no decorrer de um programa de prática de mindfulness; o segundo, pretendeu avaliar se a capacidade de regulação emocional implícita dos sujeitos, antes de iniciarem o treino de mindfulness, contribuía para a evolução das competências de mindfulness, do afeto e do craving. Para a prossecução destes objetivos, foram incluídos 19 participantes que se encontravam em tratamento numa comunidade terapêutica, tendo completado um programa de seis sessões de mindfulness. Os resultados fornecem sustentação à hipótese explorada no segundo objetivo, sugerindo que a adaptação emocional implícita atua como variável moderadora, facilitando a aquisição das competências de mindfulness relativas à capacidade de descrever, e proporcionando uma melhoria nas estratégias de coping para lidar com os afetos negativos e a diminuição do craving.Substance use disorders are particularly characterized by the inability of subjects to regulate their emotions. Mindfulness has been identified as an adaptive emotional regulation strategy that promotes an increase in emotional and behavioral control through the strengthening of top-down cognitive processes, allowing individuals to disrupt automatic maladaptive behaviors (bottom-up). Interventions that promote the practice of mindfulness are effective in reducing substance use, however, little is known about the mechanisms activated by the practice of mindfulness. In order to investigate the contribution of implicit emotional regulation to the effectiveness of mindfulness training in subjects with substance use disorders, we have established two objectives. The first aims to evaluate the contribution of the evolution of the capacity of implicit emotional regulation to the evolution of the mindfulness competences, affect and craving in the course of a mindfulness program; the second one was intended to evaluate whether the subjects' ability to implicit emotional regulation, before beginning the training of mindfulness, contributed to the evolution of mindfulness, affect and craving competences. To achieve these goals, we included 19 participants who were being treated in a therapeutic community, having completed a six-session mindfulness program. The results provide support for the hypothesis explored in the second objective, suggesting that implicit emotional adaptation acts as a moderating variable, facilitating the acquisition of mindfulness skills related to the ability to describe, and providing an improvement in coping strategies to deal with negative affect and the decrease of craving.Janeiro, LuísSapientiaHenriques, Elisabete Sofia Calheiros2019-07-11T12:49:09Z2019-01-1520182019-01-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/12647TID:202241475porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:24:37Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/12647Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:03:57.796655Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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As perturbações de uso de substâncias caracterizam-se particularmente pela incapacidade dos sujeitos em regularem as suas emoções. O mindfulness tem sido identificado como uma estratégia de regulação emocional adaptativa que promove um aumento do controlo emocional e comportamental através do fortalecimento dos processos cognitivos explícitos (top-down), permitindo aos indivíduos interromper os comportamentos automáticos inadaptados (bottom-up). As intervenções que promovem a prática do mindfulness são eficazes na redução do consumo de substâncias, no entanto, pouco se conhece acerca dos mecanismos ativados pela prática do mindfulness. De forma a investigarmos o contributo da regulação emocional implícita para a eficácia do treino de mindfulness em sujeitos com perturbação de uso de substâncias estabelecemos dois objetivos. O primeiro consistiu em avaliar o contributo da evolução da capacidade de regulação emocional implícita para a evolução das competências de mindfulness, afeto e craving no decorrer de um programa de prática de mindfulness; o segundo, pretendeu avaliar se a capacidade de regulação emocional implícita dos sujeitos, antes de iniciarem o treino de mindfulness, contribuía para a evolução das competências de mindfulness, do afeto e do craving. Para a prossecução destes objetivos, foram incluídos 19 participantes que se encontravam em tratamento numa comunidade terapêutica, tendo completado um programa de seis sessões de mindfulness. Os resultados fornecem sustentação à hipótese explorada no segundo objetivo, sugerindo que a adaptação emocional implícita atua como variável moderadora, facilitando a aquisição das competências de mindfulness relativas à capacidade de descrever, e proporcionando uma melhoria nas estratégias de coping para lidar com os afetos negativos e a diminuição do craving. |
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