Ensinar a Aprender na Sociedade do Conhecimento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34624/sopcom.v0i0.15797 |
Resumo: | No dealbar do século XXI as sociedades confrontam-se com transformações aceleradas, desencadeadas, em grande medida, pelo desenvolvimento científico e técnico, pela mundialização, globalização e pela sociedade da informação e comunicação. Estas mutações impõem a necessidade e urgência de pensar o modo como a escola se pode preparar para responder eficientemente aos novos desafios, bem como as responsabilidades que lhe são acometidas pelos novos contextos que o Livro Verde para a Sociedade da Informação em Portugal (1997) recenseia. A fonte de criatividade e inovação que acompanha a criação tecnocientífica não é passível de ser pensada aquém ou além do paradigma ecológico que governa os media , como atestam as reflexões de Mac Luhan (1998), Neil Postman (1993), Javier Echeverría (1994), entre outros. Os “novos territórios da comunicação” (Philippe Breton, Serge Proulx, (1997) assinalados na “cartografia da comunicação” conferem à televisão, à informática, à telemática, à Internet um topos central no processo civilizacional como antes, a invenção da escrita ou a invenção da imprensa haviam desencadeado transformações na comunicação, na cultura, na escola (Karl Popper (1995), Elizabeth Eisenstein, 1994). Hodiernamente, das múltiplas e diferenciadas fontes de onde jorra a informação que inunda o quotidiano dos alunos, acentua a tendência das últimas décadas que deslocou da escola a centralidade na transmissão da informação. Ao mesmo tempo, o incremento das mensagens icónicas que proliferam na iconosfera da telepolis contemporânea confronta-se com uma matriz escolar, claramente tipográfica, acentuando o fosso entre o homo videns (Sartori, 2000) e o homo typographicus.(MacLuhan, 1998). Em face de tantas e tão radicais mutações e desafios urge promover novos papéis, desenvolver novas competências, (Perrenoud, 2000; 2001) para professores e para os alunos, possibilitando que estes respondam eficazmente às novas exigências, possibilitando assim a passagem da nascente sociedade da informação para futura sociedade do conhecimento . (Manuel Castels, 2002). Importa sublinhar que a comunicação educativa não poderá esquecer ou rasurar, por mais fascinante que pareça ser o mundo mediatizado e virtual da comunicação digital, a comunicação interpessoal, o diálogo pedagógico, cada vez mais reclamado numa sociedade ameaçada de desintegração por fenómenos como o individualismo ou o conflito (Escola, 2003). |
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