Animal de estimação : constrangimento ou membro do grupo nas viagens turísticas?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/1587 |
Resumo: | Chegado o tempo de férias, o que fazem os donos com os seus animais de estimação? Até à data, são ainda poucos os estudos relacionados com o binómio turismo e animais de estimação. É importante perceber se o animal de estimação é encarado ou não pelos seus donos como um constrangimento à viagem turística. Todos os anos, turistas de diferentes partes do mundo optam por viverem experiências turísticas acompanhados pelo seu animal de estimação. Porém, existe pouca informação sobre estes turistas e sobre o seu comportamento de viagem. Porque será que viajam com o animal de estimação? Quais serão as suas motivações? Que caminhos turísticos percorrerão? Que meios de alojamento e que meios de transporte utilizam nas suas viagens com o animal de estimação? O presente trabalho de investigaç ão consiste num estudo exploratório realizado junto de donos de cães residentes no Grande Porto e tem como objectivo perceber se, para a maioria destas pessoas, estes animais constituem ou não um constrangimento à viagem turística. Neste trabalho pretende ainda identificar-se, no caso dos residentes do Grande Porto que viajam apesar de terem animais de estimação, quais as estratégias mais utilizadas por estas pessoas para negociarem os potenciais constrangimentos decorrentes do facto de terem esses animais. Pretende-se também analisar, especificamente, o comportamento deste nicho de mercado constituído pelas pessoas que viajam com o seu animal de estimação (pet travellers), bem como identificar as diferenças existentes entre os donos que já viajaram com o cão e os que nunca viajaram acompanhados pelo cão. Os resultados obtidos demonstram que para a maior parte dos donos entrevistados, o cão é um constrangimento negociável à viagem turística, que, depois de negociado/ultrapassado, não os impede de participarem no turismo. Em alguns casos, o cão é mesmo um membro do grupo nas viagens turísticas. Foi ainda possível perceber que as viagens com o cão não dependem do rendimento mensal do agregado familiar, mas sim, da forma como o dono encara o seu animal, observando-se que os donos que têm uma ‘maior ligação sentimental’ com o cão, o levam de férias. Há inclusive donos que sempre que viajam levam o cão consigo. Apesar do cão não ser, para a maioria dos donos, um impedimento a fazer férias, é consensual entre os donos que a indústria do turismo não se encontra preparada para satisfazer as necessidades dos visitantes que viajam com o animal estimação, estando a utilização de determinadas infra-estruturas e serviços turísticos muito condicionada pela existência ou não de um animal de estimação no grupo de viagem. ABSTRACT: Arriving the summer time, what do the owners do with their pets? Until now, there are still few studies about this subject: tourism and pets. It is important to understand if pets are perceived by their owners as a constraint to tourism travel or not. Every year, tourists from different parts of the world, decide to live experiences with their pets. However, until now, few things are known about them. Why do they travel with their pets? What are their motivations? Which touristic paths do they walk through? Where do they stay and what transportation did they use when travelling with pets? The present investigation work consists on an exploratory research among the dog owners of Grande Porto, (North of Portugal) and the main objective is to understand if the dog is perceived as a constraint to tourism travel or not. Another objective is to identify what strategies do the owners use in order to negotiate the constraints resulting from the fact of having an animal. In the case of people that travel with their pets, it will be important to study the behaviour of this niche market – pet travellers, as well as, identify the differences between the pet travellers and the owners that never travelled with their dog. The results demonstrate that for the majority of owners, the dog is a negotiable constraint to tourism travels that, after being negotiated, does not prevent from participating in tourism travels. In some cases, the dog is really a member of the group in tourism travels. It was also possible to understand that travels with dogs are not related with the level of the family income, but are strongly related with the way the owner sees his pet. The owners that have a 'strong sentimental relation' with the dog take the pet on vacation. There are even owners that take the dog with them each time they travel. Although the dog is not, for the majority of the owners, an obstacle to participate in tourism, among dog owners is consensual that tourism industry is not prepared to satisfy the needs of pet travellers. The use of some tourism services and facilities is strongly conditioned by the existence of some pet on the travelling gro up. |
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O presente trabalho de investigaç ão consiste num estudo exploratório realizado junto de donos de cães residentes no Grande Porto e tem como objectivo perceber se, para a maioria destas pessoas, estes animais constituem ou não um constrangimento à viagem turística. Neste trabalho pretende ainda identificar-se, no caso dos residentes do Grande Porto que viajam apesar de terem animais de estimação, quais as estratégias mais utilizadas por estas pessoas para negociarem os potenciais constrangimentos decorrentes do facto de terem esses animais. Pretende-se também analisar, especificamente, o comportamento deste nicho de mercado constituído pelas pessoas que viajam com o seu animal de estimação (pet travellers), bem como identificar as diferenças existentes entre os donos que já viajaram com o cão e os que nunca viajaram acompanhados pelo cão. Os resultados obtidos demonstram que para a maior parte dos donos entrevistados, o cão é um constrangimento negociável à viagem turística, que, depois de negociado/ultrapassado, não os impede de participarem no turismo. Em alguns casos, o cão é mesmo um membro do grupo nas viagens turísticas. Foi ainda possível perceber que as viagens com o cão não dependem do rendimento mensal do agregado familiar, mas sim, da forma como o dono encara o seu animal, observando-se que os donos que têm uma ‘maior ligação sentimental’ com o cão, o levam de férias. Há inclusive donos que sempre que viajam levam o cão consigo. Apesar do cão não ser, para a maioria dos donos, um impedimento a fazer férias, é consensual entre os donos que a indústria do turismo não se encontra preparada para satisfazer as necessidades dos visitantes que viajam com o animal estimação, estando a utilização de determinadas infra-estruturas e serviços turísticos muito condicionada pela existência ou não de um animal de estimação no grupo de viagem. ABSTRACT: Arriving the summer time, what do the owners do with their pets? Until now, there are still few studies about this subject: tourism and pets. It is important to understand if pets are perceived by their owners as a constraint to tourism travel or not. Every year, tourists from different parts of the world, decide to live experiences with their pets. However, until now, few things are known about them. Why do they travel with their pets? What are their motivations? Which touristic paths do they walk through? Where do they stay and what transportation did they use when travelling with pets? The present investigation work consists on an exploratory research among the dog owners of Grande Porto, (North of Portugal) and the main objective is to understand if the dog is perceived as a constraint to tourism travel or not. Another objective is to identify what strategies do the owners use in order to negotiate the constraints resulting from the fact of having an animal. In the case of people that travel with their pets, it will be important to study the behaviour of this niche market – pet travellers, as well as, identify the differences between the pet travellers and the owners that never travelled with their dog. The results demonstrate that for the majority of owners, the dog is a negotiable constraint to tourism travels that, after being negotiated, does not prevent from participating in tourism travels. In some cases, the dog is really a member of the group in tourism travels. It was also possible to understand that travels with dogs are not related with the level of the family income, but are strongly related with the way the owner sees his pet. The owners that have a 'strong sentimental relation' with the dog take the pet on vacation. There are even owners that take the dog with them each time they travel. Although the dog is not, for the majority of the owners, an obstacle to participate in tourism, among dog owners is consensual that tourism industry is not prepared to satisfy the needs of pet travellers. The use of some tourism services and facilities is strongly conditioned by the existence of some pet on the travelling gro up.Universidade de Aveiro2011-04-19T13:43:45Z2008-01-01T00:00:00Z2008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/1587porVinha, Iva Daniela Ferreira dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T10:58:05Zoai:ria.ua.pt:10773/1587Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:40:13.268009Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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