Adaptação familiar à diabetes tipo 1 na infância : contributo de recursos parentais e familiares

• Autor(a) principal: Ribeiro, Inês da Saúde
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/37788
• topic: Adaptação familiar; Gestão familiar da condição; Mutualidade parental; Dificuldades da vida familiar; Autorregulação parental; Fatores protetores da família; Bem-estar familiar; Funcionamento familiar e crianças com diabetes Mellitus tipo 1; Family adaptation; Family condition management; Parental mutuality; Family life difficulties; Parental self-regulation; Family protective factors; Family well-being; Family functioning and children with type 1 diabetes Mellitus; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia

O presente estudo teve como principal objetivo explorar o papel dos recursos do sistema familiar (fatores protetores da família) e do subsistema parental (autorregulação parental e mutualidade parental) na adaptação de famílias de crianças em idade escolar com diabetes tipo 1. Neste trabalho, tomámos como quadro de referência o Modelo de Adaptação e Confronto com a Incapacidade e o Stress, ao incluir recursos referentes a fatores de resistência e seguimos algumas propostas teóricas do Family Style Framework, ao considerar o papel de variáveis da gestão da condição crónica pediátrica. Assumindo a adaptação da família como um conceito multidimensional, considerámos como indicadores o funcionamento familiar e o bem-estar da família. A amostra foi constituída por 121 pais e mães, de crianças com idades entre os 6 e os 12 anos. Os dados foram recolhidos através do preenchimento de instrumentos de autorrelato, pelos pais das crianças: Systemic Clinical Outcome Routine Evaluation, Family Management Measure, Me as a Parent e Inventory of Family Protective Factor; uma medida subjetiva de Bem-Estar Familiar; um questionário sociodemográfico e clínico. Observaram-se relações significativas entre as principais variáveis e os resultados de adaptação familiar. Apurou-se ainda efeitos indiretos entre a autorregulação parental e os fatores protetores da família com a adaptação familiar, por intermédio de variáveis relacionadas com a gestão da condição. Percebemos o impacto que a gestão desta doença apresenta na família, visto que as dificuldades da vida familiar foram a principal variável explicativa da variância no funcionamento familiar e no bem-estar familiar. Por fim, verificou-se que fatores como a idade da criança, a idade de diagnostico e o último valor de HbA1c registado moderam o efeito de variáveis como a autorregulação parental no bem-estar familiar e a mutualidade parental no funcionamento familiar.