Crenças acerca da parentalidade sensível na deficiência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/19001 |
Resumo: | Embora a qualidade das interações pais-criança seja hoje uma temática de amplo interesse, a investigação relativamente às crenças acerca da parentalidade sensível permanece escassa, sendo inexistente no contexto da criança com deficiência/incapacidade. Nesta esteira, o presente trabalho teve como objetivos (1) descrever as crenças maternas acerca da parentalidade sensível de mães com filhos/as com deficiência, bem como examinar as relações entre aquelas crenças e (2) as características sociodemográficas das famílias e (3) o "stress" materno percebido. Participaram 40 mães, com pelo menos um/a filho/a com deficiência até aos 7 anos de idade. As mães preencheram uma ficha sociodemográfica e o "Questionário de Fatores de Stress Quotidiano" (Kanner, Coyne, Schaefer, & Lazarus, 1981; Negrão, Pereira, & Soares, 2009), que avalia o grau de "stress" percebido pelas mães em situações relacionadas, direta ou indiretamente, com o exercício da parentalidade. Adicionalmente, preencheram o Maternal Behaviour Q-Sort (Pederson & Moran, 1995; Pederson et al., 1999), na sua versão adaptada (Emmen et al., 2012), para a avaliação das perceções maternas acerca do comportamento parental sensível ideal. Os resultados demonstraram forte convergência entre as crenças maternas acerca da "mãe ideal" e o constructo teórico de sensibilidade segundo a Teoria da Vinculação. Mães com menos habilitações literárias, menor rendimento mensal familiar e que reportaram níveis mais elevados de "stress" quotidiano evidenciaram crenças acerca da "mãe ideal" como menos sensível. Estes resultados apontam para a importância da implementação de intervenções comunitárias, em particular em famílias expostas a adversidade socioeconómica, que visem diminuir o "stress" parental na deficiência. |
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Crenças acerca da parentalidade sensível na deficiênciaDeficiênciaSensibilidade maternaCrenças parentaisStress parentalAdversidade socioeconómicaDisabilityMaternal sensitivityParental beliefsParenting stressSocioeconomic adversityEmbora a qualidade das interações pais-criança seja hoje uma temática de amplo interesse, a investigação relativamente às crenças acerca da parentalidade sensível permanece escassa, sendo inexistente no contexto da criança com deficiência/incapacidade. Nesta esteira, o presente trabalho teve como objetivos (1) descrever as crenças maternas acerca da parentalidade sensível de mães com filhos/as com deficiência, bem como examinar as relações entre aquelas crenças e (2) as características sociodemográficas das famílias e (3) o "stress" materno percebido. Participaram 40 mães, com pelo menos um/a filho/a com deficiência até aos 7 anos de idade. As mães preencheram uma ficha sociodemográfica e o "Questionário de Fatores de Stress Quotidiano" (Kanner, Coyne, Schaefer, & Lazarus, 1981; Negrão, Pereira, & Soares, 2009), que avalia o grau de "stress" percebido pelas mães em situações relacionadas, direta ou indiretamente, com o exercício da parentalidade. Adicionalmente, preencheram o Maternal Behaviour Q-Sort (Pederson & Moran, 1995; Pederson et al., 1999), na sua versão adaptada (Emmen et al., 2012), para a avaliação das perceções maternas acerca do comportamento parental sensível ideal. Os resultados demonstraram forte convergência entre as crenças maternas acerca da "mãe ideal" e o constructo teórico de sensibilidade segundo a Teoria da Vinculação. Mães com menos habilitações literárias, menor rendimento mensal familiar e que reportaram níveis mais elevados de "stress" quotidiano evidenciaram crenças acerca da "mãe ideal" como menos sensível. Estes resultados apontam para a importância da implementação de intervenções comunitárias, em particular em famílias expostas a adversidade socioeconómica, que visem diminuir o "stress" parental na deficiência.The quality of parent-child relationship has been the object of many studies and recent interest. Nevertheless, research on maternal beliefs about sensitivity is still scarce. This is a topic yet to be explored in the context of child disability. Therefore, the present study aims to (1) describe maternal beliefs about sensitive parenting in mothers with a child with disability, as well as to examine the relations between those beliefs (2) and maternal sociodemographic characteristics and (3) perceived stress. This study included 40 mothers with, at least, one child with a disability up to 7 years of age. Mothers reported on sociodemographic factors and filled in the "Daily Hassles Questionnaire" (Kanner, Coyne, Schaefer, & Lazarus, 1981; Portuguese version by Negrão, Pereira, & Soares, 2009), in order to assess stressors related to daily life and to the exercise of parenthood. Mothers sorted the adapted version (Emmen et al., 2012; Mesman et al., 2016) of the "Maternal Behaviour" Q-Sort (Pederson & Moran, 1995; Pederson et al., 1999), to reflect their ideas about the ideal mother. Results revealed a strong convergence between maternal beliefs about the ideal mother and attachment theory’s concept of the sensitive mother. Mothers with lower educational attainment, lower monthly family income and who reported higher levels of everyday stress showed beliefs about the ideal mother as less sensitive. These results point to the importance of implementing community interventions, particularly with families exposed to socioeconomic adversity, aimed at reducing parental stress in the context of child disability.2019-12-09T12:43:20Z2019-11-08T00:00:00Z2019-11-082019-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/19001TID:202303047porSilva, Leonor Anachorêta Matoso Pereira dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:23:34Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/19001Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:10:46.892704Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Embora a qualidade das interações pais-criança seja hoje uma temática de amplo interesse, a investigação relativamente às crenças acerca da parentalidade sensível permanece escassa, sendo inexistente no contexto da criança com deficiência/incapacidade. Nesta esteira, o presente trabalho teve como objetivos (1) descrever as crenças maternas acerca da parentalidade sensível de mães com filhos/as com deficiência, bem como examinar as relações entre aquelas crenças e (2) as características sociodemográficas das famílias e (3) o "stress" materno percebido. Participaram 40 mães, com pelo menos um/a filho/a com deficiência até aos 7 anos de idade. As mães preencheram uma ficha sociodemográfica e o "Questionário de Fatores de Stress Quotidiano" (Kanner, Coyne, Schaefer, & Lazarus, 1981; Negrão, Pereira, & Soares, 2009), que avalia o grau de "stress" percebido pelas mães em situações relacionadas, direta ou indiretamente, com o exercício da parentalidade. Adicionalmente, preencheram o Maternal Behaviour Q-Sort (Pederson & Moran, 1995; Pederson et al., 1999), na sua versão adaptada (Emmen et al., 2012), para a avaliação das perceções maternas acerca do comportamento parental sensível ideal. Os resultados demonstraram forte convergência entre as crenças maternas acerca da "mãe ideal" e o constructo teórico de sensibilidade segundo a Teoria da Vinculação. Mães com menos habilitações literárias, menor rendimento mensal familiar e que reportaram níveis mais elevados de "stress" quotidiano evidenciaram crenças acerca da "mãe ideal" como menos sensível. Estes resultados apontam para a importância da implementação de intervenções comunitárias, em particular em famílias expostas a adversidade socioeconómica, que visem diminuir o "stress" parental na deficiência. |
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