P-9 IMPORT NCIA DA FORMAÇÃO DO INSTRUTOR NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Luís
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Santos, Isabel, Gonçalves, Paula
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25751/rspa.27416
Resumo: Este trabalho tem como objetivo uma reflexão acerca da formação dos instrutores num contexto de ensino de competências médicas. Pretende ainda demonstrar a importância de estruturar este percurso para que os instrutores sejam elementos facilitadores e não obstáculos à aprendizagem. Teremos com o pano de fundo desta reflexão, o percurso de um instrutor certificado pelo European Resuscitation Council (ERC). O ERC como organização científica, baseia as suas Guidelines em evidências médicas atuais e, o mesmo, aplica ao ensino da reanimação. Esta última tem por base vários vetores que determinam a sua abordagem, tais como, público-alvo, a tecnologia atual, o modelo pedagógico, a avaliação, o corpo docente, entre outros. Pretendemos focar a nossa atenção no vetor Corpo Docente, ou seja, realçar a importância de estruturar um percurso formativo e de desenvolvimento dos instrutores de forma a maximizar todos os momentos de aprendizagem. Sabemos que no universo do ERC, todas essas etapas estão claramente balizadas, isto é, inicia-se com a realização de um curso de operacional, após o qual terá de ser identificado como Potencial Instrutor para que seja elegível a frequentar um Curso de Instrutores. Depois de concluir o curso de instrutores com sucesso, necessita de realizar dois cursos em treino para que possa ser considerado Instrutor Sénior (IS). Ao fim de 4 cursos como IS, caso demonstre essas competências, poderá ser convidado a realizar o percurso de Diretor de Curso, assim como, o de Formador de Instrutores.  Esta estruturação permite que o instrutor se prepare adequadamente às exigências que cada curso impõe, sejam estas na preparação, na condução e avaliação da simulação, no feedback e na relação com os formandos. Estes são momentos fulcrais da aprendizagem e que envolvem aspetos como conhecimento técnico, pedagógico e competências não técnicas. Sem descurar características como as competências técnicas, aptidões de comunicação, motivação, boa interação com parceiros e trabalho de equipa, pensamos que um percurso estruturado e com várias etapas na sua formação permitirá o controlo sobre os vários aspetos envolvidos no processo de ensinar/aprender, providenciando assim uma experiência positiva que dê consistência à aquisição de competências.  
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