A Importância do Cash Flow para o Crescimento das PME Portuguesas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Patrícia Maria Cheixo
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5984
Resumo: A temática sobre o crescimento das empresas tem sido uma área bastante abordada por vários investigadores. A literatura sugere que as PME passam por diferentes estádios de crescimento/desenvolvimento, e enfrentam restrições de financiamento, ao longo dos vários estádios. As restrições de financiamento resultam, principalmente, da existência de problemas de assimetria de informação entre as PME e os investidores. O presente estudo tem como objetivo analisar a importância do financiamento interno, medido pelo Cash Flow para o crescimento das PME. Para além deste objetivo principal, procurou-se analisar os relacionamentos entre o financiamento externo, dimensão, idade, a crise financeira e o crescimento das PME. Por forma a obter-se resposta a estes objetivos, foi utilizada como metodologia de investigação um modelo de dados em painel, tendo-se recorrido ao estimador dinâmico GMM System (1998). Para este estudo foram selecionadas 3.011 PME Portuguesas, para um período de análise entre 2003 a 2012. Para analisarmos os determinantes do crescimento das PME utilizámos como variáveis explicativas o Cash Flow, o financiamento externo, os colaterais, a crise financeira, a idade e a dimensão. Os resultados obtidos mostram que o Cash Flow é particularmente importante em contexto das PME, pois estas empresas podem gerir os seus recursos financeiros de forma eficiente, adaptando-se mais facilmente às rápidas mudanças que podem ocorrer nos mercados de atuação. Estas necessitam de financiamento externo para suportar o crescimento dos seus ativos. Porém o crescimento das PME é mais limitado em termos de Cash Flow disponível, o que sinaliza maiores restrições de financiamento para este tipo de empresas. Uma vez que o acesso das PME a mercado de capitais é limitado, as empresas com grandes níveis de Cash Flow crescem mais rapidamente, na falta deste, a dívida torna-se a forma mais recorrente do financiamento. Apesar de este tipo de empresas serem dependentes do financiamento interno, as empresas parecem não ter níveis elevados de rendibilidade, considerando a média do Cash Flow para o período em análise, por isso as PME Portuguesas são obrigadas a recorrerem a capital alheio para, assim, financiarem o seu crescimento. De fato, verifica-se uma relação positiva, e estatisticamente significativa entre a variável endividamento e o crescimento.
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Uma vez que o acesso das PME a mercado de capitais é limitado, as empresas com grandes níveis de Cash Flow crescem mais rapidamente, na falta deste, a dívida torna-se a forma mais recorrente do financiamento. Apesar de este tipo de empresas serem dependentes do financiamento interno, as empresas parecem não ter níveis elevados de rendibilidade, considerando a média do Cash Flow para o período em análise, por isso as PME Portuguesas são obrigadas a recorrerem a capital alheio para, assim, financiarem o seu crescimento. De fato, verifica-se uma relação positiva, e estatisticamente significativa entre a variável endividamento e o crescimento.Firm growth has been a research topic analyzed by several authors who have adopted different perspectives. In the literature there is a perspective that SME go through different stages of growth / development, and face financing constraints, over the various stage of their life cycle. The financing constraints result primarily of the existence of information asymmetry problems between SME and investors. This study aims to analyze the importance of internal financing measured by Cash Flow for the growth of SME. Apart from this main goal, we tried to analyze the relationships between external funding, dimension, age, the financial crisis and the growth of SME. In order to reach these goals it was used panel data model as research methodology, with recourse to the dynamic estimator GMM System (1998). For this study 3,011 Portuguese SME were selected, for which data was collected regarding the period between 2003 and 2012. To analyze the determinants of SME’s growth, as explanatory variables we used the Cash Flow, the external financing, collaterals, the financial crisis, the age and the dimension. The results show that the Cash Flow is particularly important in the context of SME, because these firms can manage efficiently their financial resources, adapting in this way more easily to the fast changes that may occur in its markets. The results obtained show that SMEs require external financing to support the growth of its assets. However, the SME’s growth is sensitive to Cash Flow, which may imply restrictions of financing for this type of firm. Since SME's access to capital markets is limited, the firms with high levels of Cash Flow may grow. However, shortage of Cash Flow implies dependence on debt, which is the main external finance source available for SME to fund the needs associated with growth. The results suggest that SME, object of analysis, do not to have high levels of profitability, considering the average of Cash Flow for the period of analysis, so the Portuguese SME are forced to resort to debt to finance their growth. In fact, debt is a determinant stimulating SME´s growth.Teixeira, Zélia Maria da Silva SerrasqueirouBibliorumPereira, Patrícia Maria Cheixo2018-08-31T16:05:42Z2015-11-172015-9-292015-11-17T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5984TID:201641143porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:44:12Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5984Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:48.714553Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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