Asma Brônquica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica: Avaliação da eficácia do ensino na técnica de inalação em farmácia comunitária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Laia, Ana Isabel Ribeiro
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/11615
Resumo: A presente dissertação encontra-se dividida em duas partes. A primeira parte resulta do meu trabalho de investigação desenvolvido no âmbito da avaliação da eficácia do ensino da técnica de inalação pelo farmacêutico comunitário. A segunda parte refere-se ao meu relatório de estágio curricular em farmácia comunitária. Parte I: A Asma (AB) e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) são doenças crónicas com elevada prevalência no mundo. O sucesso do seu tratamento passa pelo uso de uma técnica de inalação correta na administração da terapêutica farmacológica adequada. O farmacêutico comunitário encontra-se numa posição privilegiada por possibilitar ao doente um acesso fácil, rápido e frequente a um profissional de saúde. Desempenha desta forma um papel fundamental no ensino e verificação da técnica de inalação bem como no acompanhamento do controlo da doença. O objetivo deste estudo é verificar a eficácia do ensino da técnica de inalação pelo farmacêutico comunitário e determinar a influência do tipo de inalador, da patologia e do sexo do doente no ensino da técnica de inalação. Este estudo longitudinal prospetivo acompanhou 32 doentes que adquiriram pelo menos um dispositivo de inalação na Farmácia Salavessa no ano de 2019. Para a recolha de informação sociodemográfica, clínica e de perceção da técnica de inalação foram utilizados questionários estandardizados. A técnica de inalação foi avaliada em dois momentos solicitando a demonstração e recorrendo a listas de verificação baseadas nas instruções de utilização dos folhetos informativos dos medicamentos. Foi classificada em correta, aceitável e incorreta de acordo com tipo de erros cometidos: erros major, que interferem de forma significativa com a deposição do fármaco no pulmão, e erros minor, que não interferem significativamente com a deposição do fármaco no pulmão. A técnica de inalação correta foi explicada e demostrada aos doentes e foram entregues folhetos com a descrição e ilustração da mesma. A análise estatística dos dados foi realizada por meio dos testes ANOVA, Kruskal-Wallis, Mann-Whitney e McNemar-Bowker, usando o IBM Statistical Package for the Social Sciences, versão 27.0, e R Statistics, versão 4.0.2, com nível de significância de 5% para o valor de prova e intervalos de confiança nos gráficos de 95%. Foram incluídos no estudo 21 doentes com AB e 11 com DPOC, na sua maioria mulheres. Os doentes consideravam a técnica de inalação fácil e a maioria indicou que a executavam corretamente (96,9%). Na primeira visita 71,9% dos doentes tinha uma técnica de inalação aceitável e 21,9% incorreta. Após o ensino da técnica de inalação houve uma melhoria significativa na técnica de inalação em 53,1% dos casos, observando-se 40,6% dos doentes com técnica correta e 56,3% com técnica aceitável. Com os inaladores de pó seco multidose (DPIm) eram cometidos em média 0,22 erros major e 2,5 erros minor que após o ensino diminuíram para 0,06 e 0,89, respetivamente. Nos inaladores pressurizados de dose calibrada (pMDI) verificaram-se inicialmente em média 0,80 erros major e 2,00 erros minor e 0,00 e 0,60, respetivamente, depois do ensino. Com os inaladores de pó seco unidose (DPIu) foram realizados 0,11 erros major e 1,89 erros minor que posteriormente ao ensino foram em média 0,00 e 0,67, respetivamente. Os doentes com AB antes do ensino realizavam em média 0,33 erros major e 1,95 erros minor e após 0,05 e 0,57, respetivamente. Os doentes com DPOC cometiam inicialmente 0,18 erros major e 2,82 erros minor e depois do ensino 0,00 e 1,18, respetivamente. Os doentes do sexo feminino cometiam em média menos erros major (0,27) e minor (1,86) antes do ensino da técnica de inalação. Após o ensino, os doentes do sexo masculino não registaram qualquer erro major, mas cometeram mais erros minor (1,20). Os doentes com AB e DPOC sobrevalorizavam a sua técnica de inalação e a maioria executavam-na de forma não correta. Verificou-se que o ensino da técnica de inalação melhora a performance dos doentes. Os erros minor foram os mais frequentes e os que diminuíram significativamente após o ensino. Determinou-se que o tipo de inalador, a patologia e o sexo não estavam relacionados com a aprendizagem da técnica de inalação. Evidenciase que o ensino da técnica de inalação pelo farmacêutico comunitário é importante e deverá ser aplicada na prática diária a todos os doentes. Parte II: O relatório de estágio descreve as atividades que tive oportunidade de desenvolver e acompanhar ao longo do estágio realizado em farmácia comunitária. O estágio decorreu de setembro de 2019 a janeiro de 2020 na Farmácia Lusitana em Coimbra e foi supervisionado pela Dr.ª Teresa Natário. O relatório refere também a organização física da farmácia, a sua equipa e a rotina de trabalho, bem como um conjunto de legislação e normas pelas quais se regula a prática farmacêutica e as tarefas associadas. O estágio permitiu-me aplicar conhecimentos adquiridos ao longo da formação académica nas várias áreas, nomeadamente na dispensa e manipulação de medicamentos, assim como na logística e gestão da farmácia. Foi-me ainda possível verificar a importância da intervenção farmacêutica através dos serviços farmacêuticos e da promoção da saúde na dispensa de medicamentos e produtos de saúde, bem como na divulgação e dinamização de programas e campanhas de promoção da saúde.
id RCAP_b27e51eb9db8ea2ea711d4d77cbab5e5
oai_identifier_str oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11615
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Asma Brônquica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica: Avaliação da eficácia do ensino na técnica de inalação em farmácia comunitáriaExperiência Profissionalizante na vertente de Investigação e Farmácia ComunitáriaAsmaDpocFarmacêuticoFarmácia-ComunitáriaTécnica-de-InalaçãoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências FarmacêuticasA presente dissertação encontra-se dividida em duas partes. A primeira parte resulta do meu trabalho de investigação desenvolvido no âmbito da avaliação da eficácia do ensino da técnica de inalação pelo farmacêutico comunitário. A segunda parte refere-se ao meu relatório de estágio curricular em farmácia comunitária. Parte I: A Asma (AB) e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) são doenças crónicas com elevada prevalência no mundo. O sucesso do seu tratamento passa pelo uso de uma técnica de inalação correta na administração da terapêutica farmacológica adequada. O farmacêutico comunitário encontra-se numa posição privilegiada por possibilitar ao doente um acesso fácil, rápido e frequente a um profissional de saúde. Desempenha desta forma um papel fundamental no ensino e verificação da técnica de inalação bem como no acompanhamento do controlo da doença. O objetivo deste estudo é verificar a eficácia do ensino da técnica de inalação pelo farmacêutico comunitário e determinar a influência do tipo de inalador, da patologia e do sexo do doente no ensino da técnica de inalação. Este estudo longitudinal prospetivo acompanhou 32 doentes que adquiriram pelo menos um dispositivo de inalação na Farmácia Salavessa no ano de 2019. Para a recolha de informação sociodemográfica, clínica e de perceção da técnica de inalação foram utilizados questionários estandardizados. A técnica de inalação foi avaliada em dois momentos solicitando a demonstração e recorrendo a listas de verificação baseadas nas instruções de utilização dos folhetos informativos dos medicamentos. Foi classificada em correta, aceitável e incorreta de acordo com tipo de erros cometidos: erros major, que interferem de forma significativa com a deposição do fármaco no pulmão, e erros minor, que não interferem significativamente com a deposição do fármaco no pulmão. A técnica de inalação correta foi explicada e demostrada aos doentes e foram entregues folhetos com a descrição e ilustração da mesma. A análise estatística dos dados foi realizada por meio dos testes ANOVA, Kruskal-Wallis, Mann-Whitney e McNemar-Bowker, usando o IBM Statistical Package for the Social Sciences, versão 27.0, e R Statistics, versão 4.0.2, com nível de significância de 5% para o valor de prova e intervalos de confiança nos gráficos de 95%. Foram incluídos no estudo 21 doentes com AB e 11 com DPOC, na sua maioria mulheres. Os doentes consideravam a técnica de inalação fácil e a maioria indicou que a executavam corretamente (96,9%). Na primeira visita 71,9% dos doentes tinha uma técnica de inalação aceitável e 21,9% incorreta. Após o ensino da técnica de inalação houve uma melhoria significativa na técnica de inalação em 53,1% dos casos, observando-se 40,6% dos doentes com técnica correta e 56,3% com técnica aceitável. Com os inaladores de pó seco multidose (DPIm) eram cometidos em média 0,22 erros major e 2,5 erros minor que após o ensino diminuíram para 0,06 e 0,89, respetivamente. Nos inaladores pressurizados de dose calibrada (pMDI) verificaram-se inicialmente em média 0,80 erros major e 2,00 erros minor e 0,00 e 0,60, respetivamente, depois do ensino. Com os inaladores de pó seco unidose (DPIu) foram realizados 0,11 erros major e 1,89 erros minor que posteriormente ao ensino foram em média 0,00 e 0,67, respetivamente. Os doentes com AB antes do ensino realizavam em média 0,33 erros major e 1,95 erros minor e após 0,05 e 0,57, respetivamente. Os doentes com DPOC cometiam inicialmente 0,18 erros major e 2,82 erros minor e depois do ensino 0,00 e 1,18, respetivamente. Os doentes do sexo feminino cometiam em média menos erros major (0,27) e minor (1,86) antes do ensino da técnica de inalação. Após o ensino, os doentes do sexo masculino não registaram qualquer erro major, mas cometeram mais erros minor (1,20). Os doentes com AB e DPOC sobrevalorizavam a sua técnica de inalação e a maioria executavam-na de forma não correta. Verificou-se que o ensino da técnica de inalação melhora a performance dos doentes. Os erros minor foram os mais frequentes e os que diminuíram significativamente após o ensino. Determinou-se que o tipo de inalador, a patologia e o sexo não estavam relacionados com a aprendizagem da técnica de inalação. Evidenciase que o ensino da técnica de inalação pelo farmacêutico comunitário é importante e deverá ser aplicada na prática diária a todos os doentes. Parte II: O relatório de estágio descreve as atividades que tive oportunidade de desenvolver e acompanhar ao longo do estágio realizado em farmácia comunitária. O estágio decorreu de setembro de 2019 a janeiro de 2020 na Farmácia Lusitana em Coimbra e foi supervisionado pela Dr.ª Teresa Natário. O relatório refere também a organização física da farmácia, a sua equipa e a rotina de trabalho, bem como um conjunto de legislação e normas pelas quais se regula a prática farmacêutica e as tarefas associadas. O estágio permitiu-me aplicar conhecimentos adquiridos ao longo da formação académica nas várias áreas, nomeadamente na dispensa e manipulação de medicamentos, assim como na logística e gestão da farmácia. Foi-me ainda possível verificar a importância da intervenção farmacêutica através dos serviços farmacêuticos e da promoção da saúde na dispensa de medicamentos e produtos de saúde, bem como na divulgação e dinamização de programas e campanhas de promoção da saúde.This dissertation is divided into two parts. The first part is the result of my research work carried out in the assessment of the effectiveness of inhalation technique teaching by the Community pharmacist. The second part refers to my curricular internship report in community pharmacy. Part I: Asthma (AB) and chronic obstructive pulmonary disease (COPD) are chronic diseases with high prevalence worldwide. The success of their treatment involves a correct inhalation technique in the administration of appropriate pharmacological therapy. The community pharmacist is in a privileged position because it allows the patient easy, fast and frequent access to a healthcare professional. It thus plays a key role in teaching and verifying the inhalation technique as well as in monitoring disease control. This study aimed to verify the efficacy of the inhalation technique training by the community pharmacist and to determine the influence of the type of inhaler, the pathology and sex of the patient. This prospective longitudinal study followed 32 patients who purchased at least one inhalation device at Salavessa Pharmacy in 2019. Standardized questionnaires were used to collect sociodemographic, clinical, and information on the inhalation technique. The inhalation technique was evaluated in two moments requesting the demonstration and using checklists based on the instructions available in the information leaflets. The inhalation technique was classified as correct, acceptable, and incorrect according to the type of mistakes made: major errors, which significantly interfere with the deposition of the drug in the lung, and minor errors, which do not significantly interfere with the deposition of the drug in the lung. The correct inhalation technique was explained and shown to the patients. Leaflets with the description and illustration of the correct inhalation technique were given to all the patients. The statistical analysis of the data was performed using ANOVA, KruskalWallis, Mann-Whitney and McNemar-Bowker tests, using the IBM Statistical Package for the Social Sciences, version 27.0, and R Statistics, version 4.0.2, with a significance level of 5% for the p-value and confidence intervals in the graphs of 95%. The study included 21 patients with AB and 11 WIth COPD, mostly women. Patients considered the inhalation technique easy, and most indicated that they performed it correctly (96,9%). In the first visit, 71,9% of patients had an acceptable inhalation technique, and 21,9% had an incorrect inhalation technique. After the demonstration of the correct inhalation technique, there was a significant improvement in 53,1% of the cases, with 40,6% of patients with correct technique and 56,3% with acceptable technique. With multidose dry powder inhalers (DPIm), on average 0,22 major errors and 2,5 minor errors were made, which decreased to 0,06 and 0,89 after education, respectively. In the pressurized metered dose inhalers (pMDI), there were initially on average 0,80 major errors and 2,00 minor errors, and 0,00 and 0,60, respectively, after teaching. With the single-dose dry powder inhalers (DPIu), 0,11 major errors and 1,89 minor errors were performed, which after teaching were on average 0,00 and 0,67, respectively. Patients with AB before school performed on average 0,33 major errors and 1,95 minor errors and after 0,05 and 0,57, respectively. COPD patients initially made 0,18 major errors and 2,82 minor errors and after teaching 0,00 and 1,18, respectively. Female patients made on average fewer major (0,27) and minor errors (1,86) before teaching the inhalation technique. After school, male patients did not register any major errors but made more minor mistakes (1,20). Patients with AB and COPD overvalued their inhalation technique, and most performed it incorrectly. It was found that teaching the inhalation technique improves the performance of patients. Minor errors were the most frequent and those that decreased significantly after teaching. It was determined that the type of inhaler, the pathology and the sex were not related to the learning of the inhalation technique. A significant association was found for minor errors between learning and the patient's sex. It is evident that the teaching of the inhalation technique by the Community pharmacist is important and should be applied in daily practice to all patients. Part II: The internship report describes the activities I had the opportunity to develop and monitor throughout the internship in community pharmacy. The internship took place from September 2019 to January 2020 at the Lusitana Pharmacy in Coimbra and was supervised by Dr. Teresa Natário. The report also refers to the physical organization of the pharmacy, its staff, and work routine, as well as a set of legislation and standards by which pharmaceutical practice and associated tasks are regulated. The internship allowed me to apply the knowledge acquired throughout the academic training in the various areas, namely in the dispensing and handling of medicines, as well as in the logistics and management of the pharmacy. It was also possible for me to verify the importance of pharmaceutical intervention through pharmaceutical services and health promotion in the dispensation of medicines and health products, as well as in the dissemination and promotion of health promotion programs and campaigns.Lourenço, Olga Maria MarquesGama, Jorge Manuel ReisNatário, Teresa Isabel Maia de Matos Bento TarrafauBibliorumLaia, Ana Isabel Ribeiro2022-01-11T17:06:35Z2021-01-152020-12-172021-01-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11615TID:202846806porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:54:15Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11615Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:21.642275Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Asma Brônquica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica: Avaliação da eficácia do ensino na técnica de inalação em farmácia comunitária
Experiência Profissionalizante na vertente de Investigação e Farmácia Comunitária
title Asma Brônquica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica: Avaliação da eficácia do ensino na técnica de inalação em farmácia comunitária
spellingShingle Asma Brônquica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica: Avaliação da eficácia do ensino na técnica de inalação em farmácia comunitária
Laia, Ana Isabel Ribeiro
Asma
Dpoc
Farmacêutico
Farmácia-Comunitária
Técnica-de-Inalação
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências Farmacêuticas
title_short Asma Brônquica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica: Avaliação da eficácia do ensino na técnica de inalação em farmácia comunitária
title_full Asma Brônquica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica: Avaliação da eficácia do ensino na técnica de inalação em farmácia comunitária
title_fullStr Asma Brônquica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica: Avaliação da eficácia do ensino na técnica de inalação em farmácia comunitária
title_full_unstemmed Asma Brônquica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica: Avaliação da eficácia do ensino na técnica de inalação em farmácia comunitária
title_sort Asma Brônquica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica: Avaliação da eficácia do ensino na técnica de inalação em farmácia comunitária
author Laia, Ana Isabel Ribeiro
author_facet Laia, Ana Isabel Ribeiro
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Lourenço, Olga Maria Marques
Gama, Jorge Manuel Reis
Natário, Teresa Isabel Maia de Matos Bento Tarrafa
uBibliorum
dc.contributor.author.fl_str_mv Laia, Ana Isabel Ribeiro
dc.subject.por.fl_str_mv Asma
Dpoc
Farmacêutico
Farmácia-Comunitária
Técnica-de-Inalação
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências Farmacêuticas
topic Asma
Dpoc
Farmacêutico
Farmácia-Comunitária
Técnica-de-Inalação
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências Farmacêuticas
description A presente dissertação encontra-se dividida em duas partes. A primeira parte resulta do meu trabalho de investigação desenvolvido no âmbito da avaliação da eficácia do ensino da técnica de inalação pelo farmacêutico comunitário. A segunda parte refere-se ao meu relatório de estágio curricular em farmácia comunitária. Parte I: A Asma (AB) e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) são doenças crónicas com elevada prevalência no mundo. O sucesso do seu tratamento passa pelo uso de uma técnica de inalação correta na administração da terapêutica farmacológica adequada. O farmacêutico comunitário encontra-se numa posição privilegiada por possibilitar ao doente um acesso fácil, rápido e frequente a um profissional de saúde. Desempenha desta forma um papel fundamental no ensino e verificação da técnica de inalação bem como no acompanhamento do controlo da doença. O objetivo deste estudo é verificar a eficácia do ensino da técnica de inalação pelo farmacêutico comunitário e determinar a influência do tipo de inalador, da patologia e do sexo do doente no ensino da técnica de inalação. Este estudo longitudinal prospetivo acompanhou 32 doentes que adquiriram pelo menos um dispositivo de inalação na Farmácia Salavessa no ano de 2019. Para a recolha de informação sociodemográfica, clínica e de perceção da técnica de inalação foram utilizados questionários estandardizados. A técnica de inalação foi avaliada em dois momentos solicitando a demonstração e recorrendo a listas de verificação baseadas nas instruções de utilização dos folhetos informativos dos medicamentos. Foi classificada em correta, aceitável e incorreta de acordo com tipo de erros cometidos: erros major, que interferem de forma significativa com a deposição do fármaco no pulmão, e erros minor, que não interferem significativamente com a deposição do fármaco no pulmão. A técnica de inalação correta foi explicada e demostrada aos doentes e foram entregues folhetos com a descrição e ilustração da mesma. A análise estatística dos dados foi realizada por meio dos testes ANOVA, Kruskal-Wallis, Mann-Whitney e McNemar-Bowker, usando o IBM Statistical Package for the Social Sciences, versão 27.0, e R Statistics, versão 4.0.2, com nível de significância de 5% para o valor de prova e intervalos de confiança nos gráficos de 95%. Foram incluídos no estudo 21 doentes com AB e 11 com DPOC, na sua maioria mulheres. Os doentes consideravam a técnica de inalação fácil e a maioria indicou que a executavam corretamente (96,9%). Na primeira visita 71,9% dos doentes tinha uma técnica de inalação aceitável e 21,9% incorreta. Após o ensino da técnica de inalação houve uma melhoria significativa na técnica de inalação em 53,1% dos casos, observando-se 40,6% dos doentes com técnica correta e 56,3% com técnica aceitável. Com os inaladores de pó seco multidose (DPIm) eram cometidos em média 0,22 erros major e 2,5 erros minor que após o ensino diminuíram para 0,06 e 0,89, respetivamente. Nos inaladores pressurizados de dose calibrada (pMDI) verificaram-se inicialmente em média 0,80 erros major e 2,00 erros minor e 0,00 e 0,60, respetivamente, depois do ensino. Com os inaladores de pó seco unidose (DPIu) foram realizados 0,11 erros major e 1,89 erros minor que posteriormente ao ensino foram em média 0,00 e 0,67, respetivamente. Os doentes com AB antes do ensino realizavam em média 0,33 erros major e 1,95 erros minor e após 0,05 e 0,57, respetivamente. Os doentes com DPOC cometiam inicialmente 0,18 erros major e 2,82 erros minor e depois do ensino 0,00 e 1,18, respetivamente. Os doentes do sexo feminino cometiam em média menos erros major (0,27) e minor (1,86) antes do ensino da técnica de inalação. Após o ensino, os doentes do sexo masculino não registaram qualquer erro major, mas cometeram mais erros minor (1,20). Os doentes com AB e DPOC sobrevalorizavam a sua técnica de inalação e a maioria executavam-na de forma não correta. Verificou-se que o ensino da técnica de inalação melhora a performance dos doentes. Os erros minor foram os mais frequentes e os que diminuíram significativamente após o ensino. Determinou-se que o tipo de inalador, a patologia e o sexo não estavam relacionados com a aprendizagem da técnica de inalação. Evidenciase que o ensino da técnica de inalação pelo farmacêutico comunitário é importante e deverá ser aplicada na prática diária a todos os doentes. Parte II: O relatório de estágio descreve as atividades que tive oportunidade de desenvolver e acompanhar ao longo do estágio realizado em farmácia comunitária. O estágio decorreu de setembro de 2019 a janeiro de 2020 na Farmácia Lusitana em Coimbra e foi supervisionado pela Dr.ª Teresa Natário. O relatório refere também a organização física da farmácia, a sua equipa e a rotina de trabalho, bem como um conjunto de legislação e normas pelas quais se regula a prática farmacêutica e as tarefas associadas. O estágio permitiu-me aplicar conhecimentos adquiridos ao longo da formação académica nas várias áreas, nomeadamente na dispensa e manipulação de medicamentos, assim como na logística e gestão da farmácia. Foi-me ainda possível verificar a importância da intervenção farmacêutica através dos serviços farmacêuticos e da promoção da saúde na dispensa de medicamentos e produtos de saúde, bem como na divulgação e dinamização de programas e campanhas de promoção da saúde.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-12-17
2021-01-15
2021-01-15T00:00:00Z
2022-01-11T17:06:35Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.6/11615
TID:202846806
url http://hdl.handle.net/10400.6/11615
identifier_str_mv TID:202846806
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136402742444032