Estudo Naturalista sobre a Decisão Policial em Grandes Eventos Políticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luís, Joana Filipa Lopes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/15555
Resumo: O decisor policial conhece os mesmos constrangimentos e limitações cognitivas inerentes a qualquer ser humano. Este desenvolve a sua ação em ambientes complexos, mutáveis e muitas vezes marcados pela incerteza e circulação de um grande fluxo de informação. A pressão do tempo, a incapacidade de processar e tratar avultadas quantidades de informação ou o surgimento de situações inesperadas que necessitem de decisões céleres, coloca-o perante enormes desafios, os quais tenta superar através de estratégias, ou atalhos cognitivos, que, todavia, não eliminam a possibilidade de erro ou enviesamentos. Dotado de parcas faculdades computacionais, tal como qualquer outro ser humano, e impossibilitado de alcançar soluções ótimas e ideais, o decisor policial avalia e toma decisões tendo em vista soluções suficientes e satisfatórias. Desenvolveu-se, assim, um estudo qualitativo, em contexto naturalista, sobre a tomada de decisão policial em três grandes eventos políticos, objetivando aprofundar o conhecimento relativamente ao processo de decisão em contexto policial. Os dados foram recolhidos através de pesquisa documental, observação no terreno e aplicação de protocolos think aloud. Os resultados demonstram que a experiência e o conhecimento do decisor policial detêm um papel preponderante no processo de tomada de decisão. Ao longo das diferentes fases do policiamento, esses fatores articulam-se com a sua capacidade de avaliar cursos de ação, pesquisar, gerir e transmitir informação relevante, bem como de analisar pistas informativas ou realizar simulações mentais e antecipar cenários, através da produção de expectativas e recordações de experiências passadas.
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